14 de maio de 2012

O rebate, de Rentes de Carvalho

Foi com grande expectativa que comecei a ler este O rebate, de Rentes de Carvalho, a mesma com que li o anterior. Críticas muito boas e acima de tudo uma grande vontade de ler mais um título de um velho escritor que descobri há pouco tempo. Mas, à medida que ia avançando nas páginas, ia ficando com uma sensação desconfortável.

A história é interessante, o regresso de um emigrante para as festas da aldeia de onde partiu. O contraste do que traz (inclusive a mulher, a «francesa») com o que encontra, as invejas e tricas da terra, um retrato muito pouco romântico do que nos habituámos a ler acerca do interior perdido de Portugal. Mas o desconforto lá continuava, perdi-me muito nas personagens, tanto tratadas pelo nome próprio como pelo apelido como ainda pela profissão. E foram várias as vezes em que estive para pôr o livro de lado, só não o fiz porque é pequeno e, já agora, queria saber como terminava.

Em resumo, gostei do conteúdo mas não da forma, acho que deve estar mais clara na cabeça do autor do que naquilo que passou para o papel. Entretanto, fui pesquisar um pouco mais sobre o livro e descobri que é o segundo livro de Rentes de Carvalho, publicado pela primeira vez em 1971. Portanto, anterior aos outros dois que tinha lido (Ernestina e La Coca). E assim fico mais descansada.

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