17 de novembro de 2015

Vamos estar atentos


Há uns anos, a avó de uma amiga muito querida teve um tumor fatal a nível ginecológico. Pelo que soube, tinha percebido que algo não estava bem, mas por vergonha escondeu-o da família até não ser possível fazer mais nada.

Ontem à noite, perdemos um tio-avô por um motivo semelhante: um tumor numa zona delicada que, por não ter sido sinalizado a tempo, quando o foi já era tarde demais.

Muitos  de nós temos tendência para enterrar a cabeça na areia, não ligar a um sinal mais estranho que aparece, a uma dor de cabeça mais intensa e frequente, a sangramentos anormais. Fingimos que não é nada porque achamos que se o ignorarmos é como se não existisse. Os mais novos, porque a morte é para eles um conceito ainda demasiado abstrato; os de meia-idade, porque preferem não saber; os mais velhos, muitas vezes por vergonha. É o maior erro que podemos cometer.

Todas as doenças, todas sem exceção, mesmo as piores, têm maior probabilidade de cura ou de não evolução se tratadas precocemente. Por isso, vamos estar atentos, a nós e aos nossos. Não de forma obsessiva, mas de forma sensata. Não só para evitar a morte, mas também o sofrimento.

Sem comentários: