28 de setembro de 2019
25 de setembro de 2019
20 de setembro de 2019
Desafio de escrita dos pássaros #2
O amor e um estalo (ou, para mim, o amor é um estalo)
Foi já há largos anos, mas recordo essa noite como se tivesse sido ontem. Estava já deitada, ele ainda não tinha chegado, mais uma vez atrasado no trabalho, ou não. Na escuridão do quarto, já deitado ao meu lado, sem coragem de me olhar nos olhos, disse-me que era o fim. O pai precisava dele, já não gostava de mim, e queria abrir caminho aos dois para refazermos a vida como quiséssemos. Não queria que perdêssemos mais tempo.
Nessa noite ainda ficou em casa, dormiu como sempre, enquanto eu, de olhos abertos, ainda pensava que vivia um pesadelo, com a ajuda do escuro da noite. De manhã saiu, para fazer qualquer coisa prática, e eu saí logo de seguida, numa fuga daquela realidade.
Só voltei a vê-lo uns dois meses depois, cumprimentou-me como se nada fosse, bem-disposto e sorridente, novamente acompanhado embora nunca mo confessasse.
O amor da minha vida deu-me um estalo, um estaladão, e depois mais outro, e tantos outros depois disso. Estalos sem mão, que são os que doem mais e que marcam para sempre.
Foi já há largos anos, mas recordo essa noite como se tivesse sido ontem. Estava já deitada, ele ainda não tinha chegado, mais uma vez atrasado no trabalho, ou não. Na escuridão do quarto, já deitado ao meu lado, sem coragem de me olhar nos olhos, disse-me que era o fim. O pai precisava dele, já não gostava de mim, e queria abrir caminho aos dois para refazermos a vida como quiséssemos. Não queria que perdêssemos mais tempo.
Nessa noite ainda ficou em casa, dormiu como sempre, enquanto eu, de olhos abertos, ainda pensava que vivia um pesadelo, com a ajuda do escuro da noite. De manhã saiu, para fazer qualquer coisa prática, e eu saí logo de seguida, numa fuga daquela realidade.
Só voltei a vê-lo uns dois meses depois, cumprimentou-me como se nada fosse, bem-disposto e sorridente, novamente acompanhado embora nunca mo confessasse.
O amor da minha vida deu-me um estalo, um estaladão, e depois mais outro, e tantos outros depois disso. Estalos sem mão, que são os que doem mais e que marcam para sempre.
18 de setembro de 2019
SNS: Nunca me cansarei de agradecer
Há 40 anos e 3 dias, foi criado o Serviço Nacional de Saúde. Há 3 anos, 3 meses e 106 dias, o Serviço Nacional de Saúde salvou a minha vida e a de uma das minhas filhas.
Nunca me cansarei de agradecer:
Nunca me cansarei de agradecer:
17 de setembro de 2019
Os tablets, sempre os tablets
Eu sei que isto é uma batalha perdida, mas tenho de insistir na impressão que me faz ver cada vez mais crianças agarradas aos écrãs.
Nas férias no Algarve, no restaurante, em cada três mesas com crianças, duas tinham os miúdos com os olhos vidrados num tablet ou num telemóvel, mexendo apenas a boca regularmente para os pais lhes enfiarem a comida pela boca abaixo. Miúdos a partir dos seis ou sete meses nisto, enquanto os pais faziam a sua vida como se nada fosse.
Quantos mais estudos é preciso divulgar mostrando o mal que isto faz sobretudo aos mais pequenos, ao nível da motricidade, da visão e do próprio raciocínio e desenvolvimento da capacidade de se entreterem?
13 de setembro de 2019
Desafio de escrita dos pássaros #1
Tema: Problemas, só problemas
Este tema não podia vir mais a propósito.
Há semanas que me queixo da minha filha Maria, que desde que
começou as férias me acorda quatro e cinco vezes por noite só porque quer um
beijinho. As noites e as sestas têm sido um martírio, e eu quase que amaldiçoo
a miúda por aquelas chamadas noturnas. Não há pesadelos, não há chichi para
fazer, há somente um beijinho por dar.
Pois esta semana a Maria ficou doente, com algo do trato respiratório
que lhe tem causado febre, pieira e uma grande prostração, e por vezes nem de dia
ouço a sua voz. Sei que lhe vai passar, pois está medicada e é uma questão de
tempo.
Mas a moral da história é que por vezes os problemas que
dizemos ter são apenas problemazinhos, ou nem isso são. Problemas, problemas a
sério, é ter filhos ou familiares doentes, com doenças crónicas ou terminais
que nenhuma noite de sono, mesmo que intermitente, nos deixam ter.
Há que relativizar.
10 de setembro de 2019
E os nossos livros, quando morrermos?
Texto de António Cândido (1917-2018), um dos maiores intelectuais brasileiros, sobre o lamento da sua biblioteca aquando da sua morte.
Morto, fechado no caixão, espero a vez de ser cremado. O mundo não existe
mais para mim, mas continua sem mim. O tempo não se altera por causa da
minha morte, as pessoas continuam a trabalhar e a passear, os amigos
misturam alguma tristeza com as preocupações da hora e lembram de mim
apenas por intervalos. Quando um encontra o outro começa o ritual do «veja só», «que pena», «ele estava bem quando o vi a última vez», «também, já tinha idade», «enfim, é o destino de todos».
Os jornais darão notícias misturadas de acertos e erros e haverá informações desencontradas, inclusive dúvida quanto à naturalidade. Era mineiro? Era carioca? Era paulista? É verdade que estudou na França? Ou foi na Suíça? O pai era rico? Publicou muitos livros de pequena tiragem, na maioria esgotados. Teve importância como crítico durante alguns anos, mas estava superado havia tempo. Inclusive por seus ex-assistentes Fulano e Beltrano. Os alunos gostavam das aulas dele, porque tinha dotes de comunicador. Mas o que tinha de mais saliente era certa amenidade de convívio, pois sabia ser agradável com pobres e ricos. Isso, quando se conseguia encontrá-lo, porque era esquivo e preferia ficar só, principalmente mais para o fim da vida. Uns dizem que era estrangeirado, outros, que pecava por nacionalismo. Era de esquerda, mas meio incoerente e tolerante demais. Militava pouco e no PT funcionou sobretudo como medalhão. Aliás, há quem diga que teve jeito de medalhão desde moço. Muito convencional. Mas é verdade que fugia da publicidade, recusava prêmios e medalhas quando podia e não gostava de homenagens. Contraditório, como toda a gente. O fato é que havia em torno dele muita onda, e chegou-se a inventar que era uma «unanimidade nacional». No entanto, foi sempre atacado, em artigos, livros, declarações, e contra ele havia setores de má vontade, como é normal. Enfim, morreu. Já não era sem tempo e que a terra lhe seja leve.
Mas o que foi leve não foi a terra pesada, estímulo dos devaneios da vontade. Foi o fogo sutil, levíssimo, que consumiu a minha roupa, a minha calva, os meus sapatos, as minhas carnes insossas e os meus ossos frágeis. Graças a ele fui virando rapidamente cinza, posta a seguir num saquinho de plástico com o meu nome, a data da morte e a da cremação. Enquanto isso, havia outros seres que pensavam em mim com uma tristeza de amigos mudos: os livros.
De vários cantos, de vários modos, a minha carcaça que evitou a decomposição por meio da combustão suscita o pesar dos milhares de livros que foram meus e de meus pais, que conheciam o tato da minha mão, o cuidado do meu zelo, a atenção com que os limpava, mudava de lugar, encadernava, folheava, doava em blocos para serviço de outros. Livros que ficavam em nossa casa ou se espalhavam pelo mundo, na Faculdade de Poços, na de Araraquara, na Católica do Rio, na Unicamp, na USP, na Casa de Cultura de Santa Rita, na ex-Economia e Humanismo, além dos que foram furtados e sabe Deus onde estão – todos sentindo pena do amigo se desfazer em mero pó e lembrando os tempos em que viviam com ele, anos e anos a fio. Então, dos recantos onde estão, em estantes de ferro e de madeira, fechadas ou abertas, bem ou maltratados, usados ou esquecidos, eles hão de chorar lágrimas invisíveis de papel e de tinta, de cartonagem e percalina, de couro de porco e pelica, de couro da Rússia e marroquim, de pergaminho e pano. Será o pranto mudo dos livros pelo amigo pulverizado que os amou desde menino, que passou a vida tratando deles, escolhendo para eles o lugar certo, removendo-os, defendendo-os dos bichos e até os lendo. Não todos, porque uma vida não bastaria para isso e muitos estavam além da sua compreensão; mas milhares deles. Na verdade, ele os queria mais do que como simples leitura. Queria-os como esperança de saber, como companhia, como vista alegre, como pano de fundo da vida precária e sempre aquém. Por isso, porque os recolheu pelo que eram, os livros choram o amigo que atrasava pagamentos de aluguel para comprá-los, que roubava horas ao trabalho para procurá-los, onde quer que fosse: nas livrarias pequenas e grandes de Araraquara ou Catanduva, de Blumenau ou João Pessoa, de Nova York ou New Haven; nos sebos de São Paulo, do Rio, de Porto Alegre; nos buquinistas de Paris e nos alfarrabistas de Lisboa, por toda a parte onde houvesse papel impresso à venda. O amigo que, não sendo Fênix, não renascerá das cinzas a que está sendo reduzido, ao contrário deles, que de algum modo viverão para sempre.
O pranto dos livros
Biblioteca e escritório de António Cândido na sala do seu apartamento em São Paulo. |
Os jornais darão notícias misturadas de acertos e erros e haverá informações desencontradas, inclusive dúvida quanto à naturalidade. Era mineiro? Era carioca? Era paulista? É verdade que estudou na França? Ou foi na Suíça? O pai era rico? Publicou muitos livros de pequena tiragem, na maioria esgotados. Teve importância como crítico durante alguns anos, mas estava superado havia tempo. Inclusive por seus ex-assistentes Fulano e Beltrano. Os alunos gostavam das aulas dele, porque tinha dotes de comunicador. Mas o que tinha de mais saliente era certa amenidade de convívio, pois sabia ser agradável com pobres e ricos. Isso, quando se conseguia encontrá-lo, porque era esquivo e preferia ficar só, principalmente mais para o fim da vida. Uns dizem que era estrangeirado, outros, que pecava por nacionalismo. Era de esquerda, mas meio incoerente e tolerante demais. Militava pouco e no PT funcionou sobretudo como medalhão. Aliás, há quem diga que teve jeito de medalhão desde moço. Muito convencional. Mas é verdade que fugia da publicidade, recusava prêmios e medalhas quando podia e não gostava de homenagens. Contraditório, como toda a gente. O fato é que havia em torno dele muita onda, e chegou-se a inventar que era uma «unanimidade nacional». No entanto, foi sempre atacado, em artigos, livros, declarações, e contra ele havia setores de má vontade, como é normal. Enfim, morreu. Já não era sem tempo e que a terra lhe seja leve.
Mas o que foi leve não foi a terra pesada, estímulo dos devaneios da vontade. Foi o fogo sutil, levíssimo, que consumiu a minha roupa, a minha calva, os meus sapatos, as minhas carnes insossas e os meus ossos frágeis. Graças a ele fui virando rapidamente cinza, posta a seguir num saquinho de plástico com o meu nome, a data da morte e a da cremação. Enquanto isso, havia outros seres que pensavam em mim com uma tristeza de amigos mudos: os livros.
De vários cantos, de vários modos, a minha carcaça que evitou a decomposição por meio da combustão suscita o pesar dos milhares de livros que foram meus e de meus pais, que conheciam o tato da minha mão, o cuidado do meu zelo, a atenção com que os limpava, mudava de lugar, encadernava, folheava, doava em blocos para serviço de outros. Livros que ficavam em nossa casa ou se espalhavam pelo mundo, na Faculdade de Poços, na de Araraquara, na Católica do Rio, na Unicamp, na USP, na Casa de Cultura de Santa Rita, na ex-Economia e Humanismo, além dos que foram furtados e sabe Deus onde estão – todos sentindo pena do amigo se desfazer em mero pó e lembrando os tempos em que viviam com ele, anos e anos a fio. Então, dos recantos onde estão, em estantes de ferro e de madeira, fechadas ou abertas, bem ou maltratados, usados ou esquecidos, eles hão de chorar lágrimas invisíveis de papel e de tinta, de cartonagem e percalina, de couro de porco e pelica, de couro da Rússia e marroquim, de pergaminho e pano. Será o pranto mudo dos livros pelo amigo pulverizado que os amou desde menino, que passou a vida tratando deles, escolhendo para eles o lugar certo, removendo-os, defendendo-os dos bichos e até os lendo. Não todos, porque uma vida não bastaria para isso e muitos estavam além da sua compreensão; mas milhares deles. Na verdade, ele os queria mais do que como simples leitura. Queria-os como esperança de saber, como companhia, como vista alegre, como pano de fundo da vida precária e sempre aquém. Por isso, porque os recolheu pelo que eram, os livros choram o amigo que atrasava pagamentos de aluguel para comprá-los, que roubava horas ao trabalho para procurá-los, onde quer que fosse: nas livrarias pequenas e grandes de Araraquara ou Catanduva, de Blumenau ou João Pessoa, de Nova York ou New Haven; nos sebos de São Paulo, do Rio, de Porto Alegre; nos buquinistas de Paris e nos alfarrabistas de Lisboa, por toda a parte onde houvesse papel impresso à venda. O amigo que, não sendo Fênix, não renascerá das cinzas a que está sendo reduzido, ao contrário deles, que de algum modo viverão para sempre.
6 de setembro de 2019
Dor e glória, de Pedro Almodóvar
Não sou uma fã incondicional dos filmes de Almodóvar, apesar de ter gostado bastante de alguns. Mas este é bem diferente, sem gritos ou grandes melodramas. Tem muitos laivos de autobiografia, o que o torna ainda mais interessante.
Salvador Mallo (Antonio Banderas) é um realizador de cinema homossexual que deixou de trabalhar devido ao seu estado físico (dores nas costas que não o largam) e psicológico (uma depressão intermitente que não o deixa ter uma produção contínua). O filme intercala a sua deambulação presente com vários regressos ao passado conseguidos graças à heroína que começa a consumir: à sua infância pobre mas feliz, repleta da presença da mãe, à sua capacidade de aprender, ao seu primeiro objeto de desejo, ao seu único relacionamento sério terminado há muitos anos.
É um filme lindo sob vários aspetos: a realização e a interpretação são ótimas, a fotografia é belíssima, a história comovente, cheia de tristeza mas também com muita esperança. Se puderem, não percam.
Salvador Mallo (Antonio Banderas) é um realizador de cinema homossexual que deixou de trabalhar devido ao seu estado físico (dores nas costas que não o largam) e psicológico (uma depressão intermitente que não o deixa ter uma produção contínua). O filme intercala a sua deambulação presente com vários regressos ao passado conseguidos graças à heroína que começa a consumir: à sua infância pobre mas feliz, repleta da presença da mãe, à sua capacidade de aprender, ao seu primeiro objeto de desejo, ao seu único relacionamento sério terminado há muitos anos.
É um filme lindo sob vários aspetos: a realização e a interpretação são ótimas, a fotografia é belíssima, a história comovente, cheia de tristeza mas também com muita esperança. Se puderem, não percam.
5 de setembro de 2019
3 de setembro de 2019
Desafio dos pássaros
Inscrevi-me às escuras, totalmente sem saber ao que vou. Apenas sei que semanalmente, durante 17 semanas, me darão um tema que terei de desenvolver em 400 palavras. Conhecendo-me como me conheço, ficarei bem aquém deste valor.
Publicarei aqui no blogue mas também será publicado aqui. Espero estar à altura e espero que gostem.
Publicarei aqui no blogue mas também será publicado aqui. Espero estar à altura e espero que gostem.
2 de setembro de 2019
Até à eternidade, de Caitlin Doughty
Depois de ter lido Smoke gets in your eyes, sobre a sua experiência como colaboradora num crematório, tinha de ler este livro sobre o percurso de Caitlin Doughty pelo mundo em busca de outros modos de encarar a morte. E como aprendi.
Na Indonésia, conhece o povo que vive em Toraja, que convive com os seus mortos por vezes durante anos a fio, conservando-os em casa ou abrindo as suas sepulturas e confraternizando com eles regularmente. No Colorado, assiste a uma cremação original, numa pira funerária ao ar livre. Em Tóquio, fica a conhecer desde as tecnologias mais modernas, que através de um sistema robotizado permite aos familiares visitarem quando querem as cinzas dos falecidos, até à tradição de, depois de uma cremação, serem os familiares a separarem os ossos das cinzas com a ajuda de pauzinhos. Na Carolina do Norte, visita um complexo onde os corpos doados são decompostos ao ar livre, num processo de compostagem. Na Califórnia, praticam-se enterros naturais no deserto, com os corpos enterrados diretamente na terra apenas embrulhados num sudário.
E depois há também casos como o Tibete, que Caitlin não visitou mas que refere, em que os corpos são cortados em pedaços para alimentar os abutres, num fecho da cadeia alimentar.
Sempre que pode, Caitlin critica o sistema tradicional norte-americano, onde a cremação e o enterro são o mais asséticos possível, reduzindo ao mínimo o contacto com os mortos. O seu tom amigável e às vezes sarcástico ajuda, e as maravilhosas ilustrações de Landis Blair também.
Mais uma vez, e depois de já ter lido os dois livros, fico com a certeza de que, se um dia for possível em Portugal, gostaria de ter um enterro natural, sem caixões e sendo depositada diretamente na terra. Acreditemos que algumas tradições instituídas possam mudar.
Na Indonésia, conhece o povo que vive em Toraja, que convive com os seus mortos por vezes durante anos a fio, conservando-os em casa ou abrindo as suas sepulturas e confraternizando com eles regularmente. No Colorado, assiste a uma cremação original, numa pira funerária ao ar livre. Em Tóquio, fica a conhecer desde as tecnologias mais modernas, que através de um sistema robotizado permite aos familiares visitarem quando querem as cinzas dos falecidos, até à tradição de, depois de uma cremação, serem os familiares a separarem os ossos das cinzas com a ajuda de pauzinhos. Na Carolina do Norte, visita um complexo onde os corpos doados são decompostos ao ar livre, num processo de compostagem. Na Califórnia, praticam-se enterros naturais no deserto, com os corpos enterrados diretamente na terra apenas embrulhados num sudário.
E depois há também casos como o Tibete, que Caitlin não visitou mas que refere, em que os corpos são cortados em pedaços para alimentar os abutres, num fecho da cadeia alimentar.
Sempre que pode, Caitlin critica o sistema tradicional norte-americano, onde a cremação e o enterro são o mais asséticos possível, reduzindo ao mínimo o contacto com os mortos. O seu tom amigável e às vezes sarcástico ajuda, e as maravilhosas ilustrações de Landis Blair também.
Mais uma vez, e depois de já ter lido os dois livros, fico com a certeza de que, se um dia for possível em Portugal, gostaria de ter um enterro natural, sem caixões e sendo depositada diretamente na terra. Acreditemos que algumas tradições instituídas possam mudar.
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