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Em Paris, no ano 2022 (portanto, não tão longínquo assim), vivem-se intensamente as eleições presidenciais que ditarão o futuro do país. Duas forças passam à segunda volta: a Frente Nacional, liderada por Marine Le Pen, e a Fraternidade Muçulmana, liderada por Mohammed Ben Abbes e apoiada pelo Partido Socialista por temor à extrema-direita. Os partidos tradicionais, os tais do «arco da governação», estão de fora.
E França passa a ter um presidente da República muçulmano, aparentemente moderado mas que aos poucos vai reformulando o sistema educativo francês com base no islão e relegando as mulheres ao seu papel de donas de casa perfeitas.
Todo o livro é narrado por François, um professor universitário que no meio de tantas mudanças deixa de o ser para se refugiar na província. De onde regressa, tempos mais tarde, para encontrar uma sociedade totalmente mudada.
Numa época como a de hoje, em que os extremismos vão, devagarinho, ganhando força, este cenário futurista não parece assim tão remoto, podendo ser mesmo bastante plausível. Michel Hoeullebecq é o mais polémico escritor francês da atualidade, e percebe-se bem porquê.
Nota: Do mesmo autor, aconselho também O mapa e o território, que li há três anos.
2 comentários:
Li "O mapa e o território" que não achei nada de especial, confesso.
Por isso ainda não me aventurei a ler outro do Hoeullebecq. Será que com este, o autor se redime aos meus olhos? :)
Ricardo, se calhar quanto a este autor não coincidimos. ;)
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