30 de maio de 2017

Perdidos, de Leonel Vieira

Seis amigos que não se veem há bastante tempo juntam-se num fim de semana para celebrar o 30.º aniversário de um deles: um casal com um bebé de seis meses, um casal que não é casal mas que poderia ser e um casal de passagem. A ideia é passarem dois dias no veleiro de um deles, partindo de Porto Santo.

A bordo, algumas relações são tensas, graças ao passado que não os larga, mas tudo vai correndo na normalidade até que alguém decide mergulhar em mar alto. E depois segue-se outro. E outro. Até que a mãe do bebé, que sempre teve medo da água, é também lançada à água numa brincadeira parva (o bebé não estava com ela, sublinhe-se, mas na coberta). Acalmado o susto de Ana, entra-se de repente no susto geral, quando se apercebem de que ninguém desceu a escada que lhes permitiria regressar ao veleiro. Em vão, tentam durante horas chegar lá acima, cada vez mais irritados, cansados e a perder o discernimento. Na embarcação, o bebé chora, cá em baixo os adultos discutem.

Desde cedo nos apercebemos de que aquilo vai acabar mal, só não sabemos como e quão mal. Há neste filme pormenores dispensáveis, como o estereotipo do menino rico que foi à falência e que viaja no seu veleiro pela última vez, o típico casal de recém pais em crise que a tentam disfarçar, a mulher com talassofobia mas que acede em viajar emmar alto. Mas, no cômputo geral, gostei deste filme. Porque me criou ansiedade como se eu lá estivesse, e era isso que se pretendia num filme como este.

6 comentários:

CAP CRÉUS disse...

Viste o original? Já tem uns anos.

Vespinha disse...

Não, sei que houve mas não sei de que ano é nem quem é o realizador. Mas tenho curiosidade...

CAP CRÉUS disse...

Não vi este do Leonel Vieira, mas penso que serão semelhantes.

Anónimo disse...

Por favor, um spoiler: e o bebé?

Vespinha disse...

Sobrevive. (Foi também a minha maior preocupação durante todo o filme...)

Anónimo disse...

Obrigada pelo spoiler! :)