8 de janeiro de 2016

A rapariga dinamarquesa, de Tom Hooper


Excelente escolha para primeiro filme do ano. Passado em Copenhaga e em Paris nos anos 20 do século passado, retrata, resumidamente, a nível físico e emocional, o primeiro processo conhecido de mudança de sexo da História.

Einar e Gerda Wegener são um casal de pintores que vivem aparentemente felizes, apesar de sem filhos, num constante processo criativo. Até que um dia, perante a falta de uma modelo para pintar um quadro, Gerda pede ao marido que se vista de mulher para poder terminar a sua obra. E é aí que se dá o clique, e que Einar começa a consolidar a sua desadequação ao corpo de homem com que nasceu. 

É um filme dramático que retrata uma história verídica, a transformação de Einar Wegener em Lili Elbe. Terrível o confronto interior de Einar, incapaz de conciliar o seu corpo com a sua mente. Mais terrível ainda o apoio que Gerda dá ao marido em todo o processo, com uma dedicação e abnegação inigualáveis. Eddie Redmayne está excelente, mas Alicia Vikander ainda mais. Tenho a certeza de que será um forte candidato aos Óscares.

4 comentários:

Ricardo disse...

Visto, e também achei os dois actores principais fabulosos!
Mas creio que não será nomeado para melhor filme (o enredo é simples e não tem aquele "je ne sais quoi" que o evidencia como "narrativa filmada").

Vespinha disse...

Olha que não sei... Hoje em dia estes assuntos "delicados" são muito valorizados pela Academia.

Mónica disse...

Gostei bastante.
História de coragem e excelentes interpretações.

Vespinha disse...

Acho que pelo menos ela merecia ser nomeada para os Óscares...