Mixed feelings, é o que sinto quanto à leitura deste livro. Se por um lado gostei de certas passagens, por outro achei outras muito fastidiosas e, coisa que me irrita, esperava um fim diferente e mais consistente.
Theo Decker é um adolescente que vive em Nova Iorque com a mãe e a perde durante um atentado, vendo a sua vida drasticamente alterada. Primeiro, mantém-se na cidade, acolhido pela família abastada de um colega de escola. Mas pouco tempo depois surge o pai, homem dependente do álcool mas que o leva para Las Vegas, onde Theo passa alguns anos da sua adolescência, quase sempre entregue a si mesmo. Na companhia de Boris, um rapaz como ele, vive uma vida livre demais, consumindo drogas, faltando às aulas, fazendo o que lhe apetece.
Até ao dia em que Theo regressa a Nova Iorque, ao encontro de Hobie, amigo adulto que conheceu já depois da morte da mãe graças a uma outra vítima do atentado. E é com Hobie que passa a viver, numa loja de venda de antiguidades autênticas ou recuperadas. Retoma a relação com a sua antiga família de acolhimento e, anos depois, já adulto, revê Boris, que o arrasta por uma aventura arriscada em Amesterdão.
Ao longo de mais de 800 páginas, acompanhamos a vida de Theo dos 13 aos 20 e muitos anos, sempre tentando adaptar-se à vida que o rodeia, embora nem sempre da melhor maneira. Muitas vezes senti quase na pele o que Theo sentia, o medo, a ansiedade, a alienação, a presença constante da mãe dentro da sua cabeça.
Em resumo: gostei, sim, mas não tanto como me asseguraram que iria gostar. Bem sei que li o livro em inglês, mas ter demorado mais de um mês a lê-lo, sem nada pelo meio, revela que em certas passagens tive de abrandar.
2 comentários:
Já várias vezes estive com ele na mão, prestes a trazer para casa.
Mas confesso que a quantidade de páginas me tem inibido, não pelo volume em si, mas por sentir que estão ali muitas passagens enfadonhas.
Continua na lista de espera! :)
Acho que fazes bem... :)
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