«Marina, que foi publicado originalmente como livro juvenil, surge por cá sem menção a escalões etários e será lido com agrado (...) pelos mesmos adultos que se deleitaram com O jogo do anjo. E faz sentido: ambos os livros são folhetins de mistério, ambientados numa Barcelona gótica e tenebrosa. Marina, recheado de clichés pilhados a Frankenstein e aos filmes de zombies, é mais gore e inverosímil e as suas duas personagens principais são adolescentes, mas é feito da mesma massa de O jogo do anjo.
Embora caiba na gaveta do folhetim neogótico, Zafón merece ser colocado um patamar acima das vampirices de Miss Meyer (...): Zafón tem dedo para intrigas rocambolescas, sabe criar suspense e exprime-se com desenvoltura. Para quem tenha 15 anos, bastará.»
Eu tinha gostado de A sombra do vento, precisamente pelo ambiente gótico da Barcelona do início do século XX. Gostei menos de O jogo do anjo, por encontrar uma fórmula demasiado parecida com a do outro mas menos sustentada. Mas, apesar de tudo, tinha curiosidade em ver como Zafón escreveria uma história passada numa Barcelona mais recente, dos anos 80. Pelos vistos, em Marina não mudou grande coisa. E até coches aparecem.
7 comentários:
Portanto o melhor será ficar-me pela Sombra do Vento, ou dou uma chance aos restantes?
Eu ficaria pela magia do primeiro... :)
Estou a meio do "Marina" e confesso que ler Záfon é isso mesmo: voltar aquele ambiente, esperar que os coches surjam algures, sentir aquele ambiente cinzento e nublado. É a escrita dele. É voltar sempre ali.
"Eu ficaria pela magia do primeiro" - obrigada pelo conselho. Também só li a "Sombra do Vento" e, por acaso, outro dia, o meu marido perguntou-me se valeria a pena comprar o "Marina". Eu disse-lhe: pelo que tenho lido (em artigos), os livros do Zafón são todos semelhantes.
Mais uma vez confirmo ;)
Agradeço a resposta. Parece que ler mais livros do sr. não fará parte dos meus planos num futuro recente.
eu gostei bastante da primeira metade e prevendo a semelhança com os anteriores não me incomodou... a segunda metade foi, no mínimo, curiosa.
li primeiro o jogo do anjo e depois a sombra do vento e não tive o efeito da magia do primeiro. a sombra do vento é muito bom!
Se calhar lido por essa ordem não se sente tanto...
PS: Aconselho vivamente o Persepolis, em BD, com a capa ali na coluna ao lado... Até agora muito, muito bom!
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