19 de outubro de 2015

Os que correm, os que querem andar e a polícia


Não tenho nada contra as corridas organizadas na cidade, até as acho saudáveis e tenho muitos amigos que nelas participam. Há convívio, exercício físico e são uma forma de não ficar em casa. Mas há que respeitar quem nelas não participa. E tudo isto por causa da corrida de ontem entre Cascais e o Parque das Nações.

Tive de me deslocar à zona central da Expo, e fi-lo de manhã bem cedo para evitar a confusão. Foi difícil lá chegar e ainda mais difícil de lá sair. Isto porque não tinham uma única rua que ligasse a zona norte à zona sul. No regresso, andei feita bola de pingue-pongue entre uma barreira policial e outra, não podia passar por lado algum. De um lado, a polícia dizia-me que teria de esperar duas horas (!!!) para passar, do outro chegaram a sugerir-me ir a pé para casa (apenas uns 2 km... e onde ficava o carro?). Finalmente lá se organizaram e arranjaram uma via de saída, no meio de multidões e por cima de zonas pedonais. O cúmulo foi quando parei para pedir mais indicações e ouvi um polícia lá ao fundo a gritar: "Está para aí a atrapalhar!" Desculpe, a atrapalhar, eu?

Em resumo, corridas sim, mas com alternativas viáveis para a restante população. Ou, em alternativa, com informação para quem precisasse de se deslocar. 

2 comentários:

CAP CRÉUS disse...

Adoro desporto, nado, corro, ando de bicla, jogo pólo e adoro o ar livre, mas sou da mesma opinião que tu.
Lamento. Mesmo quando participo e domingo vou correr na baixa, penso nos que ficam entalados.
E a falta de informação que existe?? Ninguém sabe de nada.

Vespinha disse...

Sim, o problema é mesmo a falta de informação e a descoordenação da polícia, que a certa altura estava mais interessada em ver a corrida do que em orientar as pessoas.

Em tempos, noutra corrida que houve, chegaram a colocar-me na caixa de correio um aviso com as vias cortadas, mas desta vez nada...