30 de dezembro de 2017
29 de dezembro de 2017
Hotel, os bastidores, de Inês Brasão
Com desconto, clicar aqui. |
Enquanto lia este livro tive de passar uma noite num grande hotel do Porto, e foi muito curioso olhar para tudo aquilo com outros olhos: a paciência da rececionista perante um grupo de clientes galanteadores, a maneira como o quarto se apresentava quando entrei, a gestão da sala dos pequenos-almoços. Tenho a certeza de que nunca ficarei num hotel da mesma forma.
Adoro estes livrinhos que nos colocam tão bem no papel dos outros.
28 de dezembro de 2017
27 de dezembro de 2017
Resumo resumido do meu Natal
Nunca tive tão poucos presentes. Nunca abri tantos presentes. Mas gostei.
20 de dezembro de 2017
19 de dezembro de 2017
Não me canso desta campanha
Porque acho o miúdo amoroso, porque adoro a maneira como o pai diz «Ho, ho, ho!», porque me enternece a ternura que transparece em todos os anúncios.
«O segredo de Natal»:
«A surpresa»:
«O pedido»:
«O desejo»:
«O segredo de Natal»:
«A surpresa»:
«O pedido»:
«O desejo»:
18 de dezembro de 2017
Ser mãe de gémeas é... #46
... ter regularmente sensações de déjà vu. Nomeadamente, quando uma diz uma palavra pela primeira vez e passado umas horas ouvir a mesma palavra da boca da outra. Ou ver uma a fazer um gesto com as mãos e daí a um bocado ver a outra a fazer o mesmo.
15 de dezembro de 2017
14 de dezembro de 2017
A amiga genial, de Elena Ferrante
Há anos que andava para ler esta tetralogia, tão bem me foram falando dela. Comecei agora por A amiga genial, que relata a amizade algo conturbada de duas amigas num bairro da periferia napolitana dos anos 50. Elena e Lila são as protagonistas e Elena a narradora.
Desde a escola primária que admira a amiga, uma criança dura e retratada como má sem medo de nada nem de ninguém. Todo o meio em que se movem é de gente humilde: donas de casa, sapateiros, porteiros, donos de mercearias ou vendedores de legumes. Elena é a rapariga aplicada, que estuda com afinco espicaçada por uma professora. Lila é a rebelde, mas que aprende facilmente e sozinha. Na infância, a primeira é bonita, a outra nem por isso. Na adolescência, a primeira torna-se uma adolescente típica, com problemas de autoestima, enquanto a segunda deixa para trás o patinho feio. Na entrada na idade adulta, Elena continua os estudos, e Lila acaba por fazer um «bom» casamento. Em tudo as raparigas são dois opostos que se completam.
Gostei muito do livro, da linguagem simples e assertiva, das descrições que não são maçadoras, da forma como narra o dia a dia revelando-o especial para quem o lê mas monótono para quem o vive.
Seguem-se mais três volumes, mas que não lerei de empreitada. É que há certos livros que temos de amadurecer na nossa cabeça antes de subir o próximo degrau.
Desde a escola primária que admira a amiga, uma criança dura e retratada como má sem medo de nada nem de ninguém. Todo o meio em que se movem é de gente humilde: donas de casa, sapateiros, porteiros, donos de mercearias ou vendedores de legumes. Elena é a rapariga aplicada, que estuda com afinco espicaçada por uma professora. Lila é a rebelde, mas que aprende facilmente e sozinha. Na infância, a primeira é bonita, a outra nem por isso. Na adolescência, a primeira torna-se uma adolescente típica, com problemas de autoestima, enquanto a segunda deixa para trás o patinho feio. Na entrada na idade adulta, Elena continua os estudos, e Lila acaba por fazer um «bom» casamento. Em tudo as raparigas são dois opostos que se completam.
Gostei muito do livro, da linguagem simples e assertiva, das descrições que não são maçadoras, da forma como narra o dia a dia revelando-o especial para quem o lê mas monótono para quem o vive.
Seguem-se mais três volumes, mas que não lerei de empreitada. É que há certos livros que temos de amadurecer na nossa cabeça antes de subir o próximo degrau.
12 de dezembro de 2017
A regra dos quatro presentes
É certo que a maioria das nossas crianças recebe no Natal presentes de mais, tantos que acaba por não valorizar a sério a maior parte deles. Além de, por serem educadas assim, começarem a acreditar que são o centro do universo.
Para a Luísa e a Maria, confesso que tinha planeado não lhes oferecer nada este Natal, tendo em conta a quantidade de coisas que já têm (e que até não são muitas comparando com outras crianças) e o que sei que outras pessoas lhes vão dar.
Mas acabei por ceder e vou dar um triciclo a cada uma, em madeira e sem pedais. Isto apenas porque acho que não é um brinquedo como os outros, mas algo que lhes vai estimular o equilíbrio, a motricidade e abrir terreno para, mais tarde, andarem num triciclo a pedais e depois numa bicicleta.
Há dias li uma regra muito interessante para os presentes a dar às crianças, de modo que os valorizem e que não se tornem hipermimadas:
- um presente para vestirem;
- um para lerem;
- um que realmente desejem;
- e um de que necessitem.
É claro que é quase uma utopia conseguir que isto se realize, uma vez que não conseguimos controlar o que terceiros dão aos nossos filhos, mas não deixa de ser uma regra interessante.
Para a Luísa e a Maria, confesso que tinha planeado não lhes oferecer nada este Natal, tendo em conta a quantidade de coisas que já têm (e que até não são muitas comparando com outras crianças) e o que sei que outras pessoas lhes vão dar.
Mas acabei por ceder e vou dar um triciclo a cada uma, em madeira e sem pedais. Isto apenas porque acho que não é um brinquedo como os outros, mas algo que lhes vai estimular o equilíbrio, a motricidade e abrir terreno para, mais tarde, andarem num triciclo a pedais e depois numa bicicleta.
Há dias li uma regra muito interessante para os presentes a dar às crianças, de modo que os valorizem e que não se tornem hipermimadas:
- um presente para vestirem;
- um para lerem;
- um que realmente desejem;
- e um de que necessitem.
É claro que é quase uma utopia conseguir que isto se realize, uma vez que não conseguimos controlar o que terceiros dão aos nossos filhos, mas não deixa de ser uma regra interessante.
7 de dezembro de 2017
As gatas e as bebés
Agora com as miúdas a crescer e as gatas a envelhecer, a gestão destas quatro alminhas não tem sido fácil. Ora vejam:
- as miúdas gritam ao desafio
para as gatas, que só querem sossego;
- tento que as gatas passem
mais tempo no meu quarto para terem mais tranquilidade;
- mas as gatas insistem em ir
para o quarto das miúda;
- e aí as miúdas gritam mas é
de susto.
Até poderia ser uma piada,
mas não tem piada nenhuma. É que eu queria que as gatas tivessem uma
velhice tranquila, e este desassossego está também a refletir-se na sua
saúde. Por outro lado, queria que as miúdas ganhassem amor pelos gatos, e
afinal vêm nestes um rival.
6 de dezembro de 2017
As minhas Barriguitas
Sempre que vejo a Luísa sentada só de fralda ou com uma t-shirt mais apertada lembro-me das Barriguitas com que brincava em criança. É que ela é mesmo parecida com elas: cabeça grande, rosto redondo, boca, olhos e nariz proporcionais, barriguinha bem redonda, pernas e braços rechonchudos sem serem obesos:
Nada a ver com as Barriguitas de hoje, completamente desproporcionadas e com uns olhos que parecem uns faróis:
Ainda bem que tenho um exemplar do modelo original em casa.
Nada a ver com as Barriguitas de hoje, completamente desproporcionadas e com uns olhos que parecem uns faróis:
Ainda bem que tenho um exemplar do modelo original em casa.
4 de dezembro de 2017
Lego House
Projetada pelo ateliê dinamarquês BIG-Bjarke Ingels Group, a Lego House adapta o universo dos blocos LEGO à escala da arquitetura. Começada a construir em 2014 e inaugurada em setembro de 2017, fica em Billund e nos 21 blocos que a compõem proporciona uma experiência única de criatividade, emoção e conhecimento.
É o paraíso, portanto.
É o paraíso, portanto.
3 de dezembro de 2017
18 meses
Ou seja, um ano e meio da minha nova vida. Tenho saudades da antiga, mas teria muito mais saudades desta.
30 de novembro de 2017
29 de novembro de 2017
Ser mãe de gémeas é... #45
... enquanto trato de uma, ter a outra a fazer asneiras. E quando trato da outra, a cena repetir-se.
28 de novembro de 2017
The Stepford wives, de Ira Levin
Li este livro quase de seguida a Rosemary’s baby, do mesmo autor. Sendo uma história num registo totalmente diferente da primeira, tem como denominador comum retratar uma situação bizarra e não nos deixar conseguir pôr o livro de lado durante muito tempo.
Joanna Eberhart muda-se com o marido de Nova Iorque para Stepford, na tentativa de terem uma vida mais tranquila e poderem criar os filhos num ambiente mais seguro. Stepford é uma pequena cidade pacífica, habitada por famílias compostas por pais trabalhadores (geralmente com cargos de responsabilidade e ligações às tecnologias) e por mães donas de casa perfeitas. Além de terem as casas impecáveis, elas próprias são um modelo feminino, dignas de aparecer em qualquer anúncio a produtos domésticos.
Neste ambiente, Joanna tem dificuldade em enquadrar-se e em viver num mundo dominado pelos homens, em que as mulheres existem praticamente só para os servir. Mas no meio de tantas esposas encantadoras conhece duas que são diferentes, mulheres com outros interesses, mulheres como ela. Só que, a dada altura, e após supostos fins de semana românticos com os maridos, também elas se transformam em verdadeiras fadas do lar, renegando tudo o resto. O que estará a acontecer para se darem tão grandes mudanças? Será Joanna a próxima?
O livro apresenta uma explicação nas entrelinhas, uma explicação sinistra que projetava já nos anos 70 muito do que estamos a viver nos dias de hoje.
Joanna Eberhart muda-se com o marido de Nova Iorque para Stepford, na tentativa de terem uma vida mais tranquila e poderem criar os filhos num ambiente mais seguro. Stepford é uma pequena cidade pacífica, habitada por famílias compostas por pais trabalhadores (geralmente com cargos de responsabilidade e ligações às tecnologias) e por mães donas de casa perfeitas. Além de terem as casas impecáveis, elas próprias são um modelo feminino, dignas de aparecer em qualquer anúncio a produtos domésticos.
Neste ambiente, Joanna tem dificuldade em enquadrar-se e em viver num mundo dominado pelos homens, em que as mulheres existem praticamente só para os servir. Mas no meio de tantas esposas encantadoras conhece duas que são diferentes, mulheres com outros interesses, mulheres como ela. Só que, a dada altura, e após supostos fins de semana românticos com os maridos, também elas se transformam em verdadeiras fadas do lar, renegando tudo o resto. O que estará a acontecer para se darem tão grandes mudanças? Será Joanna a próxima?
O livro apresenta uma explicação nas entrelinhas, uma explicação sinistra que projetava já nos anos 70 muito do que estamos a viver nos dias de hoje.
27 de novembro de 2017
Alguns truques que vou adotar com as miúdas
Quando começarem a dizer mentiras:
Quando se põem com esquisitices (sim, já o fazem):
Quando começarem a engonhar de manhã:
Quando me quiserem pregar um susto daqueles:
Quando se põem com esquisitices (sim, já o fazem):
Quando começarem a engonhar de manhã:
Quando me quiserem pregar um susto daqueles:
24 de novembro de 2017
Tantas vezes que isto me acontece
Estou um fim de tarde sem elas e em vez de aproveitar para ir dar um passeio ou ao cinema, ponho-me a ir às compras para elas ou a organizar-lhes as roupas.
23 de novembro de 2017
22 de novembro de 2017
O homem que perseguia a sua sombra, de David Lagercrantz
Com desconto, clicar aqui. |
Cá fora, Mikael Blomqvist tenta decifrar o mistério que envolve Holger Palmgren, o velho tutor de Lisbeth, e Leo Mannheimer, um homem de negócios com veia artística totalmente descontente com a vida e de comportamentos contraditórios. As investigações acabam por levá-lo a sinistras experiências com gémeos levadas a cabo por um grupo de médicos suecos. Experiências que acabam por ter indiretamente influência na vida de Blomqvist e diretamente na vida de Lisbeth.
Para quem já começou a saga, vale a pena ler. Para quem ainda não leu nenhum volume, deve começar pelos primeiros, para ao chegar aqui perceber de que massa são feitos os dois protagonistas das histórias.
21 de novembro de 2017
20 de novembro de 2017
Ser mãe de gémeas é... #44
... conseguir que o simples facto de estar sentada se transforme num carrossel para duas criaturas felizes.
17 de novembro de 2017
Dia Mundial da Prematuridade
Neste dia, não podia deixar de louvar as minhas filhas, que vieram ao mundo às 34 semanas de gestação e cujas primeiras horas de vida foram muito difíceis. Felizmente, disso nunca terão memória e para a história ficarão apenas estas fotografias.
A Maria e a Luísa no dia 3 de junho de 2016, com duas horas de vida:
´
A Maria e a Luísa ontem, com 531 dias de vida:
A Maria e a Luísa no dia 3 de junho de 2016, com duas horas de vida:
´
A Maria e a Luísa ontem, com 531 dias de vida:
16 de novembro de 2017
15 de novembro de 2017
As últimas testemunhas, de Svetlana Alexievich
Com desconto, clicar aqui. |
Neste livro de relatos, as testemunhas são adultos que relatam na primeira pessoa a sua experiência enquanto crianças na Rússia invadida pelos nazis na II Guerra Mundial. O que contam são coisas incríveis, muitas vezes episódios que só imaginaríamos nos nossos piores pesadelos, mas que foram vividos por crianças entre os 2 ou 3 anos e os 13 ou 14 anos.
O trabalho de Svetlana é extraordinário. Além das centenas de entrevistas que teve de fazer, consegue criar uma narrativa com o mais interessante de cada uma, num encadeamento lógico em que aprendemos sobre muitas coisas que nunca deviam ter acontecido. Já tenho na minha lista mental outro livros dela, A guerra não tem rosto de mulher, sobre o papel das mulheres na II Guerra Mundial.
14 de novembro de 2017
13 de novembro de 2017
Este tópico é para a Clara
No sábado estava num dia mau. Em casa com as miúdas desde o sábado passado a limpar vomitados e preocupada com elas (duas gastroenterites, uma bronquiolite e uma otite bilateral), a precisar de ir trabalhar, sem poder tratar de assuntos de saúde da Loba e da Vespinha... Na verdade, a sentir-me impotente e um pouco inútil.
Vinha da farmácia com as miúdas no carrinho quando uma ciclista me aborda e me pergunta se sou a Vespa. Disse que gosta muito de aqui vir, desde os tempos em que a Vespa Mota ainda andava ativa, e que agora continua a acompanhar, pelas miúdas e pelos livros. É a Clara. O meu dia melhorou, fiquei a sentir-me um bocadinho mais útil. Obrigada!
Vinha da farmácia com as miúdas no carrinho quando uma ciclista me aborda e me pergunta se sou a Vespa. Disse que gosta muito de aqui vir, desde os tempos em que a Vespa Mota ainda andava ativa, e que agora continua a acompanhar, pelas miúdas e pelos livros. É a Clara. O meu dia melhorou, fiquei a sentir-me um bocadinho mais útil. Obrigada!
10 de novembro de 2017
Copenhaga: as maravilhas
Aqui, aquelas coisas que recomendo a toda, toda a gente, porque não serão de certeza uma desilusão. São coisas únicas no mundo.
Lousiana Museum of Modern Art
Apesar de já me terem dito que valia muito a pena, acho que é mesmo indispensável. A coleção é muito interessante (destaco as esculturas esguias de Giacometti), as exposições temporárias também, e a ligação entre as várias partes do edifício e o exterior que conjuga arvoredo com mar é fantástica. O restaurante dá vontade de lá ficar durante horas e a loja seria uma perdição se eu tivesse dinheiro. Imperdível mesmo.
Tivoli Gardens
Um parque de diversões à moda antiga, isto é, sem megalomanias mas muito alegre. Fez-me lembrar a nossa velha feira popular, mas com divertimentos mais arrojados e com um ambiente muito mais bonito e mágico. Muita luz ambiente, muitos restaurantes, muitos doces, muitos gritos de excitação, muitas barraquinhas de brindes, muitos risos de crianças. Um local onde qualquer pessoa gostaria de ir.
Glyptoteket
Estava nos meus planos visitar este museu de escultura criado pelo fundador da Carlsberg, mas não fazia ideia do que me esperava. São autênticas florestas de estátuas que nos fazem perdermo-nos lá pelo meio, em salas ligeiramente obscurecidas para realçar o mármore das peças. O jardim de inverno, com a sua cúpula de vidro, é também muito agradável. Um museu diferente.
Subscrever:
Mensagens (Atom)