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Maude era um projeto do pai. Desde os seus três anos que pai e mãe, esta totalmente submissa, dedicaram todas as suas horas a criar esse ser. Não podia ir à escola, aprendendo apenas o que pai e mãe lhe ensinavam. Era regularmente submetida a violentas provas físicas, como ser fechada numa cave escura cheia de roedores, ter de beber álcool e depois realizar provas de perícia, tomar sempre banhos água fria no interior e no exterior, aprender a tocar um sem número de instrumentos, ser uma ginasta exemplar. Mas também a lavagens cerebrais, lendo os livros que o pai escolhia e tendo de admirar quem o mesmo admirava (e até isto é bizarro, tendo em conta que o pai havia sido um acérrimo defensor dos judeus e havia ajudado muitos a fugir).
O que a ia ligando à vida e limitando uma possível fuga era, acima de tudo, o seu amor pelos animais que viviam na mesma quinta que ela, vítimas da mesma prisão e das mesmas sevícias.
Hoje, Maude Julien é uma terapeuta de 56 anos, com duas filhas e três netos, uma mulher que conseguiu ultrapassar os seus tenebrosos primeiros dezanove anos de vida e transformar-se num super-ser, sim. Mas não no super-ser que o seu pai idealizara. Antes, numa super-mulher humanista e com muito de bom para dar.
Podem conhecê-la melhor aqui.
4 comentários:
Aterrador! Com a melhor das intenções, mas, mesmo assim, aterrador.
Ainda bem que ela conseguiu superar.
Depois de ler o livro, é quase inacreditável como o conseguiu... grande mulher!
Mas que história fantástica!!!! Já tinha visto por aí!
Vale a pena ler, é uma aprendizagem.
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