29 de novembro de 2014

E como fim de semana é tempo de ler...

... aqui fica uma imagem enviada por uma leitora do blogue e que retrata bem o que penso. Eu adoro o meu iPad, para leitura e consulta de coisas práticas, mas quem me tira o meu livrinho em papel tira-me tudo.


28 de novembro de 2014

O Firefox está tão bem educadinho...


«Embarassing»? Há tanta gente que podia aprender com ele...

É bonito saber isto

Que o Grupo Coral de Mineiros de Aljustrel surgiu há 88 anos (é o grupo coral de cante alentejano mais antigo) para que a música ajudasse tantos homens a suportar o trabalho duro e cansativo feito nas minas. Merecem bem vê-la reconhecida como Património Imaterial da Humanidade.

Hoje tem mesmo de ser?

27 de novembro de 2014

E agora encontro esta frase dele


Pronto, agora é que o caldo se entornou de vez, seja lá qual for o motivo por que faz esta comparação.

Irra, que o senhor é azedo...


Há dias li uma entrevista que António Lobo Antunes deu ao Diário de Notícias, uma peça curta talvez a ocupar umas duas colunas. Pois nessa pequena conversa o escritor conseguiu maldizer todos estes outros: Afonso Reis cabral (vencedor do prémio Leya), a nova geração de autores portugueses (entre os 30 e os 40 anos), José Saramago e Eça de Queirós.

Eu já não o leio há uns 10 anos, quando para mim  se tornou impercetível, por isso não sei como está a escrever agora. Também não conheço a obra completa de todos os que critica. Mas que o senhor tem muito mau feitio, isso tem. E que se tem em alta consideração também.

Há um senhor que se anda a habilitar


Num dos restaurantes da cadeia Hamburgueria do Bairro. Ou ele não gosta da minha cara ou é mesmo muito malcriado. Da próxima vez que me pousar as coisas na mesa como quem atira comida aos bichos apanha com o pedido do livro de reclamações.

The dogs of Riga, de Henning Mankell

Confirma-se o motivo por que gosto cada vez mais de policiais nórdicos. Porque, além da resolução de um crime em si, descrevem muito o contexto social ou político em os crimes são cometidos.

Neste volume enquadrado nos Wallander thrillers (falei de outro aqui), a propósito de dois corpos encontrados numa balsa ao largo da Suécia, Mankell leva-nos para uma investigação na Riga do início dos anos 90, quando os estados bálticos se encontravam em transição após a queda da União Soviética. E o que nos mostra é uma sociedade sombria, com medo, em que o tráfico de influências ainda domina e onde mal se pode dar um passo sem se ser vigiado. Neste The dogs of Riga, o foco desvia-se quase completamente da vida familiar de Kurt Wallander (com algum destaque em Faceless killers) para dar todo o protagonismo à sua investigação em terra alheia, onde tudo lhe parece (e é) diferente.

Mais um que vale a pena ler.

26 de novembro de 2014

Isto é evolução?

O homem do momento

À parte todos sentimentos que nutro pelo caso Sócrates, de que já falei aqui há dias, há pelo menos uma pessoa que me faz rir cada vez que abre a boca; o advogado João Araújo.

O advogado de José Sócrates é uma figura sui generis, anti qualquer coisa que esperássemos de um advogado. Usa calão, está-se nas tintas para o que digam dele, passeia-se quase como se nada fosse. Chego a achar que foi escolhido para que as atenções se centrem nele próprio e não no que eventualmente teria a dizer sobre o processo. Veio alegrar os ecrãs televisivos.

A propósito do carro que conduz:



O ar de enfado e ao mesmo tempo a paciência:



O sentido prático:

E já vai em dois dias


Raios partam as greves de transportes, as obras, os despistes e acidentes, as avarias nos carros e a curiosidade de quem passa. Chegar ao trabalho já cansada não está com nada.

25 de novembro de 2014

A Vespinha de Vespa

(Cortesia do meu colega/amigo de gabinete que ia no carro atrás de mim.)

Adoro corações inesperados

Este encontrei-o ontem, num dos tapetes do meu pátio:


Curiosamente, este encontrei-o sensivelmente no mesmo sítio, num jantar que fiz há uns meses.

No limiar da eternidade, de Ken Follett

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E quem me diria que um livro por que esperava há dois anos me iria deixar um certo amargo de boca? Depois de A queda dos gigantes e de O inverno do mundo, com este No limiar da eternidade Ken Follett termina a sua Trilogia do século. E se nos dois livros anteriores acompanhei as vidas das dezenas de personagens identificando-me com algumas delas e imaginando-me a viver no início do século XX ou durante o holocausto, neste essas personagens, ou os seus herdeiros, distanciaram-se de mim. E porquê? Porque é pouco credível que toda aquela gente acabasse por ter imenso sucesso, fosse na política, na música, na literatura ou no cinema.

Percebo que Ken Follett as queira ter usado para nos aproximar dos grandes momentos da História retratados neste livro (nomeadamente a crise dos mísseis de Cuba, o assassínio de JFK ou de Martin Luther King, a construção e a queda do muro de Berlim). Mas seria necessário que todas tenham tido um papel tão importante em todos estes acontecimentos? Ler este livro tornou-se cansativo, e algumas personagens quase me irritaram. Além disso Ken Follett, talvez com medo de que os leitores se perdessem na história, repete demasiadas vezes a descrição de cada personagem, ainda que de forma sucinta. O que me interessa a mim, na página 800, voltar a ser relembrada (e não pela primeira vez...) que o senhor x teve uma relação com a senhora y? Ou que a menina z estava presente quando Luther King foi alvejado na varanda?

Em suma, ainda bem que não haverá um quarto volume, porque ficaria muito indecisa quanto a lê-lo ou não. Porque a verdade é que se aprende, e muito, com esta Trilogia do século. Mas umas 200 páginas a menos neste volume seriam uma ajuda, bastaria poupar nos lembretes que referi. E, já agora, se a maioria das personagens se tornassem pessoas «normais» talvez o livro não fosse tão fatigante.

Nota: Tenho de referir o sacrifício físico. Eu leio quase sempre à noite na cama, virada para o lado direito. Não imaginam o que me custou segurar este livro, sobretudo quando já ia a mais de meio e a parte maior teimava em tombar. Muitas vezes acabei por desligar a luz apenas por cansaço muscular.

24 de novembro de 2014

Conselho de amiga

Este fim de semana fui a um centro comercial e não imaginam como estava com pessoas a fazer compras de Natal. E falta um mês! Por isso, façam como eu, despachem depressa as vossas coisinhas, recorram ao comércio de rua ou às compras online e não deixem tudo para os últimos dias. Cheira-me que vai ser caótico...


O passado a espreitar

Foi há quase um ano e meio que se deu uma grande mudança na minha vida, a saída de um emprego onde estava há uns dez anos e onde já não me sentia feliz, para outro onde tenho muito mais autonomia e de que continuo a gostar como nos primeiros dias. No emprego anterior, deixei uma equipa que durante muito tempo foi o que me deu força para continuar, 10 pessoas que choraram comigo no dia em que saí. Este fim de semana cruzei-me com o postal que me improvisaram e que me deram nesse dia. E não nego que as lágrimas me vieram aos olhos.

23 de novembro de 2014

Da detenção de Sócrates


Não vale a pena tapar o Sol com a peneira, pois várias vezes assumi aqui que sou simpatizante socialista desde que me lembro e que gosto de José Sócrates, apesar de nem sempre ter concordado com as medidas que tomou. Admiro-lhe o carisma, a capacidade oratória e de argumentação e uma série de mudanças que levou a cabo no país, nomeadamente a nível do ensino e do ambiente. Por isso, não acharia bem ficar aqui calada quando um assunto que me toca, e muito, é o assunto do momento no país.

Confesso que me está a ser difícil digerir a sua detenção na sexta-feira à noite. Claro que não posso pôr as mãos no fogo por ele, porque com certeza que não será santo, mas também não lhe posso apontar o dedo enquanto não houver certezas e até uma acusação, que ainda não há.

Haja ou não culpa, inclusivamente haja ou não fortes suspeitas, não tenho dúvidas de que o timing da sua detenção foi estudado. Sócrates foi detido à chegada ao aeroporto, na presença de jornalistas. Onde está o segredo de justiça? Sócrates está preso há duas noites, tendo sido ouvido pelo juiz apenas durante cerca de 20 minutos ontem. Onde está o direito à dignidade? Sócrates foi «o» assunto no dia em que António Costa foi consagrado secretário-geral do Partido Socialista. Há coincidências?

Uma coisa é certa: se for culpado, é claro que tem de ser condenado e pagar por isso. E concordo a 100 por cento. Mas que este seja o princípio da denúncia e condenação de todos os casos escandalosos deste país: Cavaco e o BPN, Paulo Portas e os submarinos, Passos Coelho e a Tecnoforma. E tantos outros. Que caiam todos, do maior ao mais pequenino, e que não sejamos nós, cidadãos cumpridores, a ter sempre de pagar pelos erros e trafulhices dos outros.

20 de novembro de 2014

Sei que estou a ser repetitiva, mas sou eu

Dará Deus nozes?

Ontem, dia de bastante chuva em Lisboa, tive de apanhar o comboio na estação do Oriente para ir a uma reunião do Porto. Senti vergonha. Vergonha de estar debaixo de uma obra de arte, internacionalmente conhecida e fotografada, mas tão maltratada.

Percebi agora porque é que a maioria das fotografias que vejo são tiradas de longe. Certamente não o são apenas porque é uma boa perspetiva, mas também porque de perto o cenário é desolador. Então num dia de chuva, nem se fala. 1. A estrutura metálica está repleta de pontos de ferrugem. 2. As junções devem estar cheias de fissuras, pois cá em baixo é difícil encontrarmos um ponto onde não nos caiam pingos em cima. 3. Os bancos, que numa estação em condições estariam cheios de pessoas à espera do comboio, estão encharcados devido aos pontos 1 e 2. Em suma, não há o mínimo de conforto, apenas vontade de sair dali depressa.

Penso que, se fosse turista, gostaria de visitar a estação, e em como ficaria desiludida pelo estado em que se encontra. Como é que se deixa uma obra de Calatrava (e que não é assim tão antiga) chegar a este ponto? Não sei quem é a entidade responsável pelas estações de comboio, mas se alguém o souber agradeço que me diga, porque isto merece pelo menos um mail com algumas das fotografias abaixo. Tiradas de perto.

A água escorre pelas vigas e cai lá de cima das junções entre os vidros.
Os pontos de ferrugem são bem visíveis em toda a estrutura.
Em dias de chuva, não há banco que não esteja assim.
Tudo de pé. Não há conforto possível. 

Sexo, amor e filosofia

Eu podia vir para aqui dizer umas coisas sobre este livro, mas julgo que a introdução da autora, a filósofa Adília Maia Gaspar, é muito mais rica, e sem dúvida que abre mais o apetite.

«Há a ideia, algo difundida, de que as pessoas que escrevem sobre um assunto são peritas nele, mas, no caso em apreço, preciso de confessar que nunca fui uma grande amorosa e que de sexo tenho uma experiência relativamente reduzida. De qualquer modo, a situação não deve ser particularmente grave, se lembrarmos que a maior parte dos filósofos que escreveram sobre amor e sexo também não foram campeões na modalidade, bem longe disso, e que eu me limito a expor algumas das considerações que deixaram sobre o tema. Da minha curiosidade e da investigação que empreendi pode surgir porventura qualquer coisa que valha a pena ler.»

Vou hoje ao lançamento, porque gosto da autora e porque gostei da amostra que li.

Nota: O lançamento ser hoje não é um acaso, pois hoje é o Dia Mundial da Filosofia. Quem quiser pode aparecer logo às 18h no Edifício ID da FCSH (Sala Multiusos 3, Piso 4) na Avenida de Berna, 26, Lisboa. Para quem conhece o local, é num edifício que fica à esquerda da entrada principal da Nova,

19 de novembro de 2014

Sem dúvida que é merecido


PS: A Vespa e a TT, gatas, também gostam de fazer isto. Percebo-as bem, sobretudo se o fazem porque eu às vezes lhes faço o mesmo.

Impossível não nos apaixonarmos por este anúncio



Amor, amizade, cumplicidade, inocência, altruísmo, está lá tudo.

Índigo e Cristal

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Lembram-se da Amor Animal, a associação de que falei aqui? Este livro, de Isabel Santos Moura, é mais uma maneira de constribuir para ajudar a associação. A autora de Índigo e Cristal pertence à direção e é cofundadora da Amor Animal, por isso os direitos de autor ganhos com a venda do livro irão diretamente para esta causa.

As duas crianças desta história vêm de outro planeta, mas cheias de ideias para ajudar o planeta Terra. Falam da diminuição do consumo de alimentos de origem animal, da transmissão gratuita e altruísta de conhecimentos, do respeito pelos animais como seres vivos que também sentem...

No fundo, Índigo e Cristal vêm ajudar-nos, a crianças e adultos, a construir um mundo melhor. É um bom presente para dar no Natal, um presente 3 em 1: oferecemos um livro bonito que vai fazer uma criança feliz; passamos mensagens positivas; e ainda ajudamos a Amor Animal com o valor que para ela reverete.

18 de novembro de 2014

Dos gabinetes de provas

Não sou claustrofóbica, mas sinto um certo desconforto em certas ocasiões.

No carro numa fila de trânsito muito compacta, sobretudo se estiver dentro de um túnel. Dentro de roupa muito apertada. Ou dentro de gabinetes de provas de algumas lojas, aqueles em que mal nos conseguimos baixar para tirar os sapatos. Se está calor ainda é pior. E então quando já estão cheios de roupa pendurada deixada por outras pessoas é um sufoco.

Por isso, recomendo a todos os que são como eu os gabinetes de prova da Zara do Chiado (mais propriamente, um no piso 1, o primeiro à esquerda logo que se entra na zona de provas). É tão amplo que no início até pensei que era exclusivo para deficientes, para caber uma cadeira de rodas à vontade.

A vida e o universo, segundo uma criança de 9 anos

Impressionante como este rapazinho com apenas 9 anos já consegue pensar sobre coisas como o sentido da vida, o universo, o destino. E verbalizá-lo. E, mais ainda, consegue pôr em causa tudo o que diz, não o tomando como uma verdade absoluta.

Gosto disto

17 de novembro de 2014

A meteorologia perdeu uma pessoa muito importante

Não gosto muito daquela expressão «No meu tempo é que era bom», mas acho que neste caso se aplica muito bem. Naquele tempo, mais precisamente em 1994, a meteorologia na TVI era transmitida do modo como se vê abaixo.



Nada de previsões para uma data de dias, que isso ninguém consegue fazer acertadamente, mas um relato rigoroso de como tinham estado as coisas e uma explicação detalhada do que estava para vir. Tudo dito com a calma de um profissional, Anthímio de Azevedo, que ninguém consegue dissociar das boas previsões em Portugal. Desde os anos 60 que Anthímio de Azevedo era a «cara» da meteorologia em Portugal, primeiro na RTP e depois na TVI.

Hoje, Anthímio de Azevedo deixou-nos. E este ano, desde abril que os canais televisivos já nem um minuto têm para as previsões apresentadas por especialistas. É pena, porque aprendíamos mais alguma coisa.

Amor Animal


A Amor Animal é uma associação de proteção animal muito recente, tão recente que ainda nem sequer tem um abrigo, apesar de já estar a ajudar mais de 50 animais no concelho de Baião, distrito do Porto.

É bom saber que já há associações descentralizadas, em locais onde não nos lembraríamos que também há animais a precisar de ajuda. Mas a própria associação também precisa de ajuda. Quanto ao abrigo, estão a negociar com a Câmara Municipal a sua construção no próximo ano, mas é preciso mais, sobretudo fundos para esterilizar os animais que vão acompanhando, de modo que a população de animais abandonados não prolifere, e alimentos para os manter saudáveis.

E como ajudar? Há várias formas:
- ser sócio, pagando uma quota de €24 por ano ou €2 por mês - ver como aqui;
- fazer um donativo em bens, em numerário (para a conta com o NIB 0045 1350 40263500549 04) ou ligando para o número solidário Amor Animal (760 450 141 - €0,60 + IVA) - ver mais pormenores aqui;
- ser voluntário - ver tudo aqui.

Quem quiser saber mais sobre a Amor Animal pode visitar o seu site e ver como do nada se pode fazer muito. Que surjam mais associações assim.

16 de novembro de 2014

Primeira filmagem com a Vespa

Não dá para ver muita coisa, mas percebe-se que o bichinho se aguenta bem colado ao espelho desde que se vá devagar. A próxima experiência será com a Loba ou de bicicleta.

Por fim


Mas, estranhamente, sinto um misto de vazio com alívio. Um dia destes, quando falar do livro, explico porquê.

14 de novembro de 2014

As coisas simples da vida n.º1


Que bem que me soube hoje.

249!

Um número a fixar, apenas quatro meses após a aprovação da lei que criminaliza os maus tratos a animais. Representa o número de denúncias feitas neste período. Apesar de não saber o desenvolvimento que cada uma destas queixas terá tido, é bom saber que pelo menos as pessoas estão alerta.

A expectativa é grande...


Apple crumble, Chocolate mint e Hazelnut dessert, as edições de Natal da Nespresso prometem, pelo menos a avaliar pelos nomes. Não passa de amanhã para comprar uma caixa de cada.

Quem já começou as compras de Natal?


Eu já estou um bocado atrasada, pois só hoje recebi o primeiro presente que encomendei e fiz a encomenda de outro. Não, não sou louca, mas gosto de ter tudo tratado durante o mês de novembro.

Além de não andar numa lufa-lufa no mês de dezembro (já vão bastar os almoços e jantares de Natal), compro tudo mais calmamente e, quando receber o subsídio de Natal, será como um bónus pois já não precisarei de o gastar. É psicológico, eu sei, mas sabe tão bem...

13 de novembro de 2014

Grande demais. Já vos aconteceu?

Estou a falar do livro aqui ao lado. Andei meses, se não anos, à espera que saísse este último volume da Trilogia do Século, de Ken Follett. Quando o recebi fiquei surpreendida com as 1024 páginas, mas ataquei-o sem medos. Mas a verdade é que há dias em que leio mais de 40 páginas e nunca mais chego ao fim. Estou a aprender imenso, mas já me virava para outra coisa...

PS: Vou na página 905.

Um dos melhores do mundo

De pequenino...

Apesar de ainda não ter filhos, lido com muitas crianças, filhos de amigos. E lembro-me bem da minha infância e adolescência, quando, apesar de haver sempre empregadas à hora, nos cabia a nós (a mim e aos meus irmãos) uma série de tarefas domésticas diárias. Se um punha e levantava a mesa, o outro lavava a louça e o terceiro limpava-a e arrumava-a. As camas éramos nós a fazê-las. Roupa, se a quiséssemos lavada, tínhamos de a colocar no cesto da roupa suja.

Não nos fez mal nenhum, por isso, mesmo com a mudança dos tempos, acredito que pôr as «nossas» crianças a ajudar em casa desde pequeninas só lhes dá sentido de responsabilidade. E muitas até se divertem. Eu, por exemplo, adorava limpar as casas de banho e fazer trabalhos de jardinagem.

12 de novembro de 2014

Probabilidades

E qual é a probabilidade de em meia hora se encontrar 7 (SETE) ex-colegas de trabalho diferentes, isto, claro, sem se ter combinado, e estando essas sete pessoas em quatro grupos diferentes?

Dos mal-entendidos

Por eles, cedo

Não costumo ir a festivais de música, para dizer a verdade penso que nunca fui a nenhum. Acho sempre que vou ver pouco de muitos, quando quero ver muito de poucos. Mas com a notícia da vinda dos Muse quebro este hábito, e vou estar na abertura do NOS Alive 2015. Pena ainda faltarem 8 (OITO!) meses. É que é só no dia 9 de julho.


10 de novembro de 2014

Primeira experiência com o Polaroid Cube

Na impossibilidade de ir para a rua testá-lo na bicicleta, esta foi a primeira experiência com o Polaroid Cube depois de o receber. A situação é um bocado estática, mas já deu para perceber que é muito fácil de utilizar.

A porcaria que guardamos

Este fim de semana gastei umas horitas a apagar ficheiros no computador que tivessem mais de 1MB e que já não me interessassem. E só nesta operação ganhei 90 GB de espaço. Ainda faltam os ficheiros com menos de 1MB, nem quero pensar no tempo que vai levar. Mas já deu para perceber que vale a pena.

Legionella: o que é preciso saber


Perante o pânico e declarações que ouvi de pessoas que já só bebem água engarrafada, pesquisei um bocadinho mais sobre a legionella e ouvi com atenção as recomendações de Francisco George, diretor-geral de Saúde. Ficam aqui algumas informações importantes, partindo do facto de que a doença, uma espécie de pneumonia grave, apenas se transmite por inalação e não por ingestão.

Como se pode transmitir:
- na utilização do duche, através de gotículas inaladas. Para reduzir o risco, pode lavar-se a saída do chuveiro com lixívia. Evitar também abrir as torneiras com muita pressão;
- na utilização de termoacumuladores com a água abaixo dos 75 ºC, temperatura abaixo da qual a bactéria se pode desenvolver;
- na utilização de desumidificadores e de sistemas de ar condicionado;
- na frequência de saunas ou sistemas de hidromassagem;
- na utilização de sistemas de lavagem automóvel por aspersão;
- na utilização de fontes decorativas ou aspersores.

Como não se transmite:
- através da água canalizada, para beber ou cozinhar;
- através do ar condicionado dos automóveis, pois não criam gotículas em forma de aerossol;
- através de ferros de engomar ou máquinas de café, pois as altas temperaturas da água neutralizam a bactéria;
- de pessoa para pessoa.

Em caso da presença de sintomas como tosse, febre e dificuldades respiratórias, e sobretudo no caso de se viver na zona de risco (Vila Franca de Xira), a primeira medida a tomar é ligar para a Linha Saúde 24: 808 24 24 24.

9 de novembro de 2014

E porque adoro Berlim, tópico repetido

22 de Maio de 2008


Impressões de Berlim

Já regressei há 3 dias e ainda não consegui escrever praticamente nada sobre Berlim. Porque gostei TANTO da cidade que tenho medo de não conseguir fazer jus à sua grandiosidade… E, ao deparar-me com os contrastes que por aqui vejo, ainda mais penso em como poderíamos ser e não somos. Se bem que possa parecer chocante o que vou escrever, e parafraseando o que li num manual de História, «será que o sofrimento não contribui também para o crescimento das pessoas»? Porque, se pensarmos que Portugal foi um dos pouco países que não esteve directamente envolvido nas guerras mundiais (leia-se, envolvido com guerra «no território»), percebemos que os países que nela estiveram se calhar se desenvolveram bem mais, porque tiveram necessidade de as ultrapassar e de renascerem quase das cinzas… E Berlim é bem um exemplo disso.

Filosofices à parte, aqui vai então o que mais me impressionou, não necessariamente por esta ordem de importância:

- a quantidade de ciclistas e o respeito que todos têm por eles. Em Berlim, o ciclista é rei e vive no melhor de dois mundos (eu também fui uma…). Se vai pela estrada e o sinal fica vermelho, passa para o passeio e segue caminho. Se se dá o contrário, idem idem, aspas aspas. E o mais giro é que ninguém se chateia, com os próprios taxistas sempre cheios de pachorra a abrandar logo que um ciclista se aproxima. Conclusão: como a cidade é plana e as condições são excelentes, vê-se poucos carros e bicicletas encostadas em todo o lado.

- pessoas a comer de tudo a qualquer hora do dia. Às 11h da manhã, podem estar a comer salada de frango, às 11h da noite a começar a jantar. Grande parte dos restaurantes estão abertos 24h/dia. E, melhor ainda, não são caros. Excepção: as bebidas são caríssimas, com uma cerveja a custar em média €3,00 e uma água também.

- a segurança. Não por ingenuidade, mas nunca senti medo. E parece-me que os berlinenses também não. Andam pelas zonas mais recônditas às horas mais estranhas, sozinhos e descontraídos. Curiosamente, também não vi muitos polícias, o que significa que deve haver muitas câmaras espalhadas por ali.

- a qualidade (e o preço) dos museus. Fui a dois de graça (às quintas-feiras à noite os museus da Ilha dos Museus têm entrada gratuita), o Altes Museum e o Pergamon Museum, onde fiquei assombrada com o Altar de Pérgamo e com a Porta de Ishtar, da Babilónia. Por €5, visitei o Museu de História Natural, com o maior dinossauro completo do mundo (mais de 13m de altura) e diversas salas de exposição atraentes e interactivas (fosse em Lisboa, e passaria lá um dia inteiro a explorá-lo). Por €6, fui ao recente Museu Judaico. Muito bom.

- a nova arquitectura. Desde há 18 anos, quando a Alemanha foi oficialmente reunificada, a reconstrução não tem parado. E é toda muito boa e bem integrada, com traços arrojados, sem medo de chocar. Porque não construir ao lado do rio Spree edifícios altos e envidraçados? Porque não reconstruir a cúpula do Reichstag com um aspecto renovado, de Sir Norman Foster, que ainda por cima é amiga do ambiente com um sistema de espelhos que ilumina o interior do parlamento? A cada esquina, em cada rua, a qualidade da arquitectura é, não tenho dúvidas em dizê-lo, esmagadora.

- a velha arquitectura. Porque também andei por Berlim Leste, aquela que está mais longe da zona em reconstrução, vi muitos dos edifícios que por ali ainda há, muito ao estilo do filme Goodbye, Lenin. Prédios de traços direitos, não rebocados, de cores tristes e feias. Ao vê-los, percebi a tristeza de quem dali não podia sair.

- o excelente sistema de transportes públicos. Dois sistemas de metro, o U-Bahn (só subterrâneo) e o S-Bahn (de vez em quando vem à superfície e anda mais pelos arredores), suprem todas as necessidades de transporte, a funcionar com pontualidade e regularidade. As estações de metro são de longe bem mais feias dos que as nossas, mas muitíssimo mais práticas e abrangentes.

- as enormes lições de História. É verdade, a História está em cada passo que damos. Na Bebel Platz, onde Hitler mandou queimar publicamente milhares de livros. No Memorial ao Holocausto. Perto dali, numa praça escondida e disfarçada, debaixo da qual Hitler se matou (a sério, é mesmo impressionante pensar que ele viveu os seus últimos dias debaixo do sítio que pisamos). Junto ao que resta do Muro - e não só no que resta, mas na marca indelével, colocada no chão em paralelepípedos, que atravessa toda a cidade. Em Checkpoint Charlie que, apesar de agora ser «a fingir», marca e conta uma série de histórias de fugas bem e mal-sucedidas.

O que recomendo vivamente: o alojamento em apartamento e não em hotel (sente-se muito mais a cidade) e a deslocação em bicicleta (mesmo que chova, um guarda-chuva ou um impermeável resolvem o assunto).

E poderia continuar a escrever sobre tantas coisas… Mas não quero massacrar ninguém. E ainda tenho as fotografias para mostrar.

Nova arquitectura:


Berlim Leste:


Pormenores:

Ainda o Muro

Apesar da cada vez maior quantidade de obstáculos que se foram construindo entre 1961 e 1989, cerca de 26 mil pessoas conseguiram fugir para Ocidente, como esta senhora de 77 anos, Frieda Schulze, que ainda em 1961 desceu com o seu gato ao colo por uma corda de um andar em Bernauer Strasse (uma das ruas fronteiriças), caindo em segurança numa rede de bombeiros no lado Oeste.


Para que se tenha uma noção do auge da divisão, em meados dos anos 70 para passar de Leste para Oeste seria preciso transpor, por esta ordem (informação recolhida na revista Sábado):
1. uma linha de vedação (66,5 km de gradeamento metálico) ativada pelo toque e que dá o alerta às torres de vigia (302 no total);
2. um tapete de pregos;
3. onde terreno de areia que denunciava quaisquer pegadas;
4. barreiras antitanque;
5. pontas de aço colocadas em X sobre bases de betão;
6. uma via asfaltada para patrulhas motorizadas;
7. uma pista de corrida para cães (quase 300);
8. o muro inicial, pintado de branco para denunciar qualquer movimentação.

O Muro caiu há 25 anos

Foi há 25 anos que o Muro que dividia uma nação em duas foi derrubado, depois de quase 30 anos erguido durante a Guerra Fria entre os EUA e a URSS. Muita gente morreu ao tentar atravessá-lo de Leste para Oeste, em busca da liberdade física e de expressão. Muitas famílias e amigos ficaram separados. Mas também muita gente conseguiu fugir e, do lado de cá, ajudar a fazer pressão para a sua aniquilação.

No dia 9 de novembro de 1989 quando, após várias semanas de distúrbios, a Alemanha Oriental autorizou os «seus» cidadãos a visitarem o Ocidente, mediante uma autorização. Mas uma declaração feita à pressa não explicou bem o modo como se processaria, deixando espaço para qualquer interpretação. A onda de entusiasmo foi imparável, e durante as semanas seguintes, o Muro foi destruído pela população eufórica.

Hoje, resta como marco histórico em alguns pontos de Berlim, e é percetível em toda a cidade através de uma linha no chão que identifica toda a sua extensão. Lutemos todos para que não se ergam outros «muros»...

8 de novembro de 2014

A evoluir

Hoje consegui dar sangue sem me sentir mal após a colheita, tudo porque estiveram a manter-me entretida a conversar. Saí de lá muito mais contente comigo própria e a acreditar que daqui a quatro meses, quando lá voltar, vai ser fácil na mesma. Um alívio...

Cá vou!


Mais propriamente, o cabelo.