Pertinho havia a Casa dos Espelhos. Nessa sim, divertia-me mas só em miúda, porque mais crescida, para ver deformações do corpo, já bastava o espelho lá de casa. Mas ria-me porque via uma realidade diferente, uma realidade que não era a realidade.
E ontem descobri que também o mundo vai à casa dos espelhos, aliás, vive lá todos os dias. Mas neste caso já não dá vontade de rir. Porque estes espelhos sim, apesar de deformarem, reflectem a realidade tal como ela é, ajudam-nos a vê-la melhor. O método já me tinha sido referido por um professor de Geografia, mas ontem li um artigo na Sábado e fui espreitar o site:
http://www.worldmapper.org/
A ideia é simples mas genial e muito visual: a partir de um planisfério, dá-se aos países novas dimensões consoante as proporções do critério que se quer visualizar. Por exemplo, se se quiser representar o trabalho infantil no mundo, o mapa aparece assim:
Uuppss... A Europa e a América do Norte quase desapareceram, mas em contrapartida África e Ásia ganharam proporções assustadoras. Mas é assim a realidade que não se vê.
Mas se se pegar noutro critério, por exemplo, os mamíferos em risco de extinção, o mundo transforma-se nisto:
Aha! Agora já se vê a Europa, aliás todo o mundo parece mais equilibrado. Mas tendo em conta o que mapa representa, antes estivesse vazio...
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