31 de maio de 2013

O senhor que me fotografou ontem: Flávio Damm

Lembram-se de hoje de manhã ter referido que ontem fui fotografada junto à bicicleta por um senhor brasileiro? Pois após de uma troca de mails com ele, acabo de descobrir que Flavio Damm é um importante fotojornalista brasileiro muito conhecido e respeitado, com 85 anos e ainda cheio de projetos. E que esteve presente em grandes momentos da história do século XX, como a coroação de Isabel II, a eleição de Eisenhower, o lançamento do Vanguarde em Cape Canaveral...

Há 64 anos que fotografa. Estou tão orgulhosa!

Eis o senhor (se tiverem tempo vejam toda a entrevista, vale a pena):


E algumas das suas obras:



Eu não vi a rainha ao vivo...

... mas pude vê-la em Lego na loja da Hamley's e até dar festinhas a um dos seus corgis.

Eu queria ser rica...

... para poder entrar no Harrod's e comprar o que me apetecesse. Como a carteira que custava 445 libras, os sapatos a mil ou até uns acessórios milionários para as minhas gatas. Mas como não sou, fico-me pelo orgulho de lá ver à venda a nossa pasta Couto, que o meu pai me compra muitas vezes mas a um preço muito mais baixo (lá eram 9 libras).

O meu dia de bicicleta

Ontem apeteceu-me ir dar uma volta grande de bicicleta (quem quiser ver as fotos e as etapas todas, é ir ao Facebook da Vespinha), e já ia bem avançada quando me apercebi de que o ano passado fiz algo do mesmo género precisamente depois do regresso de uma viagem. Deve ser alguma necessidade inconsciente de gostar mais da minha cidade.

Parti da Expo e segui sempre junto ao rio, até ao Cais do Sodré. Depois voltei para o Terreiro do Paço, onde almocei um crepe de gelado de iogurte com morangos. Na Rua Augusta, parei para entrar no MUDE (muitíssimo obrigada à funcionária que excecionalmente me deixou guardar a bicicleta lá dentro) e segui até à Avenida da Liberdade.

Enquanto parava num banco para descansar (sim, que isto de pedalar...) fui fotografada por um senhor na casa dos 60 anos que passava com a mulher. Eram brasileiros e ele está a preparar um livro de fotografia com bicicletas (finalmente, vou ser famosa). Trocámos mails e segui caminho.

No Parque Eduardo VII atravessei a Feira do Livro sem comprar um livro (vitória!) e liguei para a minha amiga M. para lhe pedir conselhos de como voltar para casa sem ser pelo mesmo caminho. Atravessei o jardim Amália Rodrigues, a Avenida de Berna até ao Campo Pequeno, depois a Avenida da República até à Avenida do Brasil. E daí foi quase sempre em ciclovia até à Expo, por montes e vales sem ver vivalma.

Devo ter gasto umas seis horas no total, com muitas, muitas paragens pelo caminho. Foram 28 km e sobraram uma moinha no rabo que amanhã deve piorar e um ligeiro escaldão nas mãos onde me esqueci de aplicar protetor solar.

Adoro passar um dia de férias assim.

30 de maio de 2013

O novo skyline de Londres

Nesta ida a Londres repeti a visita a uma série de sítios onde já tinha ido (o British, o Museu de História Natural, Portobello, o South Bank, o bunker de Churchill, o navio HMS Belfast...), para rever algumas coisas mas sobretudo para mostrar ao meu irmão a riqueza da cidade.

Agora do que eu não estava à espera era de, em apenas dois anos, a mudança no skyline da cidade ser tão grande. Onde há dois anos se viam gruas, veem-se hoje edifícios moderníssimos a crescer por entre os antigos. Há quem não goste. Eu adoro o contraste.

The Shard, o edifício mais alto da União Europeia.
Walkie-Talkie, a inaugurar este ano e com um jardim no topo.
City Hall, de Foster + Partners, pouco antes da ponte.

[No audio]

Como se diz na própria contracapa, este é para folhear quando não se tem nada para fazer e perguntar: «Mas que raio é isto?» Algo diferente. E bom. É do designer Luís Alegre e eu vou hoje ao lançamento.


Eu sabia que me ia desgraçar...

Não estava lá o Hugh Grant...

... mas pelo menos desta vez a The Notting Hill Bookshop estava aberta e deu para entrar. Mas sem ele... não é a mesma coisa.

29 de maio de 2013

E que ninguém diga que os animais não têm saudades dos donos

Desde que cheguei a TT já vomitou 5 vezes e a Vespa já teve uma meia dúzia de ataques de miadeira.

Ai o que eu queria mostrar-vos o que vi sobre David Bowie...

... mas a exposição David Bowie Is (o verdadeiro motivo para a ida a Londres) deve ser das mais restritivas a que tenho ido no que diz respeito à captação de imagens: nada de fotografias, com ou sem flash, e nada sequer de esboços...

Então foi isto: a exposição está ESPETACULAR. Dezenas de fatos que Bowie guardou ao longo da vida usados em concertos e videoclipes, centenas de manuscritos, registos áudio sem fim, fotografias e desenhos inéditos e produções para as capas dos álbuns, histórias e mais histórias desde a infância, sobre as relações que teve, sobre como compõe e escreve as letras. A descrição é impossível. Dizer que a visita está prevista para ser feita em 45 minutos e que a fizemos em duas horas dá uma boa ideia do que vimos.

Nas redondezas do Victoria & Albert Museum, David Bowie Is. É que está mesmo em todo o lado:

No metro.
Nas bebidas.
E lá dentro.

Just for a starter...

... fomos as pessoas mais sortudas do mundo nestes dias em Londres. Chegámos sob uma chuva torrencial, partimos sob outra do mesmo estilo, mas a verdade é que nos três dias do meio que lá estivemos não caiu uma gota de água e e até de t-shirt deu para andar.

No último dia, debaixo do guarda-chuva*.
* Este guarda-chuva foi comprado num sapateiro perto do British Museum. Juro, e tenho testemunhas, o sapateiro parecia um príncipe!

23 de maio de 2013

Quase, quase


Só falta mesmo o drama de fazer as malas que me assola sempre que viajo.

What is love?

Hoje deparei com mais uma injustiça...

... e não, desta vez a culpa não é do governo. E é bem mais cirúrgica. O que ainda me irrita mais.

Hambúrgueres recheados

Raras vezes me terão visto aqui a falar sobre culinária. Porque não tenho grande jeito, nem grande gosto, nem grande empenho. Por isso em casa sobrevivo das sopas da minha mãe, de alguma carne e peixe grelhado, de iogurtes e fruta, de atum e sardinha em lata, de saladas e de alguma comida que compro pré-feita, como os hambúrgueres da Bmuu.

Mas ter boas ferramentas na cozinha pode ajudar bastante. Não, não é a Bimby. São estas forminhas para fazer hambúrgueres que nos permitem recheá-los com aquilo que nos apetecer.


A Stuff-A-Burger Press não é barata para uma pecinha de plástico, mas o resultado final parece bem original. Custa cerca de €20 e pode comprar-se na Amazon. Não sei já haverá por cá.

Para quem quer aperfeiçoar o desenho de BD, recomendo


São cinco horas de curso intensivo com Jorge Mateus, ilustrador do Expresso, Visão e Time Out. Como o máximo são oito participantes, adivinha-se um workshop em que se vai aprender bastante. O voucher à venda aqui no Tostão até ao final do dia de hoje.

Tu sabes isso


22 de maio de 2013

Para um soninho descansado

Haverá coisa mais calmante para uma criança do que ter um quarto decorado em tons de branco com imagens realistas de animais bebés espalhadas por onde calha? Até eu acho que dormia um sono mais descansado.





Todas as imagens podem ser compradas na The Animal Print Shop e custam cerca de $20 cada. O site é uma tentação, explorem-no bem.

Efeitos da semana académica no lugar errado

Tenho de partilhar isto, que me chocou:



A VERGONHA DA SEMANA ACADÉMICA NO PARQUE DE MONSANTO

"E o que era de esperar aconteceu. Apesar de todas as promessas de que a área ser intervencionada pelos voluntários, com plantação de muitas árvores e outros benefícios, mas que iria ser protegida, tal não aconteceu. Não só a área não foi protegida,como é bem visível, como praticamente todas as árvores plantadas por voluntários, a convite da CML, foram espezinhadas, partidas ou pura e simplesmente arrancadas. Havia uma carreira de árvores de cada lado da vala, praticamente todas desapareceram. As que sobraram estão praticamente mortas. Duvido que alguma sobreviva. Todo o trabalho voluntário foi destruído. Que dizer dos responsáveis do parque e da direcção de espaços verdes? Espero que tenham a honradez de se demitir, senão espero que o Sr. Presidente ou o Sr. Vereador os demitam."

Artur Lourenço da Plataforma Monsanto

Presente que recebi ontem


Não a Vespa propriamente dita, mas a fotografia captada em Lisboa pela Alex do Flores, Cores e Amores. Obrigada!

No meio da tragédia de Oklahoma...

... ainda há espaço para a esperança.


É impressionante como na tragédia as pessoas tanto são egoístas como altruístas, juntando-se para ajudar os outros, os avós dos outros, os pais dos outros, os filhos dos outros e até os animais dos outros. Aqui, em oklostpets, criou-se uma rede de «lost and found» onde todos podem publicar informação e imagens sobre os animais de estimação que tenham perdido ou encontrado. Para que ainda haja finais felizes.

Expo'98: inaugurada a 22.05.98

Quem diria que 15 anos depois da abertura iria morar aqui, eu que só vim à Expo durante 3 dias porque era caro? Demos uma grande lição ao mundo, ao mostrar que o espaço de uma grande exposição podia, em tão pouco, transformar-se numa zona habitada e viva, cheia de gente, comércio e entretenimentos. Cada vez gosto mais de aqui viver.

Sempre, sempre

21 de maio de 2013

Ir de férias tem que se lhe diga

Sobretudo quando só faltam dois dias de trabalho e ainda há tanto, mas tanto por fazer.

Sou completamente a favor do sexo na terceira idade...

... mas há algumas coisas que basta saber, não precisamos de ver. Como neste anúncio (retirado de uma revista de decoração!):

Eh pá, isto faz-me mesmo impressão...


A montanha-russa que ficou submersa após o furacão Sandy que assolou a costa norte-americana em outubro do ano passado vai finalmente ser desmantelada. Eu que até tenho um fascínio por locais abandonados, confesso que neste caso já se estava a transformar em impressão e das grandes. É que praia não combina com tragédia.

Maria Teixeira Alves: existirá mesmo alguém assim?

E pronto, em poucos dias alguém de quem nunca tinha ouvido falar tornou-se um dos meus focos de ódio. Começou com os seus comentários abjetos quanto à coadoção, e agora descubro mais algumas pérolas que a senhora defende nos blogues em que escreve:

- sobre Pinochet e o filme No: «... deixa perceber o civismo de Pinochet na transição para a democracia.»; «Hoje o Chile volta a estar liderado pela direita, o que é o reconhecimento de que a direita faz mais pelo crescimento economico do país que a esquerda.»

- sobre Margaret Thatcher: «A Primeiro Ministro que deu cabo da austeridade, que impediu o comunismo em Inglaterra. A Dama de Ferro que enfrentou o país, os sindicatos, que privatizou tudo, para fazer crescer a economia do país.»

- sobre o governo: «Mas na minha opinião, as medidas em geral [DO GOVERNO] estão correctas. Acho que as pessoas precisam de uma experiência-choque. De outra forma continuaremos a pensar que o mundo nos deve tudo.»

- sobre Cavaco Silva (no discurso de 25.04): «Não é possível ser intelectualmente honesto e ao mesmo tempo criticar o discurso do Presidente da República. Cavaco Silva fez um discurso sensato, inteligente e apelou ao consenso político.»

E é Maria Teixeira Alves «jornalista» no Diário Económico. Qualquer dia exibe orgulhosamente uma suástica tatuada algures pelo corpo.

Nem oito nem oitenta...

20 de maio de 2013

Como me dói a dor dos meus

Sobretudo quando não é merecida.

A(s) minha(s) experiência(s) com a Volvo

Quem vem com frequência aqui ao blogue sabe o quanto eu gostava do meu velhinho Discovery. Mas a manutenção que estava a exigir mensalmente levou-me a ter de tomar uma decisão bem mais racional. E depois de ter andado a espiolhar tudo o que era carros em segunda mão dentro do meu orçamento, a gasóleo e com menos de 90 mil quilómetros, acabei por optar por um Volvo C30 (o mais pequeno da marca, para quem não conhece).

Os primeiros tempos foram de adaptação: à altura muito mais baixinha, a um porta-bagagens reduzido, mas também a uma estabilidade e a um conforto a que não estava nada habituada. Mas a verdadeira surpresa veio agora, 5 meses depois de andar com ele e já com uma série de enchimentos de depósito que me permitem saber quanto gasta de gasóleo: 4,46 litros aos 100 km! Eu nunca tive um carro que gastasse tão pouco, ainda por cima um 1.6 que acho giro como poucos outros modelos. Para terem uma ideia, na Vespa gasto 3,54 litros aos 100 km, diferença muito pouca para o carro.

Ontem fui fazer um test-drive com o Volvo V40 Cross Country (apenas por curiosidade, uma vez que tenciono fica com o que tenho durante bastante tempo), e cada vez mais compreendo a taxa de fidelização de 85% que a marca anuncia. É que os carros são mesmo lindos, fiáveis e inovadores.

No que experimentei, os pormenores que me encheram mesmo as medidas (para além de tudo aquilo que considero «mariquices», como três tipos de visualização do painel de instrumentos e cor ambiente que muda dentro do carro) foram o sistema BLIS (Blind Spot Information System), que nos alerta sempre que há uma viatura no ângulo morto de visão, a quantidade de instrumentos de apoio ao estacionamento, o sistema de travagem automático que evita colisões a menos de 50 km/h e o air-bag exterior para peões. Para além, claro, da qualidade dos materiais e de toda a panóplia de outras coisas que o tornam um carro muito confortável e de condução muito segura.

Não sei o que o futuro me reserva, mas se puder as minhas compras de carros em segunda mão passarão a estar focadas na Volvo. Como diz o slogan da marca, Volvo for life.

Um esqueleto pode ser bonito?

Pode. E muito.

Mortalidade, de Christopher Hitchens

Christopher Hitchens foi um jornalista, cronista e crítico literário de dupla nacionalidade (britânica e norte-americana), escrevendo para publicações como a Vanity Fair, a Harper's e a The New Yorker. Fez reportagens fantásticas, submetendo-se a coisas a que poucos repórteres se submeteriam por uma peça. Era profundamente ateu. E, em 2011, foi-lhe diagnosticado um cancro no esófago que o venceu em 19 meses, aos 62 anos.

Mortalidade reúne alguns dos seus escritos nos últimos meses de vida, em que reflete sobre a doença e o seu papel social, mantendo sempre que possível o registo jornalístico e cronístico, por vezes até com algum sentido de humor. Hitchens fala da reação das pessoas perante a seja doença, descreve os que lhe diziam rezar por ele, propõe um manual de conduta para lidar com pessoas com cancro, e desmonta com mestria a máxima de Nietzsche "O que não nos mata torna-nos mais fortes". Mas também descreve as dores, as tentativas de tratamento, e o último capitulo deixa de ser uma crónica para ser uma série de ideias que não teve tempo de desenvolver.

É um livro curto e duro, muito duro, que nos mostra o cancro de um modo muito mais racional do que estamos habituados a ver.

Já vai sendo tempo

Temperatura ontem, às 23:54


Tive de dormir de meias.

19 de maio de 2013

Ainda a coadoção: recado para alguns

Nomeadamente para Luís Villas-Boas, diretor do Refúgio Aboim Ascensão, e para a jornalista do Diário Económico Maria Teixeira Alves, que consideram que as crianças estão melhor em instituições do que se foram «dadas» a homossexuais. O primeiro apela ao veto presidencial por considerar a coadoção «preocupante» para o desenvolvimento da criança. A segunda acha que «pelo menos nas instituições não correm o risco de chegarem à adolescência e serem seduzidas pelos pais».

Tanta porcaria que vai naquelas cabeças.


PS: O blogue onde escreve Maria Teixeira Alves não deixa que bloguers não inscritos no Sapo deixem comentários. Mesmo que nos identifiquemos e mesmo que os comentários fossem moderados. Isso também explica muita coisa, a avaliar pelo que lá li escrito pela senhora.

TT ouriço

A dona tem frio, a gata tem frio. Nota-se, não se nota?

Tenho o nariz a pingar

E as mãos frias. E hoje é dia 19 de maio.

A Volvo também ajuda os animais


Por cada test-drive num Volvo V40, a marca doa €1 à Fundação Francisco de Assis, de apoio aos animais abandonados e perdidos. Este fim de semana o roadshow está «acampado» no Parque das Nações, mesmo à frente da estação do Oriente. Eu não quero faltar.

18 de maio de 2013

Eu já lá fui, e podem ir até amanhã

Este, para já, ninguém nos tira

19 emoções sem tradução. Vá, descubram «aquela» que procuram...

See these red dots? Those are 19 emotions for which English has no words.




The graphic itself uses baseline of Parrot’s Emotion Classification - a seemingly
nuanced guide to specific human feelings.

But the foreign words, working their way into the spokes of language,
make Parrot’s emotions sound like they’ve been muttered by a caveman.

 The graphic makes a strong case to keeping the variety of world wide language alive.



 Because in a way, if we don’t have the words to describe a feeling…

 …how much are we really feeling it?

Retirado daqui.