Primeiro, foi uma complicação na escolha de uma mesa. Queriam uma mesa de quatro apesar de serem só duas, depois não se decidiam qual das mesas para duas pessoas queriam, até que finalmente se sentaram. Veio a empregada de mesa com a ementa. Vi-as a ler e ementa e a fazer perguntas à rapariga. Franziam a testa, retorciam os lábios, abanavam a cabeça, pegavam na ementa com desdém. Mas lá escolheram.
Entretanto uma foi à casa de banho, e vejo a outra (que me pareceu ser a mais complicada) a pegar num guardanapo e a limpar com ele a borda do copo por onde ia beber. Depois limpou meticulosamente os talheres, com um ligeiro esgar de asco.
Distraí-me e a comida delas deve ter chegado entretanto. Quando paguei a conta, comentei com a empregada: «Parece-me que tem ali duas clientes difíceis...» «Tem de ser...», respondeu ela. Eu não sei se teria paciência para aturar pessoas assim.
5 comentários:
Se alguém se desse ao trabalho de colectar, junto de quem trabalha no atendimento ao público, as melhores histórias, teria um best seller em mãos. ;)
Ui se era...
Olá, querida Ana Chagas.
" Que tal" uma compilação desses "percalços"?
" Estou em vias" de fazer - algo semelhante.
Beijinhos.
Como eu entendo esse gosto por observar os outros. Acho que pode ser uma enorme fonte de inspiração e muitas vezes um excelente caminho para percebermos as nossas próprias falhas.
Eu tenho uma série de gestos de que já me fui apercebendo, e que sei que transmitem estados de espírito. Alguns deles tento combater, sobretudo a nível profissional. :)
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