2 de fevereiro de 2015

O jogo da imitação, de Morten Tyldum


Em 1952, Alan Turing foi investigado a propósito de um simples assalto a sua casa e condenado a castração química devido à sua homossexualidade (atentado ao pudor, segundo a sentença). Só que este homem não era uma pessoa qualquer. Era «apenas» um dos precursores da computação moderna.

No início dos anos 40, Turing foi o matemático britânico brilhante que, graças ao seu comportamento obsessivo, construiu a «máquina» que decifraria o indecifrável código da Enigma, a máquina que os alemães usavam durante a II Guerra Mundial para transmitir a sua estratégia de ataque diária.

Diz o filme, baseado na verdadeira história de Alan Turing, que a sua invenção permitiu reduzir em dois anos o período da guerra, salvando indiretamente milhões de vidas.

Independentemente do grau de exatidão que haja nestes dados, a verdade é que este é um grande filme na corrida aos Óscares. Um daqueles que consegue manter uma sala de cinema cheia em completo silêncio durante quase duas horas, com algo que não sentia há muito tempo: estar a um filme que consegue ser dramático e cómico ao mesmo tempo. Dramático pela pressão em que se vive na decifração dos códigos. Cómico pelos diálogos de qualquer um com Turing (uma interpretação brilhante de Benedict Cumberbatch) que, por não ter sentido de humor, se torna ele próprio uma peça de humor. Muito bom.

4 comentários:

CAP CRÉUS disse...

E tem a Keira :-)

Vespinha disse...

Sim. :)

Alex disse...

Quero muito ir ver!

Vespinha disse...

Não percas.