30 de junho de 2014

Para quem (como eu) tem medo de dar sangue


No sábado de manhã fui dar sangue, porque está a ser preciso e porque já o tinha feito outras duas vezes. Mas acho que nunca referi aqui o meu medo de dar sangue e de como as coisas terminam nesses dias. Chego ao centro de colheita e tudo bem, nervos zero. Deito-me na maca e continua tudo bem. Colocam-me o garrote, a agulha no braço e estou ali 10 minutos à espera de encher uma saqueta, sempre bem.

O problema é sempre depois, quando tiram a agulha e me pedem para fazer pressão no braço com uma gaze. É nesse momento, e só nesse, que começa o «drama». Começo a ver tudo desfocado, e vou aguentando até ter mesmo de pedir ajuda. Então, geralmente, baixam-me a cabeça e elevam-me bastante as pernas. Cinco minutos depois já estou bem. Mas a verdade é que esta pequena indisposição causa algum aparato. E, desta vez, nem me queriam deixar ir para casa sozinha, muito menos de Vespa. E, quando insisti que estava bem e que aquela reação era normal, lá me libertaram com a condição de ligar quando chegasse a casa.

Tudo isto para dizer que, por muito medo que tenham, vale a pena ir, porque depois senti-mo-nos com a missão cumprida e somos sempre, sempre acarinhados pelos enfermeiros que lá estão. Sempre preocupados, sempre com sentido de humor, fazem-nos sentir que não somos mais um número. E o que é uma indisposiçãozita que dura uns 10 minutos comparada com as vidas que o nosso sangue pode salvar?

Se soubessem o que eu gosto deste serviço...

Butterfly parade, desenhado por Christian Lacroix para a Vista Alegre mas com preços proibitivos. €39 por um prato raso, €35 por um de sobremesa, €120 por uma travessa pequena... Acho que vou abrir uma lista só porque sim!

E assim vai o nosso ensino...

28 de junho de 2014

E é tarde disto


Para, em boa companhia, me encher de chá e scones antes de o verão chegar a sério.

Hoje é manhã disto


O Instituto Português do Sangue está a precisar de dadores, que diminuíram 8 por cento em relação ao mesmo período no ano passado. Neste momento, o mais necessário é o O negativo e o O positivo, mas todos os outros grupos são precisos. Eu vou daqui a pouco, porque a desculpa de não podermos ir porque estamos a trabalhar já não vale. Até se pode dar sangue ao sábado durante todo o dia.

27 de junho de 2014

Se quem não gosta (ou não sabe) andar de bicicleta soubesse disto...

... aposto que mudava logo de ideias ou ia ter umas aulas de urgência.

As coisas simples da vida, n.º 70

A ideia, o design, a escolha das frases, é tudo obra da revista Activa, mas descobri isto há dias e adorei. Por isso, vou ser copiona e vou publicando por aqui, aleatoriamente e sem ordem, algumas destas coisas simples da vida, aquelas com que mais me identifico. Espero que os senhores e senhoras da Activa não se zanguem comigo, mas a marca deles estará sempre presente.


Eu adoro ser turista em Lisboa, e faço-o pelo menos uma vez por ano, quase sempre de bicicleta (este ano, se calhar serão duas). Se soubessem as coisas incríveis que se descobrem!

A ignorância é muito atrevida

Como diz um amigo do meu irmão, o chihuahua, a continuar assim, não vai durar muito...

26 de junho de 2014

Proteger os animais depende muito de nós

Ora eis algo que dá muito jeito: conhecer todas as medidas a tomar perante os maus tratos a animais. Havendo quem os denuncie e quem ouça essas denúncias, muito melhor ficará o nosso país a nível de humanismo. Ainda que tivesse de ser à conta de umas tantas multas. O artigo é do site Doglink e vale a pena ler até ao fim.

Muito se fala sobre uma nova legislação de protecção animal (principalmente quando se lêem histórias tristes como esta), mas poucos conhecem as normas que regulamentam a detenção e a protecção de animais de companhia. Estas normas encontram-se estabelecidas no Decreto-Lei n.º 276/2001, de 17 de Outubro, com redacção actualizada pelo Decreto-Lei n.º 315/2003, de 17 de Dezembro. Apesar de a lei poder ser considerada pobre e omissa, ela existe e está em vigor, pelo que cabe a todos nós aplicá-la ou fazê-la aplicar.
Violência física
São proibidas todas as violências contra animais, considerando-se como tais os actos consistentes em, sem necessidade, se infligir a morte, o sofrimento ou lesões a um animal.” n.º 2 Artigo 7.º
Se a violência for exercida por alguém contra um animal que esteja sob a responsabilidade e guarda de outrem, esse acto poderá configurar a prática de um crime de dano. Segundo o Código Civil Português os animais estão juridicamente categorizados como “coisas”, sendo que a família humana de um animal de companhia, por exemplo, será a “proprietária ou detentora legal” desse animal. Embora isso não seja eticamente aceitável e correcto, a verdade é que essa condição pode ser usada para o proteger, uma vez que, se o animal dessa família ou pessoa for ferido ou morto por acção ou omissão de outrem, tal poderá, além de contra-ordenação, ser também crime punível com pena de prisão. Segundo a legislação portuguesa, o maneio e o treino dos animais com brutalidade, nomeadamente as pancadas e os pontapés constitui uma contra-ordenação punível com coima, cujo montante mínimo é de 500 euros e o máximo de 3740 euros.
Negligência
Os actos de negligência dos detentores para com os seus animais de companhia são comuns e nem sempre realizados pelos mesmos (veja aqui a história do Donovan). Muitos se descuidam ou não têm conhecimento do que é necessário para promover o bem-estar de um animal de companhia.
A lei define relativamente bem de que maneira é que os animais de companhia devem ser mantidos nos domicílios dos detentores e que condições devem reunir os seus alojamentos para garantir o bem-estar animal. Além disso, são também referidos alguns cuidados a observar para que os animais não fiquem expostos a condições climáticas extremas que possam de algum modo prejudicar o bem-estar animal.
Relativamente às dimensões do espaço em que os animais são mantidos, as normas do Artigo 8.º definem que este deve ser o adequado às necessidades fisiológicas e etológicas de cada animal, devendo o mesmo permitir a prática de exercício físico adequado. No entanto, este postulado é posto em causa quando se apresentam as dimensões mínimas no mesmo documento. Ora vejamos: um cão até 16 kilos (desde um Chihuahua até um Whippet) pode, por lei, viver num recinto interior fechado de 2 metros quadrados assim como a lei permite que um Cão de Gado Transmontano possa viver num recinto interior fechado de 4,4 metros quadrados. No que toca a recintos exteriores, as áreas mínimas aumentam para o dobro, no entanto muitos se questionam se estas são as medidas adequadas para permitir a prática de exercício físico adequado.
Manter um cão acorrentado não está directamente previsto na legislação, no entanto, as normas descritas pressupõem que o acorrentamento permanente de um cão constitui uma violação ao bem-estar animal, impedindo-o de reproduzir comportamentos naturais.
O bem-estar animal passa também pelos bons cuidados de saúde e alimentação e, como tal, estão presentes no decreto de lei em vigor algumas normas que definem os cuidados a ter de saúde animal bem como alimentação e abeberamento:
Qualquer animal que apresente sinal que leve a suspeitar de poder estar doente ou lesionado deve receber os primeiros cuidados pelo detentor e, se não houver indícios de recuperação, deve ser tratado por médico veterinário.” n.º 3 Artigo 16.º
Deve existir um programa de alimentação bem definido, de valor nutritivo adequado e distribuído em quantidade suficiente para satisfazer as necessidades alimentares das espécies e dos indivíduos de acordo com a fase de evolução fisiológica em que se encontram, nomeadamente idade, sexo, fêmeas prenhes ou em fase de lactação”.  n.º 1 Artigo 12.º
Os detentores que apresentem comportamento negligente perante os seus animais serão sancionado até 1870 euros. Aqueles que desrespeitem as condições de alojamento definidas no decreto de lei em causa serão punídos com coima, cujo montante mínimo é de 25 euros e o máximo de 3740 euros.
Abandono
Segundo a lei o abandono de um animal é não só a remoção efectuada pelos seus detentores para fora do domicílio ou locais onde são mantidos, mas também a não prestação de cuidados no alojamento.
O abandono de animais de companhia constitui uma contra-ordenação punível com coima, cujo montante mínimo é de 25 euros e o máximo de 3740 euros.
Queixas e fiscalizações
Quando ocorre uma queixa cabe às autoridades policiais (GNR, PSP ou PM) dirigirem-se ao local, avaliar a situação, impedir qualquer acto de violência, negligência ou abuso de animais, desde que seja proibido por lei, identificar os autores destas infracções, levantar o auto referente a esses casos e enviá-lo para o Ministério Público, que determinará se o acto em causa será um ilícito de natureza contra-ordenacional ou criminal.
  • GNR, especialmente capacitada para lidar com infracções ao estipulado nestes diplomas, uma vez que tem o SEPNA para fiscalizar e garantir o cumprimento de legislação ambiental, de protecção da Natureza e dos animais;
  • PSP;
  • Polícias municipais, quando existam nos municípios;
Pode também fazer queixa ao Médico Veterinário Municipal da câmara municipal da área, que, sendo a autoridade veterinária local, é responsável pela fiscalização e aplicação da legislação vigente de protecção dos animais, competência que partilha e que deve executar juntamente com o Presidente da Câmara Municipal e com as autoridades policiais.
A Direcção Regional de Agricultura da área (autoridade veterinária regional) ou da Direcção Geral de Alimentação e Veterinária (autoridade veterinária nacional) podem também receber a sua queixa, embora seja sempre aconselhável apresentar queixas às autoridades policiais e veterinárias locais.
Acabei de ver um animal a ser maltratado!
Num artigo publicado no Expresso, o ex-presidente da associação ANIMAL, Miguel Moutinho, aconselha:
“Se vir alguma situação em que esteja a ser exercida violência física contra um animal no momento – e mesmo que essa violência esteja a ser exercida pelo seu detentor legal -, saiba que pode chamar a polícia para acorrer imediatamente a esta situação. Tratar-se-á de um caso urgente e é como urgência policial que as polícias deverão tratá-lo. Se não souber o número de telefone da polícia local, pode ligar para o número de emergência, 112, e pedir a rápida intervenção e presença da polícia, que é o que se impõe num caso destes!
NUNCA aceite um não como resposta das autoridades. Ao mesmo tempo que há autoridades diligentes e eficazes, também há muita desinformação e desconhecimento relativamente ao que as leis desta área estabelecem – incluindo no seio das polícias, autoridades municipais e autoridades veterinárias. Nestes casos, é importante que tenha consigo e conheça minimamente a legislação aplicável e que mostre saber que, entre os seus direitos de cidadania, um deles é o de esperar das autoridades.”

Escolha bizarra #43

Nunca ser levado a sério... ou nunca ninguém achar piada ao que se diz?

Contra a violência doméstica

Esta mulher fotografou-se todos os dias durante um ano, e no final a mensagem que veem significa: «Ajudem-me, não sei se posso esperar até amanhã.» A campanha é do governo da Croácia. Vale a pena ver até ao fim.

30 por cento não é de desprezar

Com as férias a chegar, e porque ninguém parte sem um livro debaixo do braço, vale a pena aproveitar hoje esta promoção da Wook. São 15 por cento de desconto imediato mais 15 por cento que ficam na conta de cliente. Já fiz boas compras com o saldo que vou acumulando.

25 de junho de 2014

Ora adivinhem onde é que isto foi filmado


Escolha bizarra #42

Ao pesquisar a árvore genealógica, descobrir que uma grande parte dos antepassados enlouqueceu na meia idade... ou que nenhum viveu mais de 65 anos?

Das recordações escondidas

Saí de casa dos meus pais (agora da minha mãe) há uns 12 anos. E de vez em quando, muito de vez em quando, passo lá uma noite. Como quando a Loba foi operada, para estar mais perto se fosse preciso. Ou como um dia destes, em que lá fiquei para levar a minha mãe cedo à partida para uma viagem. O meu quarto lá em casa era enorme, talvez o dobro do que tenho agora, mas curiosamente a janela também ficava à esquerda da cama e a porta à direita.

Já em minha casa, e dois dias seguidos, quando acordei pensei estar lá, no meu quarto antigo, e ainda saí da cama um pouco baralhada (o contrário nunca aconteceu). Há coisas que não têm explicação.

A arte de chorar em coro, de Erling Epsen

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Esteve deve ser dos livros mais bizarros que li nos últimos tempos, a começar pelo modo como o descobri e o comprei. À hora de almoço, vi-o na secretária de uma colega, espreitei a sinopse e fui à procura dele na Wook. Custava €5, e como tinha saldo em pontos, ficou-me por €0,45, que paguei em pagamentos de serviços. Logo isto não parece verdade.

Mas vamos à história. Tudo se passa numa vila dinamarquesa nos anos 60, no seio de uma família que vive de uma mercearia. Há o pai, que sofre de "nervos psíquicos", a mãe, que tenta sempre ficar de fora quando algo de mau ou de estranho acontece, a filha adolescente, carregada de medicação e com uma relação bastante estranha com o pai, e o filho de 11 anos, o narrador, que conta tudo o que se passa como se da mais normal família se tratasse.

Apesar de toda esta disfuncionalidade, a família é bastante considerada na vila, em grande parte devido aos discursos hipercomoventes que o pai faz, com a ajuda do filho, no funeral de todos os que morrem. O pior é quando está muito tempo sem morrer ninguém e o pai começa a ficar em baixo, porque é aquilo que lhe dá vida.

Mais não conto, porque a bizarria é enorme mas também um pouco plausível. Por isso, mais vale lê-lo, coisa que se faz rapidamente e que por €5 custa pouco.

24 de junho de 2014

Escolha bizarra #41

Viver numa casa sem eletricidade... ou viver numa casa sem água?

PS: Esta não é bizarra, infelizmente é uma realidade em muitos países.

De génio

A letra, a música, o videoclipe. Os Depeche Mode nunca desiludem.

Porque é que tantos brasileiros estão contra o Mundial

A resposta pode estar nesta reportagem de Mario Tama, que demonstra na perfeição como as imagens falam por milhares de palavras.

23 de junho de 2014

Alimentem animais no OLX

Descobri a campanha aqui, e acho-a extraordinária e facílima de participar. Até dia 4 de julho, é só entrarem na página do OLX, clicar sobre os bicharocos e depois ir alimentando cada um deles, grátis. Os que atingirem 100 por cento de cliques serão alimentados durante algum tempo pelo OLX. As regras completas aqui. E o link direto para a campanha clicando sobre a imagem.


PS: Todos os animais presentes na campanha estão também para adoção. Se estão a pensar ter um cão ou um gato, por favor não comprem um. Há tantos a precisar de casa... E não se assustem com o aspeto que possam ter agora, pois qualquer animal bem tratado acaba por ficar bonito. Digo eu, que mal consigo descrever o estado da Vespa Gata quando a adotei.

Priceless

Via As crianças são muito infantis.

Isto a propósito desta fotografia aqui.

São bem diferentes, não são?



Pois aqui a Vespinha há dias ia comprar a de baixo para fazer uma sopa na Bimby e trouxe a de cima. Bimba sou eu...

Sem dúvida...

... de que ontem devia ter ido para a cama mais cedo. Teria dormido mais do que 5 horas, não teria enfardado batatas fritas à noite e só hoje saberia do triste resultado do jogo de ontem.

22 de junho de 2014

Com muitas dúvidas...

... se mais logo terei coragem para dar uma vista de olhos ao jogo. Para além da hora tardia, as expectativas são muito baixas e amanhã o trabalho espera por mim, de preferência fresquinha.

Ao sol


Impossível resistir a enterrar as mãos nesta barrigucha.

20 de junho de 2014

Já marcaram as vossas férias? Estas têm desconto!

Publitópico

Eu já marquei as minhas, Estocolmo será a minha fuga no mês de agosto. Sim, vou para o frio quando toda a gente quer calor... mesmo como gosto-

Mas há outras escolhas e muitas! Experimentem ir ao site dos Forretas e pesquisar no separador Forretas de Férias. Depois, é só escolherem a localização e até quanto podem pagar. Aqui em Portugal ou lá fora, as ofertas são imensas e os descontos bem bons.

Escolha bizarra #40

Estar sempre cansado... ou estar sempre tenso?

Quase gigolo, de John Turturro


Querem disfrutar de uma hora bem passada a assistir a uma história engraçada mas que não vos trará nada de novo? Este é o filme ideal. Vê-se bem, dá para rir, entretém. Que é mesmo aquilo de que às vezes precisamos.

Em resumo, John Turturro precisa de dinheiro porque o part-time que faz numa florista não lhe chega. Woody Allen vai à falência com a sua loja de livros antigos. E surge a oportunidade de o segundo ser chulo do primeiro, a contragosto deste. Mas o negócio até rende, até uma certa judia trocar as voltas a tudo.

Woody Allen está igual a si próprio, o que por mim adoro. Os outros vão indo. E desculpe-me quem gosta dela, mas os dentinhos da Vanessa Paradis fazem-me urticária.

19 de junho de 2014

Dos sem-abrigo

Uma curta-metragem de Nuno Rocha. Porque cada sem-abrigo tem decerto a sua história, e porque muitas vezes o azar está na sua base. Para ver até ao fim.

Teatro das Compras

Vinte minutos de teatro a não perder a partir de hoje em algumas lojas da Baixa. Podem saber tudo (dias, horários, participantes...) aqui.



Hoje a Loba e o Cascão desejam-vos um bom dia!

17 de junho de 2014

Alpercatas

Gosto muito de alpercatas, já as usava antes da moda das Paez (de que, não sei muito bem porquê, não gosto - talvez seja pela sola, pelo formato, não sei...) e arranjava-as, diga-se de passagem, muito mais baratas. Antes de as haver por cá aos montes comprava-as em Barcelona na La Manual Alpargatera, um paraíso de cores para quem ainda não as via cá. Estas são as mais recentes, compradas na Ale Hop por €8, numa cor que adoro mas que ainda não tinha posto nos pés:

Pezinhos chineses

Dizem que os pés pequenos são mais elegantes, por isso nos meus sapatos 38, que considero um número aceitável para o meu 1,67 m de altura, por vezes tive inveja daquelas mulheres que calçam 35 ou 36 e que por isso encontram sempre grandes pechinchas nos saldos. Mas o que dizer da velha tradição chinesa de enfaixar os pés das meninas para que os mesmos se mantivessem pequeninos? Sempre me fez alguma confusão, mas não fazia ideia das consequências que tinha. Até ler este artigo no Huffington Post. Estes são alguns dos efeitos de uma tradição que felizmente tende a desaparecer:



A nossa seleção é como o nosso governo

Não merece o povo que tem.

E eu, que nem sou adepta de futebol, ainda consigo perceber que uma equipa que tem tantos apoiantes, treinos com 10 mil pessoas a assistir e a endeusá-los e um país quase inteiro a parar para os ver a jogar devia fazer melhor. Mas não consigo perceber como é que jogadores que são bons nas equipas em que jogam façam esta figura quando representam o país. E não me venham dizer que a culpa é só do treinador. Ou do árbitro.

16 de junho de 2014

Amanhã falar-se-á aqui de sapatos e de pés

Num perspetiva mais fútil e numa mais séria.

Escolha bizarra #38

Comer uma latinha de comida de gato... ou sete limões (sumo, casca e caroços)?

Por vezes é bom olhar para o chão

No jardim da praça do Campo Pequeno.

Um aprazível suicídio em grupo, de Arto Paasilinna

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Quando dois finlandeses se encontram por acaso num velho celeiro, ambos com a intenção de se suicidarem, cada um à sua maneira, os seus planos acabam por não se concretizar. E, durante alguns dias, juntam-se para conversar sobre a vida e acabam por se aperceber de pequenos prazeres em que nunca tinham reparado.

Decidem então pôr um anúncio num jornal para todos os que pensam no suicídio (na Finlândia, a taxa é muito elevada). As respostas são tantas que acabam por organizar uma espécie de simpósio, onde se combina um suicídio em grupo utilizando um autocarro que se despenhará numa ravina.

E começam uma viagem pela Finlândia, em busca de mais presumíveis suicidas e do melhor local para o fazerem. Só que circunstâncias diversas obrigam-nos a deambular mais do que o suposto, percorrendo a Noruega, a Suíça, França e até Portugal. E no fim, o que acontece? É imprevisível durante todo o livro, e é também isso que lhe dá valor.

15 de junho de 2014

Lanche de hoje


Gelatina 10 kcal de frutos tropicais, iogurte magro de manga com sementes de chia e um kiwi. Receita da nutricionista Iara Rodrigues para ver se me encho de vitaminas.

Com este calor tinha de ser...

... o meu ponto fraco deu de si. A ver se estas pastilhas, e o tempo mais fresco que aí vem, me salvam.

13 de junho de 2014

Olh'ós Santos!

Apesar de não ser adepta dos Santos pela confusão de gente que trazem sempre atrás, não resisto a publicar esta imagem que junta os três e que acho adorável.

O primeiro dia de praia não foi mau... foi péssimo

E, desta vez, nem a Adraga me salvou. Eu bem que queria encontrar uma temperatura um pouco mais fresca do que em Lisboa, mas não propriamente frio. Além de a praia estar completamente esventrada devido ao mau tempo no inverno (também não entendo como é que ainda não houve tempo para arear uma das que é considerada uma das mais bonitas praias do país...), estava um frio que não se aguentava. Ainda tentei durante uma hora, mas estava demais para quem não tivesse levado botas.


Pensei então: Se aqui está mau, a seguir ao cabo da Roca estará sol de certeza. E estava. Decidi então ir à praia do Abano, uma praia pequena antes do Guincho que costuma ter menos vento. Como estava? Péssima. E cheia de gente. Ora um calor dos infernos, ora uma ventania desgraçada que me enfiou areia por todo o lado. Acho que durante uns dias vou andar a deitar areia pelas orelhas. E para piorar tudo, andam a fazer obras de acesso na escarpa, logo o barulho do mar vai-se confundido com o dos berbequins e dos martelos.


E ainda dizem que eu tenho mau feitio por ir cada vez menos à praia. Experimentem passar um assim, experimentem, e chegarem a casa 120 km depois a sentir que o descanso foi zero.

PS: Nota muito negativa para os preços praticados no Bar do Guincho. €12 pela salada mais barata que havia? €2,5 por uma garrafinha de Compal? €7 por uma tosta mista? E pensar que há duas semanas estava a jantar à beira-mar junto ao Báltico, num restaurante grego, e paguei menos de €15 por uma refeição brutal.

Primeiro dia de praia

Para o fresquinho, para a Adraga, porque me parece que com o calor em Lisboa não se vai conseguir estar.

12 de junho de 2014

Devo estar possuída...

E não é que a mim, que não percebo patavina de futebol e que NUNCA vejo um jogo, me está a apetecer ver hoje o jogo inaugural da Copa? E, já agora, que o Brasil ganhe?

Ja tenho uma mas gostei da imagem

Imagem retirada daqui.

Mas que hospital é este?


A história que vou contar é real, termina mal, e é mais uma passada no Hospital Amadora-Sintra. Depois desta e desta, que me são próximas e que já contei aqui.

No dia 2 de junho, de manhã, uma amiga de uma amiga da minha mãe teve uma dor de cabeça muito forte, daquelas que eu felizmente não sei explicar mas que dizem ser insuportável. Foi às urgências do Amadora-Sintra, onde lhe foi posta uma pulseira de nível de urgência baixo, observada e administrada uma injeção. Não houve mais qualquer tipo de exame, apesar de as dores se manterem e muito fortes.

No dia 3 de manhã, o marido desta mulher de 40 e tal anos, com um filho de oito, deparou com a mulher aflitíssima com dores e a espumar pela boca. Foram de novo para o Amadora-Sintra, desta vez numa carrinha do INEM. Quando lá chegaram, fez finalmente a TAC que devia ter feito 24 horas antes. Diagnóstico: um aneurisma cerebral que tinha rebentado no dia anterior. Operaram-na de urgência e após a cirurgia foi colocada em coma induzido.

No dia 4 morria, 48 horas depois de ter dado pela primeira vez no hospital com sintomas evidentes e ter sido mandada para casa.

A minha avó morreu há 17 anos com um aneurisma, mas nesse dia não houve tempo para nada, pois não resistiu mais de duas horas. Mas esta senhora tinha tido tempo. Se. Se. Se a tivessem visto com mais atenção e feito uma TAC logo no primeiro dia. Hoje poderia estar viva. E haveria uma família não destroçada e a agradecer os cuidados do hospital.

Por isso, para quem não domina minimamente as questões médicas, certifiquem-se de que são atendidos com toda a atenção se forem a uma urgência, e exijam o vosso direito a serem observados e tratados como um ser humano. Não encolham os ombros se tiverem dúvidas, porque pode ser o fim.

11 de junho de 2014

Não sei será tudo verdade, mas é bom acreditar

Escolha bizarra #37

Como mulher, ter quadrigémeos... ou ter um filho a cada 10 meses, num total de quatro?

It's kind of a funny story, de Ned Vizzini

Craig é um adolescente nova-iorquino, que vive com os pais e a irmã em Brooklyn e que aos 14 anos se empenha a cem por cento em entrar para uma escola secundária de topo que o encarreirará para estudos na área da Gestão ou do Direito.

Menos de um ano depois, Craig está completamente «queimado», numa expressão que acho que é a que define melhor o estado em que se encontra. A pressão dos estudos, dos trabalhos para casa, da participação em atividades extracurriculares, e de entretanto fumar erva de vez em quando com os amigos, afoga-o numa depressão que o paralisa e que o impede de manter alguma coisa no estômago e de dormir uma noite tranquila. Até que um dia, no limite, e com ideias suicidas, dá voluntariamente entrada na ala psiquiátrica de um hospital. Ali passa cinco dias (cerca de dois terços do livro), onde depara com casos muito piores do que o seu e onde se torna uma ajuda para muitos dos outros pacientes. Ali, tem tempo para pensar na vida, no que o atormenta e no que realmente o pode fazer feliz.

É um livro supostamente para «jovens adultos» mas pesado, em que sentimos na pele a angústia e as ansiedades de Craig e em que tentamos abaná-lo a qualquer momento. Terminei-o com o coração um bocado apertado, apesar de o final do livro ser bastante positivo.

Pior foi quando fui pesquisar sobre o autor, que aos 20 e poucos anos esteve também internado na psiquiatria de um hospital. E quando descobri que Ned Vizzini se suicidou em dezembro do ano passado, aos 32 anos, em Brooklyn. Nem o seu livro o conseguiu salvar.

10 de junho de 2014

Escolha bizarra #36

Fazer chichi nas cuecas durante o casamento... ou não conseguir parar de rir durante o funeral da avó?

E ainda no Dia de Portugal...

... acabo de receber via CTT online dois avisos da Autoridade Tributária e Financeira: um para pagar €188 por ter entregado com atraso uma das declarações de IVA de 2013 (porque o portal das finanças esteve em baixo por diversas vezes) e um para pagar uma multa de €10 por não ter pago em fevereiro o IUC de um carro que vendi em janeiro.

Não há esperança que aguente.

Hoje é o nosso dia


E hoje, penso nos que cá estão mas também nos que tiveram de partir contra vontade em busca de uma vida melhor. A esses, quero transmitir-lhes a minha esperança de que não será para sempre.

Provavelmente o melhor e o pior programa do mundo


O melhor quando se está a fazer apresentações ao nosso gosto. O pior quando temos de refazer apresentações de outros, cheios de efeitos, cores e coisas a saltar.

9 de junho de 2014

Escolha bizarra #35

No trabalho, ser acusado de roubar... ou de assédio sexual?

Então, quem está por aí a trabalhar?


O culpado, de Lisa Ballantyne

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Poderá uma criança de onze anos ser culpada do assassínio de outra de oito? Mesmo que seja uma criança sobredotada, um pouco estranha e antissocial e vivendo numa família abastada mas disfuncional?

Ao longo deste livro de estreia de Lisa Ballantyne, vamo-nos deparando com capítulos alternados: nuns, conta-se a luta do advogado Daniel Hunter pela inocência de Sebastian e a sua luta consigo próprio perante a dúvida da culpa; noutros, conta-se a história da infância do próprio Daniel Hunter, uma criança adotada tardiamente mas salva por uma mulher que um dia rejeitou devido a uma mentira que só agora consegue compreender.

É um livro sobre duas infâncias, infâncias não felizes, infâncias condenadas pelo mundo à sua volta.

8 de junho de 2014

Amigas

Estar com amigas que não estavam todas juntas há uma boa meia dúzia de anos e podermos, falar, rir e fofocar como se tivesse sido no dia anterior é bom, muito bom.

7 de junho de 2014

Casamento na praia


Nunca fui a um, e tinha de calhar num dia como hoje. Mas os noivos nunca poderiam prever um tempo destes nesta altura do ano. Resta-nos a velha máxima: Casamento molhado, casamento abençoado.

A mim, resta-me a angústia do que vestir.

6 de junho de 2014

Dia D: Foi há 70 anos

Com o desembarque dos Aliados em seis praias Normandia a 6 de junho de 1944, onde muitos milhares de homens perderam a vida, afigurava-se o início do fim da II Guerra Mundial. França libertava-se da ocupação nazi, e mais um ano ainda iria decorrer antes da rendição final, mas sem este dia talvez não acontecesse tão cedo.