30 de outubro de 2011
A minha nostalgia
Como tão bem retrata Woody Allen em Meia-noite em Paris, todos acabamos por ter uma certa nostalgia por tempos nunca vividos. E eu também tenho. Talvez por ter sido a época de juventude dos meus avós, os anos 40 e 50 despertam em mim muita curiosidade.
A par de grandes crises, guerra e pobreza mundial, foram anos de viragem, de grandes contradições. Ao mesmo tempo que o mundo se modernizava, com o desenvolvimento dos meios audiovisuais e de transporte, muitas tradições mantinham-se. Em Lisboa, as avenidas rasgavam-se e automóveis cheios de estilo começavam a circular. Mas, na mesma cidade, ainda se ia a casa à hora de almoço, e os vendedores ainda diziam os seus pregões.
As mulheres subiram as bainhas q.b., mantendo uma extrema elegância com as cinturas finas e as saias rodadas. Os homens andavam impecáveis, penteado irrepreensível, fato completo com colete, gravata e lenço a condizer, se possível óculos de óculos de massa a rematar.
Não vou falar da probreza do interior, de gente que mal tinha para comer, das longas jornadas nas fábricas. Porque a nostalgia pelo nunca vivido faz-se a partir das coisas boas. E essas apaixonam-me.
Vem este tópico a propósito deste fantástico e tão simples anúncio aos relógios Tudor, que me transportou para há 60 anos. |
28 de outubro de 2011
Nesta não me apanham
Em Las Vegas, vista de longe a Stratosphere parece uma torre normal. Mas ao aproximarmo-nos, encontramos isto:
Que é mais ou menos isto (a não ver por quem tem medo de alturas):
Que é mais ou menos isto (a não ver por quem tem medo de alturas):
27 de outubro de 2011
We need to talk about Kevin, de Lionel Shriver
Até que ponto seremos realmente condicionados pelo ambiente que nos rodeia? Poderá uma criança nascer naturalmente má ou o será o seu caráter moldado por uma mãe pouco afetuosa?
Dois anos depois de o seu filho ter matado 7 colegas e 2 funcionários da escola, Eva inicia uma série de cartas para seu ex-marido onde revê toda a vida do casal, antes e depois do nascimento de Kevin. As dúvidas acerca de avançar para a maternidade, o nascimento tardio do filho, o abandono de uma vida independente cheia de experiências e viagens para dar lugar à vida nos subúrbios. E, a partir daí, a recusa de Kevin em mamar, o choro incessante que para quando o pai chega a casa, o uso de fraldas até aos 6 anos, pequenos acidentes que vão acontecendo com vizinhos e colegas de escola, a ausência num jovem de gostos e preferências em qualquer sentido, a superproteção de um pai que tudo atribui às fases do crescimento. Até que um dia, uma fatídica quinta-feira, a tragédia acontece. Algo que, no fundo Eva sempre previu.
Vencedor do Orange Prize em 2005, We need to talk about Kevin, de Lionel Shriver, é um livro poderoso, intenso, que me surpreendeu sempre a cada página, mesmo quando, já perto do final, achava que não havia mais nada que me pudesse surpreender. Mas havia, e muito.
25 de outubro de 2011
Coisas que me trazem as lágrimas aos olhos
Lily, de 6 anos, teve de ser submetida a uma remoção ocular aos 2. Desde aí, Madison é o seu companheiro e o seu guia. Não são necessárias mais palavras.
24 de outubro de 2011
23 de outubro de 2011
A Wallpaper de novembro tem 10 capas diferentes:
Lá dentro, o conteúdo é o mesmo e, a páginas 147, Portugal encontra-se muito bem representando, entre outros, pela Fundação Champalimaud, pelas Casas do Côro (ver a Suíte Eco Sustentável dos Bogalhais), pela já universalmente famosa cortiça, pela cidade de Guimarães, pelas conservas José Gourmet e pelo design tradicional Água de Prata, que conjuga mobiliário novo ou reciclado com lã de Arraiolos. A explorar particularmente este último, o que mais me surpreendeu pela originalidade:
Bancos com assento feito em lã de Arraiolos cruzada |
Banco baixo feito com pneu forrado com lã de Arraiolos |
21 de outubro de 2011
Uma sátira sobre a nostalgia
Sim, gostei de encontrar Dalí, Gauguin, Picasso e Toulouse-Lautrec, Hemingway e Fitzgerald, Cole Porter e Buñuel. E de ver todas as cenas filmadas em Paris, uma cidade que ainda faz parte das minhas lacunas. E de ouvir Owen Wilson a falar tal e qual Woddy Allen, num dos melhores alter egos do ator/realizador criados até hoje.
Mas, acima de tudo, adorei a forma como em Meia-Noite em Paris Woddy Allen retratou a universal e intemporal insatisfação humana, sempre nostálgica de tempos idos vividos ou não. E não é que a felicidade afinal pode estar aqui mesmo na época em que vivemos?
20 de outubro de 2011
Eu vou lá
Acredito que a partir de hoje a minha qualidade de vida aumentará bastante, com a tão esperada abertura de um Pingo Doce a 100 metros de casa. Três anos depois, já merecia.
17 de outubro de 2011
16 de outubro de 2011
O que pensam é o que penso
Seleção de textos retirada daqui:
- «Os seus propagandistas (do Governo) podiam poupar-nos a ilusões e a demagogia ideológica: daqui (das medidas do Orçamento) não resultará qualquer Estado mais virtuoso na sua magreza, nem nenhum país mais competitivo, nem um Portugal melhor. Sairá um país mais pobre, exausto, mais dependente, menos culto, menos qualificado, com maiores diferenças sociais, mais zangado e mais violento e, muito provavelmente, com menos liberdades.»
Pacheco Pereira, in Público de ontem
- «Não há alternativa? Há sempre uma alternativa mesmo com uma pistola encostada à cabeça. E o que eu esperava do meu primeiro-ministro é que ele estivesse, de forma incondicional, ao lado do povo que o elegeu e não dos credores que nos querem extrair até à última gota de sangue.»
Nicolau Santos, in Expresso de ontem
- «Até há dias, a estratégia do Governo passava por diferenciar Portugal da Grécia. Paradoxalmente, para evitar sermos vistos como a Grécia, a solução agora proposta é a mesma que levou ao descalabro económico e social que se vive nas ruas de Atenas. O fim dos subsídios de férias e de Natal, a somar a todos os outros cortes salariais e aumentos de impostos, terá inevitavelmente duas consequências: o colapso da procura interna e uma recessão ainda mais profunda do que o previsto.»
Pedro Adão e Silva, in Expresso de ontem
- «Já basta e ofende a desculpa da herança do anterior governo. Primeiro, porque juraram que não o fariam; segundo, porque só mostra que nada sabiam do estado do país e não estavam preparados para governar, mas apenas para ocupar o poder; terceiro, porque, que se tenha percebido, o tal buraco inesperado de 3 mil milhões decorre, todo ele, da privatização do BPN, nas condições definidas por este governo, e das dívidas escondidas do querido Jardim, criatura emérita do PSD.»
Miguel Sousa Tavares, in Expresso de ontem
15 de outubro de 2011
Back to bike
13 de outubro de 2011
Para mim será sempre pequenino...
... o meu maninho que nasceu faz já hoje 30 anos. Se pudesse, carregá-lo-ia ao colo durante toda a minha vida.
12 de outubro de 2011
Ilha Teresa, de Richard Zimler
Teresa é uma adolescente que emigra com os pais e com o irmão mais novo para os Estados Unidos, assentando nos subúrbios de Nova Iorque. Um ano depois da mudança, a adaptação ainda não aconteceu. Na escola é difícil saltar o muro da diferença, por isso Teresa refugia-se na amizade de um rapaz homossexual que, por motivos diferentes, também não se integra. Em casa, a atenção da mãe é pouca, deslumbrada pelo apelo consumista dos grandes armazéns onde passa grande parte do tempo. Em família, Teresa sente pelo irmão um misto de necessidade de distanciamento com instinto de proteção.
E então o seu mundo muda ainda mais um bocadinho, quando pai é internado no hospital. É a partir desse momento que Teresa se torna verdadeiramente numa ilha, cada vez mais pequena e isolada no meio do oceano.
Não consegui concluir se este é um livro para adultos, num registo um pouco diferente do habitual em Zimler, sempre muito focado no mundo judaico, se um livro para adolescentes. Seja o que for, em muitas passagens mexeu comigo e a dada altura tive mesmo de o deixar durante umas largas horas por não estar a aguentar o drama latente que estava a ler. Recomendo, mas para de seguida ler algo pelo menos um pouco mais leve. É que a capa tão colorida engana.
Nota: Apesar da nota final sobre a tradução, que justifica algumas opções para manter o tipo de discurso de uma adolescente de 15 anos, foi impossível distanciar-me de uma revisão deficiente. É que para quem lê muito é fácil distinguir as duas coisas.
10 de outubro de 2011
Shame on him
Acreditará mesmo o nosso ministro da Cultura que vai arrecadar mais uns trocos ao acabar com as entradas gratuitas nos museus aos domingos de manhã? Não me parece. Vai antes conseguir manter aquilo que já ganham e criar uma população cada mais inculta no que às artes diz respeito. Aos domingos de manhã, muitos portugueses deixarão de se levantar mais cedo e deixar-se-ão ficar na cama, enquanto os filhos, de olhos esbugalhados, assistirão a manhãs inteiras de televisão.
Tenhamos vergonha por estar a voltar atrás em algumas das poucas regalias que tínhamos no que à cultura diz respeito.
PS: Alguns museus onde ainda se poderá ir, gratuitamente, em qualquer dia da semana: MUDE, Fundação Berardo, Casa das Histórias – Paula Rego.
7 de outubro de 2011
De olhos bem abertos...
... é como devemos andar. Não quero ser demasiado alarmista, mas alertar para gestos simples como olhar bem à volta quando nos dirigimos para casa ou para o carro, disfarçar quando vemos alguém suspeito, trancá-lo quando entramos lá dentro. E contra mim falo, porque tenho sido uma descuidada nestas coisas. As histórias que ouvia sempre me chegaram através de uma corrente de mails, ou tinham-se passado com uma amiga de uma amiga. Mas desta vez foi mais próximo.
Na madrugada de 4 para 5 de outubro (véspera de feriado, portanto), a J. dirigiu-se para o carro na zona de Santos, perto d'A Barraca, com mais 3 amigos. As ruas estavam cheias de gente, a noite estava quente, a zona era tudo menos isolada. Já sentados lá dentro, foram confrontados por quatro homens armados com uma caçadeira que os obrigaram a sair do carro e, depois de alguma confusão, arrancaram com ele. O carro apareceu horas depois na Costa de Caparica, em bastante mau estado, depois de ter estado envolvido num tiroteio.
A história terminou apenas com danos materiais mas podia ter acabado muito pior. E pergunto-me a que estado está a chegar este país quando os roubos são feitos cara a cara, à vista desarmada, com recurso a armas. Começo a ter medo.
PS: A última história deste género que tinha ouvido, narrada também na primeira pessoa, aconteceu há uns anos em Luanda, com uma amiga. No meio do trânsito, homens armados obrigaram-nas a sair do carro e fugiram com ele. Mas isto foi há uns anos. Em Luanda. Não em Lisboa, no bairro de Santos, com as ruas pejadas de gente.
Na madrugada de 4 para 5 de outubro (véspera de feriado, portanto), a J. dirigiu-se para o carro na zona de Santos, perto d'A Barraca, com mais 3 amigos. As ruas estavam cheias de gente, a noite estava quente, a zona era tudo menos isolada. Já sentados lá dentro, foram confrontados por quatro homens armados com uma caçadeira que os obrigaram a sair do carro e, depois de alguma confusão, arrancaram com ele. O carro apareceu horas depois na Costa de Caparica, em bastante mau estado, depois de ter estado envolvido num tiroteio.
A história terminou apenas com danos materiais mas podia ter acabado muito pior. E pergunto-me a que estado está a chegar este país quando os roubos são feitos cara a cara, à vista desarmada, com recurso a armas. Começo a ter medo.
PS: A última história deste género que tinha ouvido, narrada também na primeira pessoa, aconteceu há uns anos em Luanda, com uma amiga. No meio do trânsito, homens armados obrigaram-nas a sair do carro e fugiram com ele. Mas isto foi há uns anos. Em Luanda. Não em Lisboa, no bairro de Santos, com as ruas pejadas de gente.
6 de outubro de 2011
Agora é que a maçã perdeu mesmo um bocado...
Soube a notícia no iPod, escrevo agora no iMac e ainda não desisti de vir a ter um iPad. Não há dúvida de que a visão de Steve Jobs mudou bastante a minha vida. Espero que os sucessores tenham aprendido bem as suas lições e que não desistam de inovar cada vez mais.
4 de outubro de 2011
Viver para contar
Passa semanalmente na RTP o programa Mudar de vida - viver para contar, em que um jornalista veste durante x tempo a pele de um profissional ou de alguém com determinadas características para mostrar a realidade tal como ela é. Já «foram» bombeiros, agricultores e auxiliares num centro para crianças abandonadas.
Ontem foi a vez de Rosário Salgueiro «ser» cega durante uma semana (percam 30 minutos, vale a pena ver a reportagem). Depois de um médico oftalmologista lhe vendar os olhos com bandas totalmente opacas, acompanhou o dia a dia de três cegos pelas ruas de Lisboa. Ruas cheias de armadilhas, obstáculos nos passeios, buracos, semáforos cujo aviso sonoro não funciona, escadas rolantes e não rolantes, cancelas... Usou bengala, com um dos cegos teve o apoio de um cão-guia, com outra aprendeu a distinguir as moedas pelo tato e com outro até foi ao futebol. Apurou a audição e teve consciência de sons a que nunca tinha dado atenção.
Mas, julgo, deve ter sentido um enorme alívio quando lhe foram retiradas as bandas. Porque ser cego não é mesmo nada fácil. Estas pessoas são uns heróis.
Ontem foi a vez de Rosário Salgueiro «ser» cega durante uma semana (percam 30 minutos, vale a pena ver a reportagem). Depois de um médico oftalmologista lhe vendar os olhos com bandas totalmente opacas, acompanhou o dia a dia de três cegos pelas ruas de Lisboa. Ruas cheias de armadilhas, obstáculos nos passeios, buracos, semáforos cujo aviso sonoro não funciona, escadas rolantes e não rolantes, cancelas... Usou bengala, com um dos cegos teve o apoio de um cão-guia, com outra aprendeu a distinguir as moedas pelo tato e com outro até foi ao futebol. Apurou a audição e teve consciência de sons a que nunca tinha dado atenção.
Mas, julgo, deve ter sentido um enorme alívio quando lhe foram retiradas as bandas. Porque ser cego não é mesmo nada fácil. Estas pessoas são uns heróis.
3 de outubro de 2011
Eu e tu, de Niccoló Ammaniti
Não posso revelar grande coisa sobre este livro, porque é muito pequeno. Mas asseguro que a história é grande e que não vai deixar ninguém indiferente. Tudo começa com um adolescente antissocial que diz aos pais que vai passar uma semana na neve com os amigos mas que, em vez disso, se encerra na cave do prédio com mantimentos, um livro e jogos de vídeo. O resto, só lendo. Eu e tu é o segundo livro que leio de Niccolò Ammaniti (o primeiro foi Como Deus manda), e espero que sejam traduzidos muitos mais.
2 de outubro de 2011
TEDxEdges Lisboa 2011: o meu balanço
Andei mais de um mês a alimentar grandes expectativas relativamente às TEDxEdges, as famosas talks feitas à semelhança (e cumprindo, à partida, as mesmas regras) das TED (Technology, Entertainment and Design). Eis o meu balanço de ontem:
- o local: fantástico, sem dúvida. A Fundação Champalimaud é um espaço cheio de possibilidades. Só conhecia o Darwin’s Café, mas o resto encheu-me ainda mais as medidas. Para além do auditório onde decorreram as TEDx, com um janelão gigante sobre o rio que se fecha sempre que necessário para as projeções, um auditório ao ar livre e um jardim interior de grandes dimensões são apenas algumas das infraestruturas que nos tiram o fôlego.
- a organização: bastante boa, quase nada falhou. O check-in foi feito sem confusão. Os coffee-breaks, apesar da quantidade de gente, mantiveram sempre boas doses de comida, com uma variedade pouco comum (para além dos bolinhos de pastelaria tradicional e dos pastéis de Belém – verdadeiros e quentinhos –, não faltavam por lá iogurtes e grandes cestos com muita fruta). Já o almoço... confesso que gosto do conceito da Go Natural, mas darem-nos saquinhos com a marmita para depois nos sentarmos no chão algures onde encontrássemos uma sombra não foi lá muito confortável.
- os horários: a agenda era apertadíssima, com 24 speakers ao longo do dia. Da parte da manhã cumpriu-se tudo à risca. Da parte da tarde, descambou um bocado. Para além de ter começado antes (!!) da hora – julgo que por estar tudo fartíssimo das 2 horas de almoço em que já ninguém sabia o que fazer nem em que posição sentar-se no chão –, acabou depois do previsto, julgo que por culpa do «momento musical» de que falarei no próximo ponto.
- os momentos musicais: eu fui às TEDx para ouvir pessoas interessantes a falar, não para assistir a variedades em que senti que estavam a gozar comigo. O primeiro momento, logo a abrir, com duas raparigas a tocar guitarra e uns sininhos como se estivessem no grupo de jovens da igreja. Eu até percebo que em hospitais e lares funcione (aliás, é o que costumam fazer), mas naquele contexto, poupem-me. O segundo, a abrir a parte da tarde, noutro estilo mas não melhor: três mascarados de camponeses de Trás-os-Montes a misturar música tradicional com música electrónica. Sem palavras.
- as talks: afinal, foi para isto que lá fui, para ouvir pessoas a falar de coisas que as inspiram, de modo entusiasmado e com uma boa capacidade de comunicação. Dos 24 speakers, globalmente gostei bastante de três: Ricardo Diniz, velejador; João Lopes Marques, jornalista; e José Cabral, o blogger do Alfaiate Lisboeta. Achei dois interessantes, pela exposição e não tanto pelo tema: Francisco Fonseca, que falou sobre spam; e Jorge Buescu, sobre a utilidade e inutilidade da Matemática. E ainda outros cinco, mais pelo tema do que pela exposição: David G. Santos, sobre o ultra-ateísmo; Luís Valença Pinto, sobre perspetivas positivas de encarar o mundo; João Nogueira Santos, sobre a cidadania e a importância da filiação nos partidos; Ana Mourão, sobre a aplicação das leis de Newton à travagem de veículos; e Marina do Vale, sobre as doenças cardiovasculares e a sua predisposição nos fetos. Os outros catorze, ou leram os textos que levavam sem levantar os olhos do papel, ou tinham um inglês (ou uma pronúncia) sofrível ou, simplesmente, não tinham jeito nenhum para aquilo (com alguns, confesso, até me senti incomodada e com vergonha alheia). O que eu não percebo. Porque o conceito das TED é precisamente dar a conhecer bons comunicadores que explicam de modo simples assuntos por vezes complicados. Nas TED, muitas vezes a forma é mais importante do que o conteúdo, porque sem uma boa forma o conteúdo não chega a quem tem de chegar. Num evento com tantos meses de preparação, o casting podia ter sido melhor, ou, em alternativa, deviam ter sido feitos ensaios intensivos com cada um dos speakers. O que não me parece que tenha acontecido. E para quê fazer as talks em inglês? Se é para as colocar online podem levar legendas... É que o inglês limitou tanto uma série de speakers...
Se voltarei numa próxima edição? Não sei.
PS: Num dos intervalos experimentei o Nissan Leaf, o automóvel elétrico que referi há uns meses. Maravilhoso silêncio.
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