31 de janeiro de 2020

Os gadgets e os miúdos

Continuando a minha saga de não passar o iPad nem o iPhone para as mãos das miúdas, encontrei estas imagens que ilustram bem que quanto mais tarde melhor.

Viciam:


Interferem com a qualidade do sono:


Criam apatia:


Reduzem a atenção:


Influenciam o estado de humor:


Aumentam o stresse e a ansiedade:


Nota: O artigo pode ser lido na íntegra aqui.

29 de janeiro de 2020

Watchgirls


Acabo de me aperceber de que quando conduzo tenho comigo duas vigilantes, ou melhor, duas polícias dentro do carro.

Há pouco, no meio de um engarrafamento, passei um amarelo mesmo a queimar no vermelho. Fiz o resto do percurso, uns bons 20 minutos, a ouvir acusações de que não podia passar, que estava vermelho e não verde, e blábláblá.

Estou tramada.

28 de janeiro de 2020

Contratempo, de Oriol Paulo

Este é um filme espanhol de 2016 exclusivo da Netflix, que há dias me aconselharam e que devorei.

Adrian Doria é um jovem empreendedor de sucesso, casado com uma mulher perfeita e com a filha perfeita. Mas, um dia, é surpreendido num quarto de hotel com a amante morta, com todos os acessos de fuga fechados, sendo de imediato acusado do assassínio.

A ação direta do filme passa-se em 3 ou 4 horas, quando sob grande tensão Adrian esmiúça com a advogada Virginia Goodman tudo o que de facto poderá ter levado àquele desfecho. Durante essa conversa, «viajam» ao longo de uns 3 meses, com várias hipóteses colocadas em cima da mesa. E todas elas nos supreendem. E todas elas nos enganam.

Tudo foi bem pensado, inclusive a luminosidade ligeiramente azulada, noturna e fria que contrasta com a força e o calor dos acontecimentos e das revelações.

É um filme com suspense até ao último segundo, que vale mesma a pena ver.

27 de janeiro de 2020

Auschwitz: 75 anos de lbertação



Foi a 27 de janeiro de 1945 que o campo de concentração e extermínio de Auschwitz, e a sua extensão de Birkenau, foi libertado pelo Exército Vermelho.

Quando lá chegaram, restavam apenas 7500 prisioneiros, uma vez que desde outubro anterior toda a população vinha sendo executada, deportada para outros campos (na chamada Marcha da Morte, com 60 000 pessoas) e a maior parte das provas destruídas, devido à aproximação das tropas soviéticas.

Mas o local ficou, assim como muitas das suas estruturas, que nos permitem testemunhar hoje as atrocidades de que os seres humanos são capazes.

Continente Click & Go


Eu sei que isto não é novidade, mas para mim foi, e das boas.

Este fim de semana tinha impreterivelmente de comprar algumas coisas no Continente, para aproveitar alguns cupões e outros descontos diretos. Mas não me estava a ver a ir para lá com as miúdas, a batalhar para ver quem ia na cadeirinha e quem ia dentro do carrinho, a mexer em tudo, a deixarem cair coisas ao chão.

Quando estou no Continente online apercebo-me de um serviço que já existe há alguns anos mas em que nunca tinha reparado: o Click & Go. É muito simples: pomos tudo no carrinho online, selecionamos os talões e descontos que temos no cartão, escolhemos uma loja e um intervalo horário e é só ir lá buscar tudo (na loja ou num ponto de recolha no exterior), que nos é entregue em cinco minutos, bem embalado e pronto a arrumar na bagageira.

Durante a semana, o serviço é gratuito em compras acima dos €25. Ao fim de semana, custa €1, pago com a encomenda no momento do check out. A única coisa que não pode entrar nas compras são brinquedos.

Para quem não tem paciência para perder tempo nas lojas e para quem não quer estar em casa de plantão à espera da entrega de uma encomenda (nem pagar por ela), é perfeito. Fiquei fã.

Nota: Podem conhecer todos os pormenores aqui.

20 de janeiro de 2020

Equipamento do demo


Estão a ver aqueles equipamentos metálicos cor-de-rosa ali no meio? São carrosséis metálicos onde os miúdos se sentam para andar à roda. Divertem-se imenso. E não querem sair de lá.

Só que têm um enorme defeito: são os pais que têm de os fazer girar. E ontem foi a minha vez. Enquanto umas dezenas de crianças iam entrando e saindo (e as minhas lá se mantinham de pedra e cal), eu tinha de empurrar aquilo com os braços para não parar. Ora para um lado, ora para outro, para não enjoarem.

E os outros pais? Já que eu ali estava, não precisavam de se preocupar. Tenho os braços num oito.

17 de janeiro de 2020

16 de janeiro de 2020

Dois papas, de Fernando Meirelles

Este filme tem basicamente duas personagens - o papa Bento XVI (Anthony Hopkins) e o papa Francisco (Jonathan Pryce) -, brilhantemente interpretadas e caracterizadas. O horizonte temporal vai desde o conclave de 2005, com a eleição de Bento XVI, e o conclave de 2013, quando foi escolhido o papa Francisco. Mas, na verdade, o foco está em dois dias em que ambos se encontram em Roma, Bento XVI ainda como papa e Jorge Bergoglio ainda cardeal.

Nas várias conversas que têm é visível o confronto da visão que têm do mundo e da Igreja. Mas também vêm ao de cima os Vatileaks, os escândalos no seio da Igreja que atormentavam o papa. E o passado de Jorge Bergoglio, nomeadamente durante a ditadura militar na Argentina no final dos anos 70.

Decerto que haverá aqui muitos aspetos romanceados, mas é um filme que vale a pena ver, nem que seja para perceber que entre duas pessoas tão diferentes poderá, com alguma compreensão, haver algum nível de compatibilidade.

Nota: Ambos estão nomeados para os Óscares, Jonathan Pryce para ator principal e Anthony Hopkins para ator secundário.

15 de janeiro de 2020

Ontem fui à rádio, e foi intenso

Há dias, recebi um convite do jornalista João Paulo Sacadura para lhe dar uma entrevista na Rádio Observador, no programa «Convidado extra». O mote seria o livro sobre gémeos mas falar-se-ia de muitas outras coisas. Mal sabia eu de quantas.

Estava nervosíssima. Ir à televisão cria uma certa ansiedade, mas na rádio não há a imagem para nos distrair, e o foco está todo nas palavras que dizemos.

Antes de entrar em estúdio, conversámos um pouco, mas da vida em geral e não da entrevista. E lá dentro, já com os nervos acalmados porque o João Paulo é uma pessoa incrível, gerou-se uma conversa tão descontraída e completa que eu própria me espantava com o caminho que seguia. Ele é um jornalista a sério, estava muitíssimo bem preparado, deve ter lido e visto tudo o que está disponível sobre mim, entrevistas em papel, em vídeo, até deve ter lido o blogue de uma ponta à outra.

Falámos sobre a minha vida profissional, sobre Vespas, sobre animais, sobre os meus autores de eleição, sobre as minhas filhas, sobre o nascimento delas, sobre a minha família e amigos e sobre tantas outras coisas que nem me passavam pela cabeça. Fez-me reviver bons momentos da minha vida que há muito não recordava.

Foi uma conversa tão intensa que depois estive uns bons 30 minutos quase sem conseguir pronunciar uma palavra. Obrigada.

O podcast está disponível aqui: https://observador.pt/programas/convidado-extra/no-dia-que-gerei-vida-fui-confrontada-com-a-morte/

10 de janeiro de 2020

Cosmópolis, de Don DeLillo

Não gostei deste livro de Don DeLillo, apesar de ser considerado um clássico do autor e até ter sido adaptado para o cinema por David Cronenberg.

Tudo se passa em menos de 24 horas, em que o milionário Eric Packer, dentro da sua limusina, percorre as ruas de Manhattan num dia particularmente agitado, marcado pela visita do presidente à cidade, por protestos antiglobalização e pelo funeral megalómano de um rapper conhecido. Dentro da sua limusina, acompanhada da parte de fora seu pelo corpo de guarda-costas a pé, Eric faz negócios graças aos seus múltiplos ecrãs, recebe funcionários das suas empresas e até é observado pelo seu médico, uma rotina diária de que não abdica.

De vez em quando, sai. Para se encontrar com uma ou outra amante, porque viu a recém-mulher a passar na rua, para comer qualquer coisa ou para participar infiltrado numas filmagens. Mas lá dentro vai perdendo a sua fortuna de forma voluntária, numa queda que acompanha o percurso da limusina na descida pela ilha.

Para além da decadência, que é o que torna o livro interessante, achei-o enfadonho, cheio de reflexões que tive dificuldade em acompanhar. Este é um daqueles casos em que, se tivesse visto o filme antes, talvez tivesse algo a ganhar.

7 de janeiro de 2020

Os insultos mais ouvidos

Com 3 anos e meio, a Maria e a Luísa fazem agora uma parelha inseparável, para o bem e para o mal. Os insultos são diários, mas se a maior parte das vezes me passam ao lado, outras não deixo de me rir para dentro:

- «A Mamã é minha só!»
- «És cocó!»
- «Vou pôr-te no lixo!»
- «Já não sou tua amiga!»
- «Eu vou acordar-te de noite!»
- «Vou contar à minha Avó!»
- «Tu comes com a boca aberta!»
- «Vou estragar o teu desenho!»
- «Não vais à minha festa!» (esta é especialmente hilariante, uma vez que fazem anos no mesmo dia)

Por vezes, são ditos todos no mesmo dia. Às vezes na mesma hora.