Este é supostamente o último filme de Daniel Day-Lewis, segundo o próprio, e se terminar por aqui termina muito bem.
O filme passa-se algures na Londres dos anos 50, quando as grandes casas de alta costura se começaram a evidenciar. E logo aqui torna-se bastante interessante, com uma boa caracterização da época e da indústria, e uma grande atenção dada aos pormenores.
Reynolds Woodcock é um dos costureiros eminentes, desenhando vestidos para os grandes vultos da elite europeia e gerindo uma das mais afamadas casas em conjunto com a sua irmã. É um solteirão, que no entanto se vai rodeando de musas, à vez, na inspiração para a criação das suas peças. Um dia, conhece Alma, uma empregada de mesa por quem se apaixona e que toma como a sua nova musa. Poderia ser apenas mais uma, mas não é.
Alma é forte e, ao descobrir o ponto fraco de Reynolds, desenvolve com ele uma relação doentia (no verdadeiro sentido do termo) que lhe permite ganhar ascendente sobre ele. E não posso dizer muito mais. Apenas de que gostei bastante: da história, das interpretações, da música, da fotografia.
28 de fevereiro de 2018
27 de fevereiro de 2018
Proud of my girls!
O contacto da Luísa e da Maria com as tecnologias tem sido muito escasso. À televisão não ligam, talvez porque, sendo duas, têm mais com que se entreter. Garanto que, nestes quase 21 meses, nunca, mas nunca, as vi a olhar para a televisão atentas durante mais de 2 minutos seguidos, e não é por eu as proibir de ver, mas porque não demonstram interesse.
O telemóvel é só para dizer olá ao avô ou à avó, nunca andaram com ele nas mãos. No iPad também não tocam, e eu própria evito usá-lo à frente delas. Uso-o de vez em quando para lhes mostrar fotografias da família e dos amigos, mas é mesmo muito de vez em quando.
No fim de semana passado pensei em mostrar-lhes um vídeo do YouTube com animais, mas foi mesmo só uma intenção. Porque, assim que as sentei ao meu lado para lhes mostrar as imagens, viraram-me costas e foram buscar um livro para verem comigo. Orgulho!
O telemóvel é só para dizer olá ao avô ou à avó, nunca andaram com ele nas mãos. No iPad também não tocam, e eu própria evito usá-lo à frente delas. Uso-o de vez em quando para lhes mostrar fotografias da família e dos amigos, mas é mesmo muito de vez em quando.
No fim de semana passado pensei em mostrar-lhes um vídeo do YouTube com animais, mas foi mesmo só uma intenção. Porque, assim que as sentei ao meu lado para lhes mostrar as imagens, viraram-me costas e foram buscar um livro para verem comigo. Orgulho!
26 de fevereiro de 2018
A forma da água, de Guillermo del Toro
7 nomeações para os Globos de Ouro. 13 nomeações para os Óscares, incluindo as de melhor filme, melhor atriz principal e melhor argumento original. E eu não recomendaria este filme a ninguém.
Elisa, uma empregada de limpeza muda que trabalha numa espécie de laboratório secreto, apercebe-se de que ali é mantida uma criatura da água, envolvida em testes experimentais e que se prevê que em breve seja destruída. Vivendo uma vida sem história, Elisa enceta contactos com a criatura, acabando por se apaixonar por ela e por, com a ajuda de mais duas pessoas, tentar salvá-la do seu destino.
Tudo isto se passa algures na América dos anos 60, num ambiente soturno que foi a única coisa em que vi algum interesse. Porque da história não gostei nada. Julgava que ia ver um filme com uma história de amor inocente entre um ser humano e uma criatura anfíbia, e vim de lá com uma sensação de ter sido testemunha de uma relação viscosa, quase libidinosa. Para tal contribuiu o ar de falsa ingénua de Sally Hawkins e a caracterização talvez demasiado humana da criatura. Na verdade, cheguei a sentir repulsa.
Gostava de conhecer outras opiniões.
Elisa, uma empregada de limpeza muda que trabalha numa espécie de laboratório secreto, apercebe-se de que ali é mantida uma criatura da água, envolvida em testes experimentais e que se prevê que em breve seja destruída. Vivendo uma vida sem história, Elisa enceta contactos com a criatura, acabando por se apaixonar por ela e por, com a ajuda de mais duas pessoas, tentar salvá-la do seu destino.
Tudo isto se passa algures na América dos anos 60, num ambiente soturno que foi a única coisa em que vi algum interesse. Porque da história não gostei nada. Julgava que ia ver um filme com uma história de amor inocente entre um ser humano e uma criatura anfíbia, e vim de lá com uma sensação de ter sido testemunha de uma relação viscosa, quase libidinosa. Para tal contribuiu o ar de falsa ingénua de Sally Hawkins e a caracterização talvez demasiado humana da criatura. Na verdade, cheguei a sentir repulsa.
Gostava de conhecer outras opiniões.
23 de fevereiro de 2018
22 de fevereiro de 2018
A queda, de Albert Camus
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Este A queda é um clássico de Camus, classificado por muitos como o seu melhor livro. Apesar de ser um livro bastante pequeno, custou-me imenso lê-lo e concentrar-me, ficando muito pouco gravado na minha memória.
Todo o livro é um monólogo dirigido a um desconhecido por um ex-advogado parisense. Narrado numa sequência de noites tendo como pano de fundo uma soturna Amesterdão, é focado no julgamento que fazemos dos outros e de nós próprios. Jean-Baptiste confessa-se, começando por se gabar de sempre ter ajudado os outros, desconhecidos na rua e clientes, demonstrando a sua capacidade de piedade, e de sempre ter tido sucesso com as mulheres, apesar de nunca ter gostado de nenhuma. Até dois episódios na sua vida o terem marcado, levando-o a uma vida de álcool e prostitutas.
É esta queda no abismo que é retratada, por um homem que ao tentar penitenciar-se está afinal a vangloriar-se e a glorificar-se.
21 de fevereiro de 2018
A velhice da Vespinha
Eu bem sei que a Vespa Gata e a TT já estão quase a fazer 15 anos, mas o seu envelhecimento é algo com que não me consigo conformar. Há cerca de quatro meses comecei a notar a Vespinha a emagrecer, e levei-a ao veterinário para fazer exames. Fez-se tudo e mais alguma coisa, e foi nas análises mais profundas que se revelou o início de uma insuficiência renal, além de estar carregada de artroses. Entretanto, descobriu-se que a isso se soma hipertiroidismo. Desde aí, a Vespinha tem tomado medicação duas vezes ao dia e alterei a sua alimentação, mas continua extremamente magra, apesar de comer, beber e fazer as suas necessidades. Está, literalmente, metade.
Por um lado, grande parte do tempo ainda faz a sua vida normal, mas é terrível para mim saber que a tendência nunca será uma melhoria.
Elas, a Vespa e a TT, fazem parte da minha família e já estão ao meu lado há mais de um terço da minha vida, tendo acompanhado os momentos bons e os momentos maus.
Custa muito, muito. Não estou preparada para isto.
Por um lado, grande parte do tempo ainda faz a sua vida normal, mas é terrível para mim saber que a tendência nunca será uma melhoria.
Elas, a Vespa e a TT, fazem parte da minha família e já estão ao meu lado há mais de um terço da minha vida, tendo acompanhado os momentos bons e os momentos maus.
Custa muito, muito. Não estou preparada para isto.
20 de fevereiro de 2018
Bond à portuguesa
Abstraiam-se da letra e foquem-se na música, logo desde os primeiros acordes. E digam lá se não poderia ser uma música do genérico do James Bond.
16 de fevereiro de 2018
15 de fevereiro de 2018
Três homens num barco, de Jerome K. Jerome
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Não posso dizer que não gostei, de todo, continuo a achar piada à ingenuidade daqueles três amigos e às alhadas em que se envolvem. Mas a magia da primeira leitura, da descoberta, já não existe. Se há 7 anos classificara o livro com 4 estrelas, hoje dar-lhe-ia 3.
Em suma, não regresses ao lugar onde já foste feliz, pois ainda que seja o mesmo, para ti já não é o mesmo.
14 de fevereiro de 2018
Novo vício
Sou muito permeável a ficar «viciada» em jogos e passatempos, sejam eles digitais ou não. Nos últimos anos, que me lembre, foi o Candy Crush, os livros de unir os pontos, o 2048, o Farm Heroes, o Loop, o Word Connect... Pego naquilo e depois «é só mais um», até que me apercebo de que já passaram 30 ou 40 minutos e não fiz mais nada. E largo um vício quando conheço outro, sendo que há alguns a que volto de vez em quando, como o Farm Heroes ou os livros de unir os pontos.
A minha última descoberta é o Pigment, que não é um jogo mas uma aplicação para pintar desenhos. Nunca tive muito paciência para os livros de pintar, mas no iPad é outra coisa: não ficamos com dores nos dedos, podemos enganar-nos uma data de vezes e a variedade é melhor. O Pigment está dividido por temas ou tipologias de desenho, alguns pagos, mas diariamente há um grátis. As paletas de cores são giríssimas, podemos escolher várias técnicas de pintura e sim, é verdade que quando estamos naquilo não pensamos em mais nada.
A minha última descoberta é o Pigment, que não é um jogo mas uma aplicação para pintar desenhos. Nunca tive muito paciência para os livros de pintar, mas no iPad é outra coisa: não ficamos com dores nos dedos, podemos enganar-nos uma data de vezes e a variedade é melhor. O Pigment está dividido por temas ou tipologias de desenho, alguns pagos, mas diariamente há um grátis. As paletas de cores são giríssimas, podemos escolher várias técnicas de pintura e sim, é verdade que quando estamos naquilo não pensamos em mais nada.
12 de fevereiro de 2018
9 de fevereiro de 2018
Do Carnaval na escola
Hoje saí da escola com a sensação de que tinha deixado as miúdas na aldeia dos macacos. Ainda nem tinha chegado à sala delas quando uma mãe se cruza comigo e me pergunta com ar incrédulo: Elas não vêm mascaradas? (traduzido: Que mãe é a senhora que não perdeu a semana a tratar das máscaras que queria que as suas filhas usassem apesar de elas nem sequer perceberem o que está a acontecer?). Lá lhe explico que elas ainda não ligam ao Carnaval, que para o ano já deverão ir mascaradas, que enquanto não for necessário passo a vez...
Chego à sala e deparo-me com um cenário um bocado assustador: os miúdos das salas de 1 e 2 anos todos juntos, palhaços, diabos, princesas e homens-aranha aos berros e aos pulos, dois coelhos gigantes a receber as crianças (= as educadoras). Levaram logo a Luísa para lhe tirarem o casaco, enquanto a Maria ficava à espera, parada no meio da confusão a olhar à volta com um ar entre o espantado e o incrédulo.
Viro costas e venho-me embora, com vontade de as trazer comigo. Provavelmente até se estão a divertir muito, eu é que fiquei com medo. Muito.
Chego à sala e deparo-me com um cenário um bocado assustador: os miúdos das salas de 1 e 2 anos todos juntos, palhaços, diabos, princesas e homens-aranha aos berros e aos pulos, dois coelhos gigantes a receber as crianças (= as educadoras). Levaram logo a Luísa para lhe tirarem o casaco, enquanto a Maria ficava à espera, parada no meio da confusão a olhar à volta com um ar entre o espantado e o incrédulo.
Viro costas e venho-me embora, com vontade de as trazer comigo. Provavelmente até se estão a divertir muito, eu é que fiquei com medo. Muito.
7 de fevereiro de 2018
6 de fevereiro de 2018
Murros no estômago
Seria assim que classificaria este tipo de campanhas publicitárias, a que ninguém consegue ficar indiferente.
Contra o tabagismo junto de crianças. |
Sobre quem pode estar do outro lado de um teclado. |
Sobre enviar e ler sms enquanto se conduz. |
Sobre a violência doméstica. |
Sobre a partilha de imagens nas redes sociais. |
Sobre a produção crescente de resíduos. |
5 de fevereiro de 2018
Proibido!, de António Costa Santos
Com desconto, clicar aqui. |
Curioso, para mim, foi saber das «proibições» atuais, as que o são e as que não o são. Conduzir em tronco nu e de havaianas dá direito a multa? Pois não dá, tal não está escrito em qualquer passagem do código da estrada. Plantar árvores de fruto ou plantas que se possam usar na alimentação no cemitério? Em Borba é proibido. E em Pampilhosa da Serra, os comerciantes do mercado não podem «estar deitados ou sentados sobre as bancas, ou sobre os géneros expostos à venda». Coisas que não lembram ao diabo!
Em suma: é interessante mas podia ter ido muito mais longe, quer nas proibições de outros tempos quer nas atuais.
4 de fevereiro de 2018
2 de fevereiro de 2018
1 de fevereiro de 2018
Domino's Pizza, chega
Chega de demorarem uma eternidade a fazer entregas, com o cliente sempre sem saber se vai ou não conseguir jantar. É que as entregas em casa são supostamente para ter comodidade, e não para criar ansiedade.
Chega de se desculparem de que o site não acompanha a evolução da encomenda. Se não acompanha, retirem de lá a barra de status, assim pelo menos não criam falsas expectativas.
Chega de cada vez porem menos quantidade de ingredientes nas pizas, até quase parecer ridículo. A piza Festim de queijos passou de uma festa a uma lástima. E fria e seca, ainda por cima.
Nenhuma promoção de 50% de desconto justifica isto. E há mais pizarias na Terra. Acabou.
Chega de se desculparem de que o site não acompanha a evolução da encomenda. Se não acompanha, retirem de lá a barra de status, assim pelo menos não criam falsas expectativas.
Chega de cada vez porem menos quantidade de ingredientes nas pizas, até quase parecer ridículo. A piza Festim de queijos passou de uma festa a uma lástima. E fria e seca, ainda por cima.
Nenhuma promoção de 50% de desconto justifica isto. E há mais pizarias na Terra. Acabou.
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