5 de fevereiro de 2018

Proibido!, de António Costa Santos

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Tinha grandes expectativas em relação a este livro, algumas das quais não se cumpriram. Não posso dizer que não gostei, porque encontrei muitas coisas curiosas (a proibição de usar isqueiros, por exemplo, para animar a indústria fosforeira, ou a proibição de jogar às cartas no comboio). Mas também passei por outras que não me espantaram, como a proibição de publicar e ler/ver alguns livros ou filmes, ou de as mulheres irem à igreja com a cabeça descoberta. Nestes casos, o interesse vai mais para os motivos que levaram a essas proibições do que às proibições propriamente ditas.

Curioso, para mim, foi saber das «proibições» atuais, as que o são e as que não o são. Conduzir em tronco nu e de havaianas dá direito a multa? Pois não dá, tal não está escrito em qualquer passagem do código da estrada. Plantar árvores de fruto ou plantas que se possam usar na alimentação no cemitério? Em Borba é proibido. E em Pampilhosa da Serra, os comerciantes do mercado não podem «estar deitados ou sentados sobre as bancas, ou sobre os géneros expostos à venda». Coisas que não lembram ao diabo!

Em suma: é interessante mas podia ter ido muito mais longe, quer nas proibições de outros tempos quer nas atuais.