Não pegaria neste livro se não fosse da mesma autora de O miniaturista, que adorei. Embora não tenha de todo um ambiente ao nível do outro, que se passava na Amesterdão mercantil do século XVII, a história é muito interessante, narrada em dois tempos e lugares: 1936, numa aldeia do sul de Espanha; 1967, em Londres.
Na Londres do final dos anos 60 surge à venda um quadro há muito julgado perdido, que tinha estado anos em casa da mãe do seu vendedor. Um suposto quadro do pintor Isaac Robles, alguém muito à frente do seu tempo e que tinha produzido poucas obras mas muito intrigantes antes de desaparecer ainda novo durante a Guerra Civil de Espanha. Trinta anos antes, em Arazuelo, o mesmo Isaac Robles e a sua irmã Teresa envolvem-se com uma família alemã ali refugiada, composta por um casal com uma filha apaixonada por arte.
Na busca pela autenticidade do quadro, muitos segredos vêm ao de cima, nomeadamente sobre a sua própria autoria.Um livro interessante e de leitura fluida, que nos leva por um caminho e depressa nos desvia para outro, sem nunca parecer forçado. Gostei bastante.
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