Ainda um pouco às escuras, fui ver Sacanas sem lei, o último filme do Tarantino, convencida de que ia assistir a uma matança desenfreada (que não deixa de haver!) levada a cabo por uma espécie de tropa de elite marginal em vingança contra os nazis. Mas enganei-me, ou os trailers enganaram-me, e ainda bem. Porque afinal a tropa liderada por Aldo o Apache (Brad Pitt) está bem presente, mas muitas outras personagens ganham um relevo de que não estava à espera.
Em primeiro lugar, e com distinção, Hans Landa, brilhantemente interpretado por Christoph Waltz e que lhe valeu o prémio de melhor ator em Cannes. Um coronel nazi cheio de rituais, uma verdadeira raposa cheia de subterfúgios, que estica os diálogos e que os prolonga quando já estávamos a respirar fundo de alívio por o outro se ter safado. Um homem que só perde a compostura uma vez (nos bastidores do cinema) mas que logo se recompõe.
E depois, tantas outras personagens: Brad Pitt, claro, que na cena dos sotaques é verdadeiramente hilariante; Mélanie Laurent (a judia sobrevivente e calculista Shosanna Dreyfus); Eli Roth (o Urso Judeu); Diane Kruger (a actriz Bridget von Hammersmark), etc., etc., etc…
Cenas imperdíveis: a primeira, na cabana; a passada na taberna; a espera pela estreia no foyer do cinema; e o grand final. Há muitas outras também boas, e muitas outras em que tive literalmente de tapar os olhos.
Um filme sobre a II Guerra Mundial mas que lhe inventa outro fim e outros meandros, um filme que mistura factos com ficção e pessoas com personagens, um filme cheio de diálogos bons e muitíssimo bem escritos, um filme em que os pormenores imperam bem ao estilo de Tarantino. Resumindo, um filme sobre um período tão negro e em que consegui rir-me às gargalhadas sem me sentir mal por isso.
3 comentários:
é de um sadismo perfeito!!!
Concordo! Acho que é um filme a rever, para apreciar cada pormenor...
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