Espero que esta seja das poucas vezes em que venho aqui escrever que não gostei nada de um livro. Norma ganhou o Prémio Femina, o Prémio Europeu de Melhor Romance e o Prémio Nórdico da Academia Sueca, mas eu achei-o uma verdadeira confusão.
Norma, adulta na casa dos 30, perde a mãe, que se suicida aparentemente sem motivo numa linha de metro. A relação delas era muito próxima, reforçada pela característica invulgar dos cabelos de Norma, que crescem a um ritmo assustador e que lhe permitem prever algumas coisas. Após a morte da mãe, Norma decide empregar-se no cabeleireiro onde a mãe trabalhava, e aqui se começa a desvendar um negócio de extensões de cabelo e de barrigas de aluguer. Pode parecer estranho mas é mesmo assim, e isto envolvendo uma data de personagens que tive dificuldade em ligar entre si.
Li algures que alguém teve de fazer um esquema para perceber as relações na história. Talvez eu devesse ter feito o mesmo. Mas, mesmo assim, desconfio de que não gostaria.
28 de abril de 2017
26 de abril de 2017
25 de abril de 2017
24 de abril de 2017
20 de abril de 2017
Das vacinas
Já quase tudo foi dito sobre pais que optam por não vacinar os seus filhos, sobretudo ontem, depois de uma jovem de 17 anos, não vacinada contra o sarampo, ter morrido devido a complicações decorrentes da doença.
O que acho, e já achava antes destes acontecimentos, é que é uma total irresponsabilidade não cumprir o Plano Nacional de Vacinação, que até é bastante rico (excetuando as vacinas do rotavírus e da meningite, que tive de pagar à parte e que são caríssimas). Se a ciência permite, nos nossos dias, estarmos protegidos e proteger os nossos filhos, porque não o aproveitamos? Não consigo mesmo colocar-me na pele de quem não o faz.
E isto levar-me-ia a outra questão, a quantidade de pessoas que optam por ter os filhos em casa, longe de todos os meios médicos e sem qualquer tipo de esterilização do ambiente. Mas disso só se lembrarão quando um bebé morrer devido a mais uma decisão inconsciente e que se rege apenas por princípios idealistas.
O que acho, e já achava antes destes acontecimentos, é que é uma total irresponsabilidade não cumprir o Plano Nacional de Vacinação, que até é bastante rico (excetuando as vacinas do rotavírus e da meningite, que tive de pagar à parte e que são caríssimas). Se a ciência permite, nos nossos dias, estarmos protegidos e proteger os nossos filhos, porque não o aproveitamos? Não consigo mesmo colocar-me na pele de quem não o faz.
E isto levar-me-ia a outra questão, a quantidade de pessoas que optam por ter os filhos em casa, longe de todos os meios médicos e sem qualquer tipo de esterilização do ambiente. Mas disso só se lembrarão quando um bebé morrer devido a mais uma decisão inconsciente e que se rege apenas por princípios idealistas.
19 de abril de 2017
Ser mãe de gémeas é... #31
... ficar triste quando ouço alguém dizer que uma é mais bonita do que outra, e vice-versa. São lindas as duas.
18 de abril de 2017
Vozes de Chernobyl, de Svetlana Alexievich
Svetlana Alexievich, Nobel da Literatura em 2015, tem um estilo muito próprio: dá voz aos outros através da sua própria voz. Pelo que sei, a técnica é visível em outros seus livros, mas neste Vozes de Chernobyl o relevo que ganha é imenso.
Svetlana entrevistou várias vezes mais de 500 pessoas acerca do desastre na central nuclear ucraniana em 1986. Desses depoimentos (por ela apelidados de «monólogos»), mais de 100 estão neste livro: bombeiros que lá estiveram nos primeiros dias, médicos, pais e mães, maridos e mulheres. Pessoas que sofreram na pele os efeitos de uma radiação para a qual não estavam preparadas, pessoas que viram os seus familiares morrer devagar das formas mais horríveis, pessoas que tiveram de deixar as suas casas e toda uma vida devido ao acidente. E tudo sob o olhar comprometido das autoridades soviéticas, que enviaram para o local do acidente pessoas mal preparadas e que não agiram de forma célere na evacuação.
Ainda hoje, mais de 30 anos depois, Chernobyl é uma nódoa negra no nosso planeta, nódoa na qual, por efeito das radiações, ainda ninguém pode tocar nem sabe quando o poderá fazer.
Vale a pena ler este livro de testemunhos, vale muito a pena. E depois investigar um pouco mais sobre algo que aconteceu longe mas que poderia acontecer mesmo aqui ao lado.
Svetlana entrevistou várias vezes mais de 500 pessoas acerca do desastre na central nuclear ucraniana em 1986. Desses depoimentos (por ela apelidados de «monólogos»), mais de 100 estão neste livro: bombeiros que lá estiveram nos primeiros dias, médicos, pais e mães, maridos e mulheres. Pessoas que sofreram na pele os efeitos de uma radiação para a qual não estavam preparadas, pessoas que viram os seus familiares morrer devagar das formas mais horríveis, pessoas que tiveram de deixar as suas casas e toda uma vida devido ao acidente. E tudo sob o olhar comprometido das autoridades soviéticas, que enviaram para o local do acidente pessoas mal preparadas e que não agiram de forma célere na evacuação.
Ainda hoje, mais de 30 anos depois, Chernobyl é uma nódoa negra no nosso planeta, nódoa na qual, por efeito das radiações, ainda ninguém pode tocar nem sabe quando o poderá fazer.
Vale a pena ler este livro de testemunhos, vale muito a pena. E depois investigar um pouco mais sobre algo que aconteceu longe mas que poderia acontecer mesmo aqui ao lado.
17 de abril de 2017
Conhecem o caruncho grande da madeira?
Pois, eu também não conhecia, nem sonhava que tal coisa existia. Já tinha ouvido falar do caruncho, claro, mas daquele que faz buracos pequeninos em madeiras velhas. Até que há dias, de um dia para outro, me apareceu isto no chão ao pé de uma cadeira do pátio:
Observando a cadeira ao pormenor, deparei com este "buraquinho", perfeitamente redondo e com cerca de 1,5 cm de diâmetro:
Depois de vários conselhos que me deram no Facebook, atirei lá para dentro WD40 e saiu de lá esta coisa:
Depois de uma pesquisazita feito pelo meu irmão, concluímos que se trata do caruncho grande da madeira. Agora resta-me esperar que não tenha deixado larvas e que não haja outros por aí. Ei-lo, com cerca de 3 cm de comprimento:
12 de abril de 2017
11 de abril de 2017
10 de abril de 2017
Ser mãe de gémeas é... #30
7 de abril de 2017
6 de abril de 2017
E eu que o diga
Não me venham falar de doenças e afins. Por um lado, porque não gosto de falar disso. Por outro, porque o trator que me passou por cima em junho do ano passado deixou-me com uma grande quantidade de créditos. E talvez o primeiro motivo derive deste segundo.
5 de abril de 2017
4 de abril de 2017
Um homem chamado Ove, de Hannes Holm
Não vou falar deste filme porque já falei pormenorizadamente do livro aqui, em junho de 2015. Claro que o livro é muito mais rico, mas o filme não dececiona (e estava nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro). Vim aqui só para dizer que vale a pena verem-no.
3 de abril de 2017
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