17 de abril de 2019

Estocolmo, de Sérgio Godinho

Não tinha lido o anterior livro de Sérgio Godinho e certamente não vou lê-lo, pois não gostei nada deste. A história é conhecida, uma mulher de quarenta anos que aprisiona em sua casa um jovem de vinte anos por quem desenvolve uma obsessão sexual. E vice-versa.

Toda a história é inverosímil. Em primeiro lugar, há indícios por todo o lado de tudo o que vai acontecendo. Vicente está preso no sótão, mas é o sótão de um prédio, o que significa que qualquer pessoa o ouviria se pedisse ajuda a sério (até porque Diana tem uma empregada que o ouviria perfeitamente). Depois, qualquer golpe de mais força o tiraria dali e não seria o cinturão negro de judo que Diana afirma ter que o impediria de fugir. E há tantas outras coisas absolutamente improváveis, como a relação que mais tarde se cria com a mãe de Diana, sexagenária, a desculpa para a sua ausência do mundo livre após a libertação, o desfecho do livro.

Há sexo, muito, mas um sexo gratuito, que não precisaria de ali estar a cada dezena de páginas ou menos. Há uma impossibilidade de uma série de sirtuações estarem a acontecer. E nem sequer há beleza ou estilo na escrita.

Não gostei mesmo nada.

1 comentário:

Os que estão a fazere tijolo dizem que bossa senhoria benceu.... disse...

é porno para venda é normal e apela a muitos