Depois de ter lido Arranha-céus, fiquei fã das narrativas de J. G. Ballard, sempre pontuadas por cenários quase apocalípticos e críticos da vida de hoje.
Em Reino do amanhã, passado numa cidade dos subúrbios de Londres, o sentido da vida é consumir e os centros comerciais são as novas catedrais, na verdadeira aceção do termo. São o local onde todos procuram refúgio, onde veneram os seus ídolos, onde vivem o seu quotidiano. Simultaneamente, este ambiente gera uma espécie de governo nacionalista, em que as pessoas se divertem a praticar e a assistir a desportos de contacto violentos e a intimidar e atacar as minorias de imigrantes.
Um retrato desenhado em 2006 e que se aproxima muito da realidade que vivemos hoje.
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