The children act é uma lei que prevê que qualquer decisão sobre menores em tribunal tenha sempre, em todos os casos, de defender o bem-estar e os melhores interesses dos mesmos. E é esta lei que guia grande parte do livro, em que McEwan dá mais uma vez o seu melhor.
Fiona Maye é juíza no tribunal de família, e pelas suas mãos passam decisões difíceis, como a de ter de sacrificar a vida de um gémeo siamês (cuja sobrevivência em condições normais seria quase impossível) para salvar o outro (com muito mais possibilidades de ter uma vida «normal»). Ou a de ter de decidir se um menor de 17 anos, testemunha de Jeová, poderia ou não ser obrigado o levar uma transfusão de sangue mesmo contra a sua vontade, apesar de disso depender a sua vida.
Pressionada por uma vida familiar complicada, em que o marido lhe pede inesperadamente para ter um caso por fora, Fiona acaba por se ver muito envolvida no caso de Jack e na decisão difícil que tem de tomar. Cujas consequências são imprevisíveis até ao fim do livro.
Não posso contar mais, se não iria estragar o prazer de quem quer ler The children act. Só posso garantir que vale a pena.
3 comentários:
Bem gastos os meus euros neste livro então. :) Ah, que venha as férias de Verão rapidamente para ler uns quantos.
Faz chorar?
O que falas parece muito bem.
Não, pelo menos a mim não fez. Mas eu também não sou de lagrima fácil. ;)
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