24 de janeiro de 2017

Manchester by the sea, de Kenneth Lonergan

Este não é um filme com ação. Nem um filme cheio de efeitos especiais. Nem um filme com intrigas ou casos por resolver. É um dos filmes aparentemente mais simples e mais belos que vi nos últimos tempos.

Interpretado por Casey Affleck, Lee Chandler é um homem atormentado por um passado que durante muito tempo não conhecemos e que se vê obrigado a ser tutor de um sobrinho adolescente, depois da morte precoce do pai. Apesar de não assumidamente, vemos o filme pelos olhos de Lee: primeiro, a vida remediada em Boston, como porteiro e biscateiro; depois, o regresso precipitado a Manchester para resolver a morte do irmão; pelo meio, uma série de flashbacks que nos mostram um Lee ainda a viver numa família alargada e o motivo trágico por que teve de deixar a cidade uns anos antes.

As coisas passam-se devagar neste filme, e é assim que tem de ser. Há neve, muita, há mar, há muitas idas e vindas de jipe, há memórias, e há a relação conturbada mas simultaneamente carinhosa entre tio e sobrinho.

Casey Affleck está excelente, o sobrinho interpretado por Lucas Hedges promete bastante e Michelle Williams também vai bem nas poucas cenas em que entra. Se puderem ver, não percam. É melancólico, mas muito bom.


3 comentários:

Raquel disse...

Dos melhores filmes que vi nos últimos anos. Fantástico!

Ricardo disse...

Pronto, sou dos únicos a não achar piada nenhuma ao filme. A meio já só pensava... quando esta #$%"& termina? Mas aguentei estoicamente!

Vespinha disse...

Gostei tanto...