6 de setembro de 2019

Dor e glória, de Pedro Almodóvar

Não sou uma fã incondicional dos filmes de Almodóvar, apesar de ter gostado bastante de alguns. Mas este é bem diferente, sem gritos ou grandes melodramas. Tem muitos laivos de autobiografia, o que o torna ainda mais interessante.

Salvador Mallo (Antonio Banderas) é um realizador de cinema homossexual que deixou de trabalhar devido ao seu estado físico (dores nas costas que não o largam) e psicológico (uma depressão intermitente que não o deixa ter uma produção contínua). O filme intercala a sua deambulação presente com vários regressos ao passado conseguidos graças à heroína que começa a consumir: à sua infância pobre mas feliz, repleta da presença da mãe, à sua capacidade de aprender, ao seu primeiro objeto de desejo, ao seu único relacionamento sério terminado há muitos anos.

É um filme lindo sob vários aspetos: a realização e a interpretação são ótimas, a fotografia é belíssima, a história comovente, cheia de tristeza mas também com muita esperança. Se puderem, não percam.

2 comentários:

PEQUENOS DELITOS RENOVADOS disse...

A dica é ótima!!

A TItica disse...

A sua musa nunca falha!! Obrigada pela dica!