11 de dezembro de 2011

Mudança de disco: Dia 2

07h00 e picos - dão-me um pão com manteiga e um café com leite que me sabem que nem ginjas. Mas continuo despida por debaixo dos lençóis, com várias ventosas de monitorização no peito e tubos de oxigénio nas narinas. Mal posso esperar pelo meu pijama.

09h00 - e lá vem ele, o meu pijama e os meus chinelos, duas bacias de água para «refrescar» e o primeiro banho que tomo deitada em adulta . Passam-me para um cadeirão e espero. Que a tensão suba e que me levem para o quarto.

10h00 - entra a minha mãe, nervosa mas bem-disposta. E aqui vou eu para o quarto, numa cadeira de rodas de que me apetecia levantar mas que não posso nem devo.

10h10 - «tem aí uma surpresa», diz alguém. Viram-me para a cama, levanto-me e mandam-me voltar para a parede. Uma fotografia gigante de toda a minha equipa, todos os 12, tirada num dia em que o meu pai e o meu irmão me conseguiram tirar da editora à hora de almoço. Flores do meu maninho, um postal que guardarei para sempre. E recomeça a saga dos telefonemas e das mensagens.

12h00 - almocinho finalmente, sopa, perna de frango, puré, uvas e pera, pão... 

14h30 - regresso da minha mãe, que me faz companhia enquanto durmo e aproveita para conversar com a companheira de quarto que tive a sorte de ter.

16h00 - visita da C., do P. e do mano, até por volta das 18h. Pouco depois, entrada do primo E., esbaforido com medo de não conseguir entrar. Janto enquanto conversamos. Ele sai, vou lavar os dentes e quando saio da casa de banho já lá estão a J., o P. e os babies. Com chocolates e desenhos como só eles sabem fazer. Saem pelas 21h, passa um minuto e entra o meu pai só para me dar um beijinho.

21h30 - chamada do mano. Manda-me levantar da cama e ir até à fotografia. Levanto uma ponta e começo a ler as mensagens que também não irei esquecer.



23h00 - é tarde, amanha terei alta.

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