18 de janeiro de 2018

Diários de uma sala de aula

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Numa época em que tanto se fala de professores e de alunos, do que se passa nas escolas e do que não se devia passar, este livro é uma boa abordagem ao tema. Duas professoras, quatro alunas e uma mãe partilham connosco o seu diário escolar.

As professoras escolhidas parecem-me ser daquelas professoras exemplares, com verdadeiro amor à camisola e que prescindem de grande parte do seu tempo pessoal para se dedicarem ao ensino e aos alunos. Não retratarão toda a classe docente, mas quero acreditar que representem uma grande parte. Atravessa os seus diários uma certa angústia relativamente ao sistema educativo e ao Ministério da Educação, além da preocupação com os seus alunos.

Já as alunas queixam-se sobretudo dos professores, daqueles que debitam a matéria sem qualquer interesse em quem têm à frente. Também elas não serão o exemplo dos estudantes portugueses, até porque uma boa parte não conseguirá fazer as reflexões que fazem, mas muito do que dizem parece-me ser transversal à maioria.

A mãe de duas filhas, residente nos Estados Unidos, faz uma boa comparação entre aquele sistema de ensino e o português. Se por um lado tudo é mais organizado e mais participativo (com os pais a terem um papel muito presente na escola), por outro a exigência na área dos conhecimentos é bem menor.

Como já disse, nenhuma destas pessoas é representativa do seu grupo social, mas conseguem ainda assim apresentar-nos um bom retrato do que se passa nas salas de aula e nas escolas portuguesas.

3 comentários:

Raquel Coelho disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Raquel Coelho disse...

A escola portuguesa tem mudado muito, e muitas das vezes para pior.
As 3 partes têm culpa destas mudanças: professores, ministério da educação e alunos.
Nos anos 90, no meu tempo, parecia que havia mais abertura por parte dos professores e mais interesse por parte dos alunos.

Vespinha disse...

Além das mudanças constantes efetuadas pelos vários ministros da Educação, todos nós mudámos muito. Os miúdos hoje têm imensas distrações em simultâneo, logo, mais dificuldade de concentração numa única coisa... Os professores não efetivos têm uma vida tramada, além de não conseguirem impor o respeito perante os alunos e, pior, perante os pais... Os pais encaram os professores muitas vezes como alguém que existe apenas para servir os seus filhos... Tudo isto precisava de uma grande mudança, em várias vertentes.