16 de janeiro de 2020

Dois papas, de Fernando Meirelles

Este filme tem basicamente duas personagens - o papa Bento XVI (Anthony Hopkins) e o papa Francisco (Jonathan Pryce) -, brilhantemente interpretadas e caracterizadas. O horizonte temporal vai desde o conclave de 2005, com a eleição de Bento XVI, e o conclave de 2013, quando foi escolhido o papa Francisco. Mas, na verdade, o foco está em dois dias em que ambos se encontram em Roma, Bento XVI ainda como papa e Jorge Bergoglio ainda cardeal.

Nas várias conversas que têm é visível o confronto da visão que têm do mundo e da Igreja. Mas também vêm ao de cima os Vatileaks, os escândalos no seio da Igreja que atormentavam o papa. E o passado de Jorge Bergoglio, nomeadamente durante a ditadura militar na Argentina no final dos anos 70.

Decerto que haverá aqui muitos aspetos romanceados, mas é um filme que vale a pena ver, nem que seja para perceber que entre duas pessoas tão diferentes poderá, com alguma compreensão, haver algum nível de compatibilidade.

Nota: Ambos estão nomeados para os Óscares, Jonathan Pryce para ator principal e Anthony Hopkins para ator secundário.

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