31 de janeiro de 2012

Quando acordo de noite com este frio...

... não posso deixar de pensar que há quem esteja milhares de vezes pior do que eu. Espero que o metropolitano de Lisboa abra durante as próximas noites para lhes dar algum conforto, se é que assim se lhe poderá chamar.

30 de janeiro de 2012

Ao que chegámos...


Nota: A Meyer da publicidade não é o Meyer do livro aqui ao lado. Mas, ainda assim, não fazia a troca.

24 de janeiro de 2012

Felizes aos 100

Belas fotografias do alemão Karsten Thormaehlen (projeto Jahrhundermensch) retratando homens e mulheres centenários. A felicidade é evidente nos seus rostos. Assim deve valer a pena.


 

PS: Segundo estimativas da ONU, em 2009 havia apenas cerca de 455 mil centenários no mundo.

20 de janeiro de 2012

Beetle 2012

À medida que o Discovery vai ganhando quilómetros, e quando penso que um dia vou ter o trocar, instala-se-me sempre uma angustiazinha... Pelo simples facto de o trocar, porque adoro conduzir aquele monstrinho, mas também porque as opções disponíveis não são viáveis. Ou são absurdamente caras (e o absurdamente é mesmo literal) ou falta-lhes sempre qualquer coisa.

Gosto do Fiat 500, mas teria de ser numa cor raríssima. Gostava do Mini, mas já são tantos que me começam a cansar. E gosto do Beetle, mas faltava-lhe qualquer coisa que não sabia o que era. Até agora. Agora sim, o Beetle 2012 é uma perfeita adaptação do original, ganhou um toque mais masculino, perdeu algumas das suas curvas e pode ser um dia (daqui a poucos ou muitos anos) o meu próximo carro. Com jantes destas e tudo:

19 de janeiro de 2012

Tão bonitos que faz pena comer

Os bolos, cupcakes e biscoitos da Cake Mania, feitos à medida e dos mais perfeitos que tenho visto por aí. Por fora e por dentro.

Esta é apenas uma amostra:





17 de janeiro de 2012

American breakfast

Eu sei que pouco o usaria, mas não deixa de ser uma tentação ter um brinquedo destes em casa. Pelo café, pelas torradinhas, pelo design e pela cor.

16 de janeiro de 2012

Downton Abbey: a não perder, por favor



Esta é daquelas séries que, sempre que vejo, penso que tenho de recomendar aqui no blogue. Só que acabo por nunca conseguir, porque é tão boa que acho que dificilmente lhe conseguirei fazer jus. Mas hoje tem de ser, porque ontem o Globo de Ouro para a melhor minissérie foi mesmo para Downton Abbey.

Primeiro conselho: ver desde o primeiro episódio da primeira temporada. Porque só assim se conseguirá perceber de onde cada personagem vem, que relações estabelecem entre si, como o equilíbrio de poderes se vai alterando. 

De um modo muito básico, tudo começa quando o herdeiro dos Crawley, que herdaria as propriedades de Downton Abbey, morre no naufrágio do Titanic. E a partir deste ponto acompanhamos os dilemas da família e, em paralelo, e com não menos importância, do batalhão de criados fiéis que a servem. Quem herdará, com quem casar filha mais velha, quem manda em quem na zona da criadagem, que rituais eram respeitados numa propriedade aristocrata vitoriana.

Na segunda temporada, com o início da I Guerra Mundial, as posições começam a alterar-se, alguns criados ambicionam mudar de vida, as mulheres ganham novos direitos, as necessidades da guerra levam muita da aristocracia a dedicar-se à ajuda aos feridos.

Cada episódio dura cerca de 50 minutos e não precisa de terminar de modo abrupto para me deixarem cheia de vontade de ver o próximo.


PS: E que contente estou também pela consagração de Idris Elba na pele de Luther. Merecidíssimo.

The Queen: art and image

Acabei finalmente de percorrer as fantásticas páginas deste catálogo, que tão bem revela através de fotografias e algumas pinturas o modo como Isabel II se tem relacionado com o mundo, com povo britânico, com a sua família e consigo própria.

Comprei-o em Edimburgo, onde estava a exposição no verão passado. Mas fiz batota, trouxe o catálogo sem ver a exposição, e agora tenho pena: é certo que o catálogo fica cá em casa mas fiquei sem a noção da dimensão das imagens.

Algumas das minhas preferidas:



Queen Elizabeth II, Cecil Beaton, 1953
Queen Elizabeth II with the infant Prince Andrew, Cecil Beaton, 1960
Queen Elizabeth II, Eve Arnold, 1968
Queen Elizabeth II, Patrick Lichfield, 1971
Lightness of being, Chris Levine, 2007
Queen Elizabeth II, Annie Leibovitz, 2007

15 de janeiro de 2012

Quando estala o verniz



Dois casais num apartamento, ao início da tarde. A conversar durante cerca de 80 minutos. Sobre o facto de o filho de um dos casais ter agredido o filho do outro. Tudo começa calmamente, num ambiente pesado mas contido. Mas a tensão está lá e não tarda a dar sinal de si. O verniz estala, as acusações sucedem-se, as agressões também.

O deus da carnificina é um drama, mas é também um simples caso da vida real, até mesmo com o seu toque cómico aqui e ali. O argumento é de Yasmina Reza, a peça já esteve em cena no Teatro Aberto há cerca de 2 anos (com o título O deus da matança), mas a realização de Roman Polanski supera tudo o resto. Em tempo real, assistimos à representação exemplar de Kate Winslet, Christoph Waltz (ator de quem cada vez gosto mais), Jodie Foster e John C. Reilly. 

Escolhi um excelente filme para primeiro do ano.

12 de janeiro de 2012

É preciso ficar alerta...

... quando até os nossos super-heróis começam a ficar deprimidos. Mau sinal, porque alguém tem de acordar e salvar as hostes.




Desenhos de Lora 8.

11 de janeiro de 2012

Não consigo dar título a este tópico

Mas em que país se está a tornar Portugal quando figuras influentes da nossa sociedade se atrevem sequer a aventar a hipótese de vedar tratamentos gratuitos de hemodiálise a maiores de 70 anos? É algo que nem sequer devia passar pelas nossas cabeças. Que vergonha, mas que vergonha... estamos a falar de vida.

10 de janeiro de 2012

Tão politicamente incorreto


A quem é que nunca apeteceu chamar nomes na cara de quem ocupa dois lugares de estacionamento? Confrontar quem se arma em chico-esperto e se cola a um amigo à frente de uma fila para passar à frente dos outros? Disfarçar quando se anda pelo estrangeiro e se vê ao longe uma cara conhecida?

Produzida e protagonizada por Larry David (o produtor e cocriador de Seinfeld), que faz de si próprio, Curb your enthusiasm (em português, Tem calma, Larry) é oposto do politicamente correto, e Larry um verdadeiro assassino social. Diz o que lhe apetece, vive egoisticamente, mas retrata tão bem aquilo que tantos de nós pensamos...

Mas como é que só agora descobri uma série como esta estreada em 2000 e que já vai na season 8? Como?


PS: Larry David protagonizou em 2009 Whatever works, de Woody Allen. Impossível não comparar o caráter dos dois.

9 de janeiro de 2012

Um dos sites mais românticos de sempre

É bem capaz de ser o site mais romântico que descobri. E no entanto limita-se a mostrar... pés!

Em 2005, o fotógrafo Tom Robinson fotografou os seus pés e os da namorada numa praia em Brighton:


Depois, novas fotografias aos pés numa viagem a Bruxelas. E assim foi através da Áustria, Bulgária, Roménia, Tailândia, Cambodja, Vietname, Singapura, Austrália, Nova Zelândia, Chile, Brasil, Argentina, Bolívia, Costa Rica, Peru, Nicarágua, Honduras, Guatemala, Belize, México, Suíça e Índia. Até que em 2011 os 4 pés passaram a ser 6, com o nascimento da filha de ambos, Matilda:


E os registos continuam e já são mais de 90, todos publicados em Feet first. O mais recente mostra-os na piscina da Praia Grande, aqui bem perto:


Será preciso mais alguma coisa para ficar com um enorme sorriso nos lábios?

Sim, espreitar também a série I'm going to be a dad, em que Tom fotografou a reação da família e amigos quando lhes anunciou que ia ser pai. Maravilhoso.

8 de janeiro de 2012

De orelhas a ferver

Ora aqui está uma das minhas grandes descobertas deste inverno. Comprei-o por acaso, porque estava em grande promoção, porque já agora queria experimentar, e é precioso sempre que faço caminhadas aqui junto ao rio, quando o vento teima em levantar. Nunca pensei que fizesse uma diferença tão grande.

Tem ainda a grande vantagem de, além do frio, abafar também as vozes que não me apetece ouvir.

7 de janeiro de 2012

Retro gadget

Parece quase um contrassenso, mas é impossível não chamar gadget a esta maravilha da técnica inventada há mais de 50 anos, que ontem recebi e que tantas vezes quis ter. Hoje, na época das máquinas digitais, em que tudo se vê de imediato no pequeno ecrã da parte de trás, pouca gente se lembra da ansiedade que era esperar pela revelação de um rolo fotográfico. Chegar das férias e ir a correr pô-los a revelar, ir buscar as fotografias religiosamente no dia previsto, e apanhar às vezes uma grande desilusão quando as víamos.

Quantas vezes desejei ter uma Polaroid, e nas minhas mãos o poder de ver uma fotografia minutos depois de a ter tirado. Pois hoje é o dia. Graças à minha dream team, uma semana depois dos meus anos recebi ontem a última coisa de que estava à espera. Ei-la:


A compra das películas é capaz de me levar à falência, mas vou poder finalmente saber o que é uma verdadeira polaroid sem ter de recorrer às aplicações do iMac ou do iPad.

6 de janeiro de 2012

Missing it


Enquanto ainda não arrisco andar de bicicleta, vou-me entretendo com o livro aqui ao lado, não propriamente sobre bicicletas mas sobre o tipo de pensamentos que nos podem ocorrer quando andamos nelas.

Mas o que eu quero mesmo é voltar a pedalar, vento na cara e roupa a esvoaçar. Porque sinto algo como isto:

... sempre gostei muito de andar de bicicleta. Trata-se de uma máquina que respeita o corpo e que se adapta a ele, quase perfeitamente. O acto de pedalar é feito de círculos desenhados no ar por todo o corpo. Existe um movimento de ombros específico para cada maneira de pedalar. Depois, como resultado, o vento no rosto. Mesmo em janeiro, inverno mesmo inverno, é melhor apanhar vento no rosto do que não apanhar. Sentir o toque abstracto do ar, essa matéria, é a certeza inequívoca de que estamos vivos. Se estamos a andar de bicicleta, então, é porque estamos vivos e temos todos os motivos para sorrir.

José Luís Peixoto, in Abraço

5 de janeiro de 2012

Pois que haja algo de bom nesta crise

A cadeia de hamburgers h3, de que sou fã incondicional para não dizer viciada, vai finalmente lançar um cartão de cliente em que após nove refeições oferecem a décima. Parece-me que vou comer muitas vezes de graça.

Back to work

E 29 dias depois regresso hoje ao trabalho. Confesso que, apesar de saber os muitos problemas que me esperam, já tinha algumas saudades.

4 de janeiro de 2012

Definição do meu blogue


Aqui há tempos um amigo dizia-me que gostava muito de ler o meu blogue. Eu respondi-lhe que só tinha pena de não o conseguir definir melhor, de não ter um tema, de não ter sequer um lema para além do «Vespa a abrandar». E responde-me ele: «Sim, tem um tema, são impressões sobre o mundo.» Gostei muito.

Liliput ou Gulliver?

Como detesto coisas apertadas (sapatos apertados, roupa apertada, espaços pequenos e acanhados), escolheria sem dúvida a versão liliputiana.

Mas Jean-François Fourtou testou as duas:







3 de janeiro de 2012

Too nice to hide

Estou com um enorme problema. A minha amiga Mary ofereceu-me no Natal este maravilhoso kit Wonder Woman da MAC. Produtos maravilhosos, cada um embalado numa caixa original, tudo numa bolsa cintilante. Tudo tão, mas tão giro que agora tenho pena de arrumar os produtos... Any advice?



The scrapbook of Frankie Pratt, de Caroline Preston

É simplesmente um dos livros mais bonitos que já li. Não tanto pelo conteúdo, mas sobretudo pela forma. Através de um scrapbook (espécie de livro de recortes), Caroline Preston conta a história de Frankie Pratt, uma jovem norte-americana a tentar tornar-se adulta na década de 20 do século passado.

Com recurso a material da época (fotografias, bilhetes de cinema e de teatro, folhetos, rótulos...), acompanhamos a vida de Frankie narrada na primeira pessoa e registada na máquina de escrever que herdou do pai, uma Corona. Parte da sua terra natal e passa por Nova Iorque e Paris, acabando por descobrir que o seu verdadeiro lugar era onde menos esperava. As imagens são belíssimas e o papel da melhor qualidade, numa edição extremamente cuidada. Recomendo a compra através da Amazon, claro.