Quando fui ver este filme ia com uma enorme expectativa, pela banda de que se tratava e pelos trailers que tinha visto. E na verdade o filme é bastante impactante, retratando toda a fase entre a formação da banda em 1970 e o festival Live Aid, em 1985.
Baseado em filmagens documentais e nos relatos dos elementos vivos dos Queen, retrata um Freddy Mercury devasso e excêntrico, como ele era na realidade, pecando talvez às vezes por defeito (a cena em que numa festa a cocaína é distribuída em cima da cabeça de anões será apenas uma amostra das extravagâncias que se viveram). Mas há muitos factos históricos que estão deturpados, o que é de supreender devido às fontes em que o filme foi baseado. Menciono apenas dois: Mercury não foi o primeiro a criar uma cisão na banda quando quis lançar um álbum a solo, pois antes dele já Roger Taylor havia lançado dois; e a situação de Mercury como doente de sida não foi conhecida logo antes do Live Aid, em 1985, mas bem mais tarde,em 1987, quando o contou aos seus companheiros. Mas desta maneira a atuação no concerto torna-se mais dramática.
Quanto a Rami Malek, que interpreta o papel de Freddy Mercury, imita-o muito bem, com todos os seus tiques e manias. Mas a meu ver tratou-se apenas de uma imitação perfeita, pois não me consegui distanciar de que estava a ver alguém a esforçar-se por ser outro. Faltou a interpretação, e talvez a primeira escolha que depois não foi avante tivesse sido mais convincente (Sacha Baron Cohen).
O filme está nomeado para cinco Óscares, entre os quais o de melhor filme e o de melhor ator, mas espero sinceramente que este último vá para outra pessoa.
3 comentários:
Vou querer ver, adoro Rami Malek como actor e quero aprender muito mais sobre a vida Freddy Mercury, mesmo que alguns factos sejam dúbios!
Não vou ver percisamente pelo actor: pode ter ganho um óscar mas não concordo com a escolha do mesmo.
Não é que ele represente mal, mas não me consigo abstrair da ideia de que o está a fazer...
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