Há muito tempo que não me surpreendia com rostos tão belos assim (fotos de Steve McCurry):
Ali Aqa, 15 anos.
Hatika, 11 anos.
Torpekai, 12 anos.
Fiza, 12 anos.
Ali Aqa, 15 anos.
Hatika, 11 anos.
Torpekai, 12 anos.
Fiza, 12 anos.
O que acabo de ler - Um homem bom é difícil de encontrar, de Flannery O'Connor:
São 10 contos um pouco estranhos, todos passados na América sulista dos anos 40-50. Apesar de a crítica os classificar como assombrosos e inesperados, obras-primas imprevisíveis ao estilo de Kafka, a mim não me surpreenderam assim tanto. Sim, há finais improváveis, mas a meio do conto eu já os previa. Não achei assim tão fantástico, mas gostei de «O preto artificial», «A gente sã do campo» e «A pessoa deslocada».
Para dar uma ideia, ao nível do rés-do-chão há apenas grandes pilares, para que a circulação se faça como se ali não houvesse qualquer edifício. A entrada para o bloco é feita pelos extremos. A cada x andares, há 1 ou 2 exclusivamente dedicados a comércio (mercearia, talho, cabeleireiro, padaria), acessíveis através de «ruas aéreas». No terraço, a cerca de 16 andares de altura, há uma piscina para crianças e um jardim infantil.
E as casas? Ah, pois, as casas… Nada de fantástico a nível de dimensões, nada do que se vê hoje com salas de 30 e 40 m2. Mas tudo extremamente funcional, com um aproveitamento do espaço incrível e muito eficiente (concebido para corpos humanos com 1,83 m). Desenhados como «garrafas numa garrafeira», isto é, construídos ao comprido e abarcando o edifício nas suas duas frentes (o que facilita a ventilação), cada apartamento tem dois pisos com cerca de 24 m de comprimento por 4 m de largura. Fora dos apartamentos, corredores escuros para desincentivar a «conversa» (o que poderia incomodar com o barulho) e portas de entrada muito bem iluminadas. Lá dentro, cozinha americana com triturador de lixo no lava-louças, fogão eléctrico e conduta de lixo (atenção, estávamos nos anos 50!). Ainda no andar de baixo, sala com pé direito elevado junto à janela, que comunica com o andar de cima. Lá em cima, os quartos. O das crianças, dividido ao meio por uma porta deslizante que une ou divide as áreas. Aberta, proporciona um espaço comum. Fechado, tem uma ardósia para escrever na parede.