E aqui estão os carros da minha vida:
- O primeiro de todos (Opel Corsa cinzento escuro, de 1988, PE-37-20). Herdado da minha mãe, foi um dos que mais sofreu nas minhas mãos e aquele com que mais vezes bati. Com ele, fiquei com a traseira encaixada numa paragem de autocarro e entrei pela feira de S. Pedro de Sintra adentro, partindo uma data de pratos.
- O primeiro novo nas minhas mãos (Ford Ka cinzento escuro, de 1998, 39-36-JQ). Aquele que me traz melhores recordações e que me acompanhou numa das melhores fases da minha vida. Tive muita pena de ter de o vender, mas uma oportunidade não se pode perder. Certas noites ainda sonho com ele, como se estivesse lá fora pronto para o conduzir. Já o vi entretanto mais duas vezes, e fiquei com lágrimas nos olhos.
- O companheiro das aventuras (Land Rover Defender branco, de 2001, 98-03-SJ). Comprei-o imaculado em 2.ª mão, com apenas 170 km. Passado uns meses já não estava tão imaculado e encontrava-se bem mais carregado de acessórios. Serviu para subir bem alto e atravessar vaus quase impossíveis e até para temperar carne em cima do capot. Tenho saudades de andar lá em cima.
- O que durou menos tempo (BMW 328i cinzento claro, não me lembro da matrícula). Tive-o durante 3 ou 4 meses, marcou uma das piores fases da minha vida e não descansei enquanto não o vendi. Talvez por me ter sido «imposto», nunca me identifiquei com este estilo.
- O que tenho hoje e que sempre quis ter (Land Rover Discovery II preto, de 2000). Também comprado em 2.ª mão e que já me tem feito desembolsar uns bons milhares de euros. Mas não me importo assim tanto. Adoro conduzi-lo, não ambiciono mais nenhum, sinto-me tão bem lá dentro como quando o comprei, em 2004. Marca 205.000 km e espero que aguente outros tantos.