Gostei da sinopse, gostei da capa, que é linda, e gostei da ideia. Han Kang, a coreana que com este livro ganhou o Man Booker International Prize e passou à frente de escritores como Agualusa e Elena Ferrante, começa por relatar a história de uma mulher normal, tão normal que o marido a descreve como tendo casado com ela por ser tão normal que nunca lhe traria problemas. Não é bonita, não é feia, pouco conversa, mantém a casa em ordem, cumpre as suas obrigações conjugais quando o marido quer.
Até que um dia, depois de ter tido um sonho, decide tornar-se vegetariana extremista e, com o tempo, a comer cada vez menos. Esta decisão acaba por ter consequências sérias no seu casamento, na sua família alargada e sobretudo na sua própria saúde. Algo com que Yeong-hei não se incomoda, uma vez que a certa altura tem como objetivo comer tão pouco e ter tão poucos pensamentos que se tornará numa árvore.
Dividido em três partes, cada uma tem o seu narrador, cada um com interesses bem diferentes na vida de Yeong-hei: o marido, o cunhado e a irmã. Uma narrativa muito diferente, relativamente curta, que vale a pena ler.
3 comentários:
Bom conselho, mas por agora vou passar ao lado. Ando com "The Sellout" do Paul Beatty, com "Memórias de Adriano" da Yourcenar e ainda "Lorde" do João Gilberto Noll - muita coisa junta! Chegaste a ler "All the lights we cannot see"? É que creio que o vi aqui na parte do "que andas a ler" mas não cheguei a ler a crítica. Acabei-o há pouco tempo e tenho uma sensação estranha de se poder ter abreviado a narrativa (opinião, apenas).
Engraçado, tenho este livro na minha mesa de cabeceira...é o próximo a ser lido.
Comprei-o porque também gostei da sinopse.
Fico feliz em saber que não foi dinheiro mal gasto.
Ricardo, tenho o texto sobre Toda a luz que não podemos ver escrito, só falta agendar a publicação. Estou a tentar equilibrar com as coisas das bebés, para isto não ficar muito chato...
Moijeeu, vais gostar, é um livro muito diferente de tudo o que tenho lido.
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