16 de julho de 2019

As minhas filhas são info-excluídas

Não se ofenda quem pensar ou fizer o contrário de mim, mas tenho de partilhar aqui o que penso sobre o assunto. A Luísa e a Maria são info-excluídas. Com 3 anos, até hoje nem um minuto estiveram com o meu telemóvel ou com o meu tablet nas mãos, mesmo que a ver filmes de desenhos animados, jogar jogos difáticos, o que seja. Nem um minuto.

Como raramente me veem com tecnologias nas mãos, acabam por não querer imitar, e como nunca lhes mostrei o que está lá dentro não podem querer aquilo que não sabem que existe. Elas fazem brincadeiras interativas, mas com livros, elas praticam atividades de role-play, mas com os seus bonecos, elas aprendem as cores e algumas letras e números, mas com peças de madeira e associando-as aos nomes de pessoas e animais que conhecem.

Não sabem contar até 50, não conhecem a Masha, a Peppa ou o Noddy. Mas procuram as letras que conhecem quando andam pela rua, gostam de andar de triciclo e de escorregar no parque infantil de cabeça para baixo. Jogam à bola e gostam que eu lhes faça bolhas de sabão. Às vezes sentam-se ao pé de mim na cozinha enquanto preparo o jantar. Para a mesa não levam brinquedos e se quiserem entreter-se é a conversar. Televisão, talvez vejam umas duas horas por semana ao todo.

Se sou melhor mãe assim? Não faço a menor ideia. Se as estou a privar de algo a que a maioria tem acesso? Talvez, mas tudo virá a seu tempo. E se um macaco aprende a navegar num telemóvel, elas também o aprenderão num ápice. Quando disso precisarem.

5 comentários:

CAP CRÉUS disse...

Nem te preocupes com isso.
Deixa rolar, e tudo a seu tempo.

Vespinha disse...

Eu não, não me tira nem um minuto de sono! Prefiro que brinquem no mundo real o mais tempo possível. ;)

Anónimo disse...

Parabéns. Nos dias que correm não é fácil fazer o que faz.

Vespinha disse...

Sim, nem sempre é fácil, mas com o tempo torna-se um hábito. Eu própria quase deixei de ligar a televisão para mim...

ana chagas disse...


Gosto do teu método.
Embora não tenha filhos, já dei por mim a pensar que, se os tivesse, tentaria adiar o mais possível a entrada de diversos aparelhos na sua vida.