Não sou uma grande leitora de livros de viagens, por isso não tenho termo de comparação. Mas gostei bastante deste.
Em primeiro lugar, porque foi escrito por um não especialista, isto é, por alguém que se preparou minimamente, que transmite informações interessantes sobre o povo e a cultura, mas nada de muito aprofundado, o suficiente para nos despertar o interesse. Troost é um excelente observador, e com um grande sentido de humor (só tenho pena de não ter percebido todas as piadas por estar a ler o livro em inglês) consegue descrever com minúcia e graça aquilo por que passa.
Em segundo, porque nos consegue provar que a China consegue ser mesmo quase um planeta, dada a diversidade de pessoas com quem contactou, coisas que viu e ambientes em que viveu. Através dos seus olhos, respiramos ar ultrapoluído, vemos paisagens de cortar a respiração, provamos coisas que antes nem me atreveria a imaginar, conhecemos pessoas que só poderiam mesmo existir noutro planeta.
A área geográfica abrangida é muito vasta, visitando as maiores cidades, muitas aldeias, indo ao Tibete e até quase tendo de colocar o pé na Coreia do Norte. Contrastes enormes unidos no entanto por um denominador comum: a sede de desenvolvimento e de crescimento, que tantas vezes se vira contra o património chinês.
Viajei, aprendi e diverti-me. Só preferia tê-lo lido em português.
5 comentários:
Ultimamente só tenho lido livros de viagens, apesar de andar preguiçoso.
Chegaste a ler os do Joel Neto?
Não, ainda não...
Vai dar uma vista de olhos.
Não te vais arrepender, até por causa das vossas raízes (que são como as minhas).
Qual aconselhas para começar?
1.
Arquipélago
2
A vida no campo
3
Meridiano 28
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