31 de julho de 2012

Designing 007: Fifty Years of Bond Style

O Barbican é um complexo cultural e habitacional em Londres, onde se entra e de onde é difícil sair pela estrutura complexa que tem. Mas se agora lá fosse julgo que facilmente seguiria a manada que já por ali deve andar, a visitar a exposição Designing 007: Fifty Years of Bond Style.

Até 30 de setembro vai ser possível ver ao vivo mais de 400 peças, entre gadgets, veículos, cenários e guarda-roupa. Parece-me muito pouco provável conseguir lá ir, mas vale-me saber que durante três anos a exposição será itinerante. Pode ser que passe por cá.

O Aston Martin DB5.
A secção dos biquínis das Bond Girls e dos calções de banho.

É verdade

Praias, muitas praias

Não tirem os olhos deste blogue: Maison Gray. Gray Malin tem fotografado uma série de praias a partir de um helicóptero, registando areais de todo o mundo e deixando-nos com uma inveja... Claro que Portugal tinha de lá estar, ou não fossem as nossas praias das mais famosas da Europa. Ora vejam:

Bondi Beach, Austrália
Caraíbas 
Costa da Caparica, Portugal 
Rio de Janeiro, Brasil
Saint Tropez, França

30 de julho de 2012

A Poderosa e a Vigorosa


Eu sei que parece ridículo e talvez obsessivo, mas sempre que faço o percurso Praça do Comércio-Oriente vou atenta à procura destas duas gruas, fazem-me sentir que as coisas estão no seu lugar.

É estranho? É. Mas gosto delas. E hoje estavam juntas.

Moonrise Kingdom




A história de amor ou profundíssima amizade entre dois adolescentes de 12 anos é o centro deste belíssimo filme de Wes Anderson. Belíssimo pela história, pelas representações irrepreensíveis (Bill Murray e Edward Norton são apenas alguns exemplos) e pela fotografia, que dá a todas as cenas um aspeto irreal muito interessante. Passado numa ilha ao largo de Nova Inglaterra, decorre em 1965 mas poderia ser em qualquer época e em qualquer lugar, ou mesmo em nenhures.

A fuga dos dois adolescentes e a demanda por parte da policia, dos escuteiros, da assistente social e dos pais de Suzy levam-nos para um mundo quase do reino do fantástico, onde tudo pode acontecer e de onde todos acabam por sair fisicamente ilesos.

Não é um filme consensual (aliás, vi pelo menos 4 espetadores a deixar a sala a meio da sessão), e tenho dificuldade em saber a que tipo de pessoas aconselhá-lo, mas vale a pena arriscar. E não é para crianças.

Um motivo por que gostava de estar em Matosinhos


Para ir a esta Piscina das Marés, inaugurada em 1966, desenhada por Siza Vieira e classificada como monumento nacional em 2011. De água salgada e bem junto ao mar, tem ainda um areal exclusivo e preços de entrada bem simpáticos: €7 adultos, €3,5 crianças a partir dos 3 anos.

É ou não é uma obra de arte onde apetece mergulhar?

Da publicidade no cinema

Fui ontem ver Moonrise Kingdom (de que falarei mais tarde), mas este tópico é mesmo só para protestar contra a quantidade de publicidade que está a invadir as salas de cinema. Ainda por cima, se quisermos ver os trailers, temos mesmo de aguentar os anúncios todos (ainda por cima, em versão integral daqueles que, em versão curta, ignoro na televisão).

Ora veja-se: sessão marcada para as 17h; trailers até às 17h05; publicidade até às 17h10; trailers até às 17h12; publicidade até às 17h20. Um martírio em ecrã gigante.

29 de julho de 2012

Primeira compra para a chuva

Ainda com toda a gente na fúria de comprar os restos das coleções de verão, andei a espreitar nos saldos o que já se podia aproveitar para o outono-inverno. Para além das básicas calças de fazenda cinzento-escuro, modelo capri e ainda justas a acreditar nos 2 kg que ainda vou perder, encontrei um impermeável como há muito tempo andava à procura. Básico, giro e prático.

There's a hole in my soul

Cinco meses depois de o meu querido primo ter vindo para cá fazer o Erasmus, partiu hoje de manhã às 08h15 de regresso ao Rio. Levou com ele uma excelente nota de 19,5 em Medicina, muitos livros e garrafas de vinho e também uma parte importante dos nossos corações.

Já estou com umas saudades gigantes, mas ao mesmo tempo contente por saber que foi muito feliz cá. E que tenciona voltar dentro de menos de um ano. Até já, Marquinhos.

28 de julho de 2012

Serviço público: calendário olímpico

De um modo geral não gosto de ver desporto, mas os Jogos Olímpicos são diferentes. Porque são muito variados (como diz o meu irmão na brincadeira, e sem ofensa, são uns Jogos Sem Fronteiras mais a sério) e, sobretudo, porque os nossos atletas que lá vão são em geral pessoas esforçadíssimas que muitas vezes têm de investir o seu próprio dinheiro para chegarem onde chegaram.

Como desde ontem que andava à procura de um calendário de todas as provas em que Portugal participa e só hoje o encontrei, aqui fica (podem selecionar a modalidade, o atleta e o dia): Missão Londres 2012. As principais provas de atletismo, pelo menos, não quero perder.

Manhã perfeita para isto

Quero ter

Eu adoro estas cadeiras desde sempre, lembro-me de as ver em tudo o que era cafés (sobretudo em verde e branco) e depois começarem a desaparecer lentamente, dando lugar à praga das cadeiras de plástico. Mas felizmente parece que alguém se lembrou de que existem, as cadeiras de metal ergonómicas e sem arestas surgidas nos anos 30 mas definitivamente desenhadas em 1953 pelo serralheiro Gonçalo Rodrigues dos Santos, que acabou por lhes dar o nome.


São produzidas pela Arcalo e estou a considerar seriamente encomendar algumas para o meu pátio. Resta-me saber se a empresa, que produz para a restauração, também vende a particulares.

27 de julho de 2012

Hoje vou dar uma facadinha na dieta...

... e comer piza d'O Pizza, uma das minhas comidas preferidas e que não como há mais de 3 semanas. Mas não se assustem, tentarei comer só meia.


Pés e pernas numa tarde lá em casa



Hoje é o último dia de trabalho

Mas não sinto a alegria que é costume. Porque na próxima semana ainda terei de fazer lá uma perninha e porque nestas férias terei preocupações pessoais na cabeça que não me deixam relaxar. Mas tentarei, e é para aqui que tentarei ir:

26 de julho de 2012

Proud of myself III


Hoje fui ao veredicto da nutricionista e saí-me muitíssimo bem, eu e a minha amiga Mary.

Em 22 dias de um plano alimentar equilibrado, perdi 4,1 kg sem passar fome e sem ter um único ataque de gula. E ainda com a oportunidade de comer uma ótima feijoada, salmão grelhado do melhor, churrasco, saladinhas maravilha e, loucura, dois pastéis de nata. Não há melhor motivação para continuar do que esta.

Mais: o meu índice de massa gorda passou de 30,7% para 28%. Estou contente.

Dot

Novo perfume de Marc Jacobs a que espero conseguir resistir. Para já, sou fã de Daisy Eau So Fresh e de Kumquat Splash, que são neste momento os que mais vezes me acompanham.

 

Ainda o autismo


Ainda a propósito de autismo, e mais concretamente do síndrome de Asperger, recomendo a série Parenthood, que começou há pouco a terceira temporada e que sigo desde o início.

Na história, que gira em torno da família Braverman e das suas três gerações, compostas por gente que não é perfeita mas que se une quase sempre em torno dos problemas, fala-se de amor e de traição, do crescimento e das suas dores, de desemprego e de desafios, da maternidade e da velhice. Apesar de o rapaz Max ter Asperger, não é de todo o centro da série, o que ainda mais contribui para vermos como a vida pode e deve continuar. Não é de desprezar o excelente elenco (lembram-se de Peter Krause, o Nate de Sete Palmos de Terra?).

Na Fox Life, às segundas-feiras.

25 de julho de 2012

Antitouradas

Numa conversa hoje à hora de almoço, descobri que o ilustrador Paulo Buchinho, de que gosto bastante, é fervorosamente antitouradas. Este logótipo, executado pro bono para o movimento Vila Franca de Xira Anti-Touradas, ilustra muito bem o que este espetáculo significa (e não partilho aqui uma fotografia que o Paulo publicou na sua página Facebook porque poderia ferir os mais sensíveis... mas muita gente deveria vê-la).

Como é possível não adorar uma coisa destas?

A TT numa das «suas» cadeiras aqui de casa.

Conselho sábio

24 de julho de 2012

Libertação

Hoje retirámos o colar à Twiggy. Não a estava a proteger de nada, pois ela, como é contorcionista e está cheia de energia, arranjou uma técnica de chegar à ferida e escarafunchar na mesma, com a agravante de o plástico do colar ainda a estar a dilacerar mais. Ainda fomos ao veterinário, de onde veio com um colar ainda maior, mas ela deu-lhe a volta na mesma.

Assim, a partir de hoje, e como fazer um penso naquela zona está fora de questão (e qualquer penso não resistiria meia hora às suas mandíbulas ainda fortes), manter-se-á apenas com o antibiótico, o anti-inflamatório e a cortisona quimioterápca. E uma desinfeção da zona uma vez por dia. De resto, deixaremos a natureza seguir o seu curso.

A verdade é que sem o colar nos pareceu muito mais feliz, perdeu o andar cabisbaixo e anda novamente com as orelhas arrebitadas como nos habituámos a vê-la. Não sei quanto tempo isto durará, mas pelo menos quero vê-la confortável, a minha querida menina.

Há momentos e momentos

Sim, gosto muito de calçado vermelho

No pátio aqui de casa.
Nas arcadas do Terreiro do Paço.
Na minha cozinha.

Autismo, de Valério Romão


Uma criança é atropelada perto da escola e levada para o hospital, aonde os pais vão ter para saberem notícias. E é à porta das urgências que todo o livro se baseia, onde Rogério vai recordando o seu percurso e o de Marta, antes e depois de Henrique nascer. Henrique nasceu autista e virou a vida dos pais do avesso. Surgiram as dúvidas, as angústias, as faltas de paciência, as discussões e os conflitos. Até àquele momento, em que tudo se pode decidir.

Autismo é o romance de estreia de Valério Romão, também ele pai de uma criança autista e também ele experiente nas reviravoltas que esta disfunção obriga a vida a dar. Com uma capa sem título (porque Henrique também não consegue verbalizar) e uma escrita muito rica e de registos variados (diálogo – ou antes monólogo –, entradas de blogue…) Autismo leva-nos para um mundo que a maioria de nós não quer conhecer, mas que muitos têm de enfrentar. Não hesitem em ler o livro, é menos dramático do que parece mas muito realista e uma excelente aprendizagem. E… suspense… tem um final inesperado.

Depois, para quem quiser saber mais sobre a vida deste autor, é ler o seu blogue Trabalho de casa, coisa que tenciono fazer muito em breve.

23 de julho de 2012

E onde estão quando precisamos deles?

Há cerca de 3 semanas apareceu aqui pelo pátio o quarto gato refugiado na história desta casa. Para os três anteriores o caso resolveu-se, embora sempre com alguma dose de angústia. Dois reencontraram os donos, o terceiro conseguiu uma nova dona.

Mas desta vez está a ser mais difícil. Comecei por tentar ignorar o bicho, mas o desgraçado não deixou. Miados terríveis a meio da noite, entradas e saídas furtivas do pátio, as minhas gatas também já desesperadas. Com tanta insistência, percebi que o mal dele não era apenas fome, mas antes a procura de um dono. E aí comecei a tentar arranjar uma instituição onde deixá-lo (aqui em casa, com as minhas gatas, uma delas siamesa, seria um processo muito difícil). Fiz telefonemas e enviei diversos mails, explicando pormenorizadamente a situação e oferecendo-me inclusive para suportar as primeiras despesas. Ora, aquelas instituições, que já ajudei algumas vezes e onde já adotei animais mais de uma vez, simplesmente ignoram-me. E isso custa muito.

Consegui hoje finalmente um sim, do Centro de Recolha Oficial de Animais do Município da Amadora, onde o Cascão foi recuperado há cerca de ano e meio e cujas instalações conheço bem e considero dignas. Terei de pagar uma taxa e seguir uma série de procedimentos, mas acho que é pelo melhor deste gato que afinal de contas só quer ter quem cuide dele. Preto e ainda jovem (pelo brilhante e dentes bem branquinhos), acredito que depressa vai encontrar um dono que lhe dê a casa que merece. Ele pelo menos anda à procura disso. E não desiste.

Naturezas mortas

O que veem nas imagens abaixo? Frutos e flores, certamente. Mas, ao contrário do que parece, não são fotografias, mas sim desenhos. Mais propriamente, pinturas de Dennis Wojtkiewicz.

Segundo o próprio, cada imagem começa por ser um desenho monocromático, que vai depois sendo colorido por várias camadas (que podem chegar a 10!) de óleo colorido semitransparente, até se conseguir o efeito pretendido. As obras de Wojtkiewicz recuperam na técnica artistas como Vermeer, e no conteúdo são uma recriação moderna das antigas naturezas mortas.


O resultado é deslumbrante.





Isto é tão básico que até mete raiva


Ai quem me dera poder trabalhar em local que me permitisse ir de bicicleta todos os dias.

22 de julho de 2012

O fim de semana lá em cima

Foram apenas dois dias, mas cheios como poucos outros. Para compensar um fim de semana inteiro sem novidades por estes lados, aqui vai a reportagem, fotografada e comentada.

O nosso acampamento base: a Casa da Rodela, herdada pelo meu pai do meu avô e onde já não ia há uns bons 5 anos. E nem sei bem porquê, mas tenciono agora lá voltar com mais frequência. Senti-a desta vez, mais do que nunca, como um regresso às origens.


As estradas da Beira: estão todas carregadinhas destes avisos, não vão os mais distraídos fazerem alguma asneira. E depois, o arvoredo que nunca mais acaba, e as eólicas que embelezam a paisagem e me fazem lembrar que um dia já investimos a sério nas energias alternativas.




O Piódão: a aldeia em xisto, arranjadinha como nunca a vi, apesar das inúmeras casas abandonadas que ainda por ali abundam. Chegámos ao fim da tarde, quando os turistas já tinham desaparecido, e partimos já de noite, depois de jantar numa das excelentes esplanadas que agora por ali há e já acesas as luzes que transformam a aldeia num verdadeiro presépio.







O nosso orgulho, em ruínas: a casa de Aristides Sousa Mendes, cônsul português em Bordéus nos anos 40 onde, graças às dezenas de milhares de vistos que passou à revelia de Salazar, salvou tantas vidas. A casa de Cabanas de Viriato, onde tantas famílias se refugiaram, está neste triste estado. Uma vergonha perante um homem com H enorme que morreu tão pobre que nem um fato tinha para ser sepultado.


A nossa vergonha, engalanada: a campa de oliveira Salazar, no Vimieiro, que mal consigo descrever mas que a imagem exemplifica bem. Os escritos que contém são irrepetíveis. Que belo contraste com a imagem anterior...


A barragem da Agueira: construída no final dos anos 70 e onde vou desde criança. Hoje a barragem é já mais conhecida, graças ao excelente complexo Montebelo Aguieira, que se vê lá ao fundo e onde já tive a sorte de ficar. Uma paz.




E o santuário de Fátima: onde fomos sobretudo com interesse sociológico e arquitetónico. Tenho pena de não ser crente no sentido em que aquelas pessoas o são, mas admiro a sua devoção e gostava de também a ter para me poder refugiar. O santuário é grandioso.