Sou fã de novelas gráficas há muitos anos, desde Persépolis, Blue pills, Maus, Blankets, Watchmen e tantas outras. Por isso não percebo muito bem o hype que se gerou em torno desta, que foi a primeira novela gráfica finalista do Booker Prize.
A história é interessante: o desaparecimento de uma rapariga, a divulgação viral do que lhe aconteceu através dos meios de comunicação social e das redes sociais, uma teoria da conspiração acerca do que acontece a muitas das supostas vítimas de raptos e atentados, as consequências de tudo isto em pessoas como nós e em toda a sociedade. Mas, para mim, não interessante o suficiente para ser considerada uma obra-prima ou o primeiro grande romance americano do século XXI.
Todo o ambiente é bastante soturno, com cores escuras e baças, o que faz sentido face ao conteúdo, e as personagens são retratadas sem expressão, como se pudessem ser qualquer um de nós ou os representantes de uma sociedade apática. Apesar de compreender esta escolha, toda a arte gráfica não me agradou, e lentificou inclusivamente a minha leitura, não chamando por mim.
2 comentários:
Revejo-me integralmente no teu comentário. Tenho lido novelas gráficas fabulosas, género que gosto muito. E não entendo o porquê de tanto destaque a esta. Li mas li de forma arrastada e pouco entusiasmada. E não apreciei os desenhos e muito menos o facto de quase ter que usar uma lupa para conseguir ler a história.
Subscrevo tudo.
Enviar um comentário