22 de julho de 2012

O fim de semana lá em cima

Foram apenas dois dias, mas cheios como poucos outros. Para compensar um fim de semana inteiro sem novidades por estes lados, aqui vai a reportagem, fotografada e comentada.

O nosso acampamento base: a Casa da Rodela, herdada pelo meu pai do meu avô e onde já não ia há uns bons 5 anos. E nem sei bem porquê, mas tenciono agora lá voltar com mais frequência. Senti-a desta vez, mais do que nunca, como um regresso às origens.


As estradas da Beira: estão todas carregadinhas destes avisos, não vão os mais distraídos fazerem alguma asneira. E depois, o arvoredo que nunca mais acaba, e as eólicas que embelezam a paisagem e me fazem lembrar que um dia já investimos a sério nas energias alternativas.




O Piódão: a aldeia em xisto, arranjadinha como nunca a vi, apesar das inúmeras casas abandonadas que ainda por ali abundam. Chegámos ao fim da tarde, quando os turistas já tinham desaparecido, e partimos já de noite, depois de jantar numa das excelentes esplanadas que agora por ali há e já acesas as luzes que transformam a aldeia num verdadeiro presépio.







O nosso orgulho, em ruínas: a casa de Aristides Sousa Mendes, cônsul português em Bordéus nos anos 40 onde, graças às dezenas de milhares de vistos que passou à revelia de Salazar, salvou tantas vidas. A casa de Cabanas de Viriato, onde tantas famílias se refugiaram, está neste triste estado. Uma vergonha perante um homem com H enorme que morreu tão pobre que nem um fato tinha para ser sepultado.


A nossa vergonha, engalanada: a campa de oliveira Salazar, no Vimieiro, que mal consigo descrever mas que a imagem exemplifica bem. Os escritos que contém são irrepetíveis. Que belo contraste com a imagem anterior...


A barragem da Agueira: construída no final dos anos 70 e onde vou desde criança. Hoje a barragem é já mais conhecida, graças ao excelente complexo Montebelo Aguieira, que se vê lá ao fundo e onde já tive a sorte de ficar. Uma paz.




E o santuário de Fátima: onde fomos sobretudo com interesse sociológico e arquitetónico. Tenho pena de não ser crente no sentido em que aquelas pessoas o são, mas admiro a sua devoção e gostava de também a ter para me poder refugiar. O santuário é grandioso.



Sem comentários: