Julgo que este é o livro de que menos gostei de todos os que li da Fundação. O ponto de partida é interessante: conhecer como funciona uma esquadra de polícia, como se organiza, quem a preenche. Mas, talvez por partir de uma tese escrita há mais de 10 anos, falta-lhe fluidez, está carregado de frases e vocabulário complexo, por vezes foge do objetivo.
É óbvio que trabalhar numa esquadra deve ser muito desgastante, mas será tudo mau? É o que parece, pois não há um depoimento positivo. E porque ocupar talvez um décimo do livro a explorar a violência doméstica a propósito de um caso quando poderia haver tantas outras situações para também relatar? (a propósito, a Fundação até tem um livro exclusivo sobre a violência doméstica, «Em nome da filha», por sinal bem mais objetivo e interessante).
Cansei-me a lê-lo, não o senti como uma reportagem do mesmo modo que senti os outros da coleção. Vou agora passar a um sobre os tribunais, espero lê-lo com mais entusiasmo.
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