É impressionante como dois livros que partem do mesmo tema, o sequestro de alguém para ficar em cativeiro, se podem tornar em algo tão bom ou em algo tão mau. Estocolmo, detestei. O colecionador, adorei.
Frederick/Ferdinand é um homem simples, funcionário público solitário e colecionador de borboletas, que cria uma obsessão pela jovem estudante Miranda. Quando um dia enriquece graças a uma lotaria desportiva, compra uma casa e nela prepara uma cave onde aprisionará Miranda depois de a raptar.
Na primeira parte do livro Ferdinand é o narrador e acompanhamos a sua obsessão, a concretização do rapto e a sua relação com a sequestrada, que não vai além de lhe proporcionar tudo o que deseja exceto a liberdade.
A segunda parte é o diário de Miranda enquanto está presa onde, além de registar a sua perplexidade perante um sequestrador que sexualmente não quer nada dela, divaga sobre um artista mais velho que admira (Miranda é estudante de Arte) e engendra formas de fuga.
Na terceira parte do livro voltamos a Ferdinand e percebemos como tudo acabou, criando em nós uma ansiedade crescente e uma enorme vontade de o abanar. Por último, uma quarta parte deixa-nos antever o futuro, que não nos deixa tranquilos.
Excelente, este livro, e uma pena já não estar editado em Portugal (em tempos fez parte da coleção Caminho Policial).
3 comentários:
Não sei em que parte, mas lembro-me de chorar copiosamente a ler esse livro, que angústia... Beijinhos
Com o Terence Stamp foi dos melhores filmes que vi até hoje; o livro, ainda não o li, mas tenho-o (o azul da Caminho).
Infelizmente ainda não vi o filme... Tive de ler a versão inglesa, pois a azul da Camknho está mais do que esgotada!
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