27 de fevereiro de 2010

Queridos diários

Já tinha visto 2 ou 3, mas hoje descobri um site sobre e com diários gráficos, e assim já posso mostrar o que é. Há quem ande com um caderninho onde vai tomando notas acerca do que vê e do que sente. E há quem ande com caderninho para tomar as mesmas notas mas sob a forma de desenhos.

Em Diário gráfico.com podem ver-se vários exemplos. Diários gráficos com desenhos de pessoas ou de partes do corpo, de ruas ou de casas ou de quartos, de receitas culinárias, de animais, de peças de roupa. Diários com impressões de um dia. Diários com impressões de viagens. O site é de Eduardo Salavisa, designer e professor de uma escola secundária que se apaixonou por esta forma de registo.

E não vale a pena dizer mais nada, o melhor é mesmo navegar no site e descobrir todas as possibilidades. Para mim, cada página de um destes diários é uma verdadeira obra de arte.

25 de fevereiro de 2010

Em campanha

A Vespinha está em campanha mas desta vez não é política. Por isso, vamos lá votar nos Super Blog Awards:

1. Cliquem no logotipo na barra aqui ao lado.
2. Registem-se no site.
3. Cliquem em «Vota nos teus blogs favoritos».
4. Escolham a categoria «Generalista»... a Vespinha está lá na página 21!

Wish me luck... e toca a votar!

PS: Eu já votei em mim própria.

24 de fevereiro de 2010

Coisas parvas que já fiz

Porque não posso estar sempre aqui a criticar o comportamento dos outros, ou talvez por, por isso mesmo, ter reflectido sobre o meu, lembrei-me de duas das coisas mais parvas que já tive por hábito fazer como transeunte e como condutora:

- como transeunte - esta aprendi-a com um amigo que reencontrei há pouco tempo e fazíamo-la antes dos 20 anos: no passeio, quando víamos um carro a vir aproximávamo-nos da berma e fingíamos que íamos atravessar de forma repentina. O objectivo era assustar o condutor e fazê-lo travar bruscamente. Felizmente, as consequências nunca foram mais do que isso mesmo, sustos. Mas podiam ter sido muito piores;

- como condutora: esta não me lembro de onde veio, mas pelo menos 20 anos já tinha. Desligava as luzes exteriores do carro e ligava as de dentro. O objectivo era conduzir «no vazio», sem conseguir ver a estrada nem o que por lá andava. As luzes de dentro ligadas aumentavam a impossibilidade de ver para fora. Fi-lo algumas vezes na serra de Sintra, e felizmente também nunca houve consequências.

Hoje, que critico tudo o que tenha a ver com falta de civismo rodoviário, tenho muita, muita vergonha daquilo que fazia.

Condutores dos CTT

Há cerca de um ano, ia eu na 2.ª Circular, na Vespa, quando uma carrinha dos CTT se colou nas minhas traseiras, buzinando e fazendo sinais de luzes. Porque eu lhe tinha ter buzinado quando quase me abalroou. Entre o nó de Pina Manique e as bombas da Repsol, transpirei um bom bocado, sempre sob grande pressão, com medo de cair e de a carrinha me passar por cima. Acabei por escapar para a estação de serviço, conseguindo ainda fixar a matrícula.

Envei um mail para o provedor dos CTT e semanas mais tarde recebi uma carta respondendo que iam averiguar o que se tinha passado. Passados uns meses, mais uma carta com o mesmo teor. E a partir daí mais nada.

Hoje já não ia na Vespa mas no jipe, na avenida junto à RTP, na faixa da direita. Mais uma vez, desde a 2.ª Circular que era pressionada por uma carrinha. Sem máximos, sem buzinadelas, mas colada na mesma. Passei para a faixa da esquerda, onde teria inevitavelmente de andar mais depressa. Consegui ver a carrinha. Vermelha. Com o arauto branco. Desta vez não lhe vi a matrícula. Mas tenho pena. A provedoria anda muito distraída.

18 de fevereiro de 2010

Uma questão de oportunidade

Acabo de me aperceber de que Mário Crespo lançou a semana passada o livro «A última crónica», com a crónica da discórdia e mais de 100 publicadas ao longo dos últimos 3 anos no Expresso, no Diabo e no Jornal de Notícias. Diz que é uma «resposta à censura». Diz que nunca pensou em publicar um livro de crónicas mas que é um «dever ético em termos jornalísticos».

Independentemente do desfecho que o caso Face Oculta e afins venha a ter, a verdade é que a publicação tão rápida deste livro de Mário Crespo foi no mínimo estranha. Escolher, compilar, editar, paginar e rever mais de 100 crónicas em 15 dias parece-me de facto tarefa difícil. Fazer uma boa capa e imprimir o livro com qualidade também. E do prefácio de Medina Carreira nem se fala. E da editora Alêtheia, de Zita Seabra, também não.

Com este livro, o jornalista Mário Crespo mata dois coelhos de uma só cajadada: republica as ditas crónicas (embora me pareça que não se pode chamar jornalista a quem publica o que «alguém» ouviu dizer acerca de si próprio) e ganhará com certeza uns trocos de alguns leitores portugueses ávidos de mais sangue.

Que jeito que este escândalo vem dar.

Não resisto a publicar esta fotografia da revista Lux com Manuela Moura Guedes a dar um beijinho na cabeça do colega enquanto ele assina o livro na sessão de autógrafos...


12 de fevereiro de 2010

Parabéns ao meu pai...

... que depois de duas semanas a encher-se de pastilhas por causa de uma hérnia, de se armar em valentão quando soube que ia ser operado, de dizer que aquilo ia ser uma coisa simples, como bom médico que é... se encheu de medo no dia anterior à operação, com pavor de ter uma paragem cardíaca, já a imaginar desfibrilhadores à sua volta, no fundo com medo de já não acordar, como ser humano que acima de tudo é.

Na 4.ª feira à noite, antes de o levarem para o bloco, ainda me enviou uma mensagem: «é agora. até breve.» Três horas depois, quando liguei para a clínica, passaram-me de serviço em serviço até alguém me dizer: «Vou passar ao seu pai.» Foi mesmo até breve. 12 horas depois, subia a pé do recobro para o quarto. Mais 6 horinhas e ligava-me a dizer para não ir à clínica, que já tinha saído.
Acho que hoje queria acordar em casa, no dia dos seus 57 anos. E agora só não dança porque não sabe dançar.

7 de fevereiro de 2010

O fenómeno h3

Para quem não sabe, o h3 é uma loja de hambúrgueres. Mas não de uns hambúrgueres quaisquer. São hambúrgueres gourmet. Sim, o conceito já não é novidade, mas quando o primeiro h3 abriu era.

O h3 tem hambúrgueres melhores do que os feitos em casa, no ponto de cozedura que cada um prefere, acompanhados com arroz thai (era capaz de comer um prato só disto), batatas fritas «verdadeiras» cortadas às rodelas, salada ou esparregado. O meu preferido é o benedict, com um ovo escalfado e espinafres cozidos. Mas também gosto do que traz cogumelos frescos e do cheese, com duas fatias de queijo, cebola confitada e maionese com mostarda antiga.O h3 tem sempre filas de espera gigantes. E quando era novidade nem se fala: no Monumental ou no Amoreiras Plaza, era preciso paciência, mas o resultado sempre o mesmo: excelente. Com o tempo, muito mais lojas foram abrindo, e já não preciso de ir aos primeiros dois para me deliciar.

Quando estou em casa, e apenas por uma questão de proximidade e comodidade, vou ao Spacio. O Spacio é o antigo Olivais Shopping. E no Spacio a fila não é gigante. Aliás, grande parte das vezes eu sou mesmo a única da fila. No Spacio as pessoas peferem ir ao McDonald's (contra o qual nada tenho contra, até gosto - não havendo um h3 por perto, claro), à Pizza Hut ou às lojas de baguetes. Po acaso, muitos dos frequentadores do Spacio fariam bem melhor em ir ao h3 almoçar hambúrguer com arroz e uma limonada (verdadeira) em vez de irem almoçar hambúrguer com batatas fritas pré-feitas e uma Coca-Cola só açúcar. Não porque a primeira opção saiba melhor. Mas porque a primeira opção é bem mais saudável. Se calhar se trocassem mais vezes estas pessoas não seriam tão gordas. E estas pessoas que observo a passar pelo h3 com um ar de indiferença até o são bastante.

Perdoem-me o classismo, mas este é mesmo um fenómeno mensurável. Senhores do h3, se calhar o Spacio não vos merece. Porque não vão para o Alegro (para os meus dias de semana) ou para o Vasco da Gama (para o fim-de-semana)? É só uma sugestão, e eu não me importava de esperar um bocadinho na fila.

6 de fevereiro de 2010

De Vespinha a Vespa

A Vespinha vai trocar de Vespa e está confusa. Há quase um ano que tinha decidido que ia ser uma GTV 250, cinzento-escura com o banco em pele castanha. Mas a Vespinha não sabia que essa cor já tinha sido descontinuada...

Hoje, a Vespinha foi ao stand ver ao vivo as restantes cores. E saiu de lá ainda mais baralhada, porque descobriu um outro modelo para que ainda não tinha olhado de perto e que ao vivo lhe encheu as medidas.

Estas duas são a GTV 250, a tal que havia em cinzento e agora já não há. Da verde, não gosto da cor (e o branco-marfim também não me convence...). Da azul, não gosto dos bancos. Além de que, depois de ter visto a mota bem de perto, a achei demasiado «artilhada» de cromados.
E esta é GTS 300, a tal cuja fotografia não lhe faz jus. O preto é lindo, deve ter um toque de metalizado. E o banco preto com o debrum a branco surpreendeu-me.

Ambos os modelos têm a mesma velocidade máxima e o mesmo tamanho, apesar de a segunda ter melhor arranque e ser uns 700 ou 800 euros mais barata.

E agora?