28 de janeiro de 2019

Green Book - Um guia para a vida, de Peter Farrelly

Comecei a minha saga de tentar ver o máximo de filmes nomeados para os Óscares. Por enquanto. poucos estão em cartaz e só vi dois: GreenBook - Um guia para a vida e Bohemian Rhapsody. O segundo já vi há uns tempos e falarei dele daqui a uns dias, o primeiro vi a semana passada e tem nomeações para melhor filme, melhor ator principal, melhor ator secundário, melhor argumento original e melhor montagem.

No início dos anos 60, o pianista negro Don Shirley (Mahershala Ali) precisa de um motorista que o leve numa digressão pelo Sul profundo dos EUA, onde o racismo estava mais do que instalado. Vai guiá-lo Tony «Lip» Vallelonga (Viggo Mortensen), ele próprio racista mas que por um bom ordenado se presta à tarefa durante dois meses.

Shirley é requintado, bem-falante e sempre impecavelmente vestido, um homem com classe e pose aristocrática mas ainda assim visto como um nigger pelos brancos e como um extraterrestre privilegiado pelos negros. Tony é um italo-americano, bronco, abrutalhado e rodeado de uma família barulhenta mas que o adora. Juntos, vão fazer uma longa viagem, apoiados pelo Green Book, um guia autêntico que na época listava os locais dos EUA que toleravam o alojamento e a frequência de negros.

A fórmula do filme não é nova, mas a narrativa, baseada em factos, está muito bem construída, conciliando o retrato de uma América racista mas pouco culta com algumas deixas verdadeiramente divertidas.

Sem comentários: