E tudo isto para recomendar a exposição «Fernando Pessoa, plural como o universo», patente na Gulbenkian até 30 de abril depois de ter passado por São Paulo e pelo Rio. Testemunhando a vida e obra do poeta e dos seus heterónimos, a exposição vale não apenas pelo acervo mas acima de tudo, a meu ver, pelo modo como está montada. Interativa, cheia de filmes, sons e vozes, leva-nos para dentro do(s) mundo(s) do poeta de um modo infelizmente ainda raro por cá.
Dos objetos, não perder a famosa arca de madeira onde Pessoa guardava milhares de originais, descobertos após a sua morte, e o magnífico retrato feito por Almada Negreiros, que só ao vivo transmite a sua verdadeira grandeza e força da cor.
Das centenas de trechos que li hoje, e que mudavam com um movimento do meu braço, não pude deixar de registar estes dois. Pela ironia e, acima de tudo, pela atualidade. Grandes verdades.
Nota: Joaquim Moura Costa era um dos heterónimos menos conhecidos de Fernando Pessoa.
2 comentários:
Vou anotar. Curioso que a melhor exposição que vi sobre o Fernando Pessoa foi em Bruxelas, em 1991.
Vês? Tenho pena de não sermos nós a valorizarmos mais o que é nosso... Depois diz se gostaste.
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